Encarei por uns bons segundos aquele ser das trevas que também me encarava e suspirei.
- Olha eu só quero sair daqui morcegão.
- Receio que não vai ter o que quer.
Ele me conduziu novamente para a cadeira me fazendo sentar novamente, os outros dois ditos heróis vieram até o morcego que estava agora a minha frente me encarando fixamente.
- Não sei o porquê de eu estar aqui, mas eu não fiz nada de errado, por favor me deixem ir embora.
- Peço desculpas, mas não podemos te deixar ir.
- Qual é a razão passarinho? Sou só uma cidadã comum de Gotham, a coisa mais fora da lei que já fiz foi bater em um cara que estava tentando me roubar, e o morcegão tá de prova que foi pra me defender.
Red Hood jogou a cabeça pra trás e começou a gargalhar alto, acho que dele eu gostava, Batman me encarava como se quisesse descobrir todos os meus segredos mais profundos e bem escondidos.
- Coringa conhecia você.
Red Hood parou de rir e aparentemente direcionou seu olhar para mim através daquele capacete.
- Ele te chamou de joaninha e parecia muito querer levar você.
- E você acredita naquele maluco? Cara eu não sei que merda foi aquela, mas eu estava assustada e só queria ir pra casa, arrumar minhas coisas e sumir dessa cidade esquecida por Deus.
- Acho que isso não vai acontecer, vai ficar em Gotham.
- Você não pode me impedir morcegão.
Batman parecia zangado e pelo modo que Red Hood mexia em sua arma ele também estava com raiva de algo.
- Por que ele ficava falando que seu cabelo estava da cor errada?
- Eu não sei.
- Por que ele te chamava de joaninha?
- Já disse que não sei porra.
O morcego se aproximou e invadiu consideravelmente o meu espaço pessoal.
- Eu sei que está mentindo, acho melhor me dizer a verdade.
Engoli em seco e suspirei, eu estava dolorida, suja e muito cansada, decidi que era melhor falar.
- Olha, uns dois ou três anos atrás o Coringa me sequestrou, ainda tenho cicatrizes da tortura, ele me sequestrou enquanto eu saia de um museu, passei dois dias sofrendo nas mãos dele, no segundo dia ele teve que sair, eu consegui quebrar meus polegares e me livras das algemas, nocauteei alguns capangas dele, não me perguntem como, eu estava desesperada, consegui fugir, eu tinha um amigo médico, pedi ajuda dele na época para que o palhaço não me encontrasse em algum hospital, eu não podia sair da cidade na época, estava terminando meu doutorado, então uso lentes de contato, pintei o meu cabelo que antes era loiro de preto, também mudei de nome o mais rápido que pude, não sei o porque ele se lembra de mim, mas eu só quero paz.
Os três homens me olharam, toda a linguagem corporal dos três gritava que não acreditavam em mim, suspirei e mostrei minhas mãos soltas das algemas para eles que claramente ficaram um pouco surpresos.
- Depois desse evento tenho sempre grampos de cabelos em vários lugares do meu corpo, tenho um em cada salto, no meu cabelo tem pelo menos cinco, tenho quatro em vários lugares da minha roupa, aprendi a me livrar de algemas com eles sem precisar quebrar ossos, também sempre tenho um canivete no sutiã se quiserem checar, se ainda não acreditam em mim.
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A Arte Beira a Insanidade
FanfictionSer a mais nova professora da Gotham Academy com certeza poderia proporcionar novas experiências para Jacqueline Brooks, inclusive conhecer o Batman e seus muitos Robins. (Também postada no spirit)