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Eu olhava para o meu reflexo no espelho e me perguntava se eu realmente deveria ir, especialmente daquele jeito, eu usava um belo vestido vermelho, comprido e brilhante tomara que caia com uma longa fenda do lado direito, luvas delicadas de renda preta adornavam meus braços até pouco acima dos meus cotovelos, um par de sapatos também pretos Louboutin, minha boca estava tão vermelha que era quase como se tivesse passado sangue nos lábios, uma maquiagem um pouco forte para dar mais vida a máscara de renda preta vazada e com brilhantes em volta que adornava a parte superior do meus rosto, meu cabelo estava em um coque elegante com mechas adornando meu rosto, eu me sentia voltando a uma época a qual não queria lembrar, principalmente a máscara.

Vamos voltar a brincar?

- Não, Bruce me deu a roupa e a máscara para ajudá-lo.

Você lembra a última vez que usamos uma máscara?

- Cala a boca.

- Jacqueline, está pronta?

A voz grave de Bruce foi ouvida do lado de fora do meu quarto, suspirei e fui abrir a porta.

- Sim, estou pronta.

Olhei para Bruce e porra eu amava os ternos sob medida que ele usava, a máscara também não era exatamente novidade, mas dava um ar de mistério maravilhoso ao Wayne.

- Está muito bonita.

- O-brigada.

- Vamos?

Ele me ofereceu o braço a qual coloquei minha mão.

- Vamos.

Ele me ajudou a descer as escadas, entramos na limusine e fomos para uma parte bem estranha da cidade (todas as partes de Gotham são estranhas mas né), no caminho Bruce me dava instruções.

- Além de um leilão clandestino é uma festa, os lances só irão acontecer após a meia noite, então antes disso precisamos dar um jeito de entrar no escritório.

- Você pelo menos sabe onde fica o escritório?

- Sim.

- Já foi em um evento desses senhor Wayne?

- Tim conseguiu uma planta do local.

- Tintim é muito inteligente.

- Sim, às vezes até demais.

Olhando para aquele homem eu não consegui nem por um minuto nem tentar adivinhar o que se passava na cabeça dele, seu olhar sério voltado para o lado de fora do carro vendo a paisagem, claramente me evitando, me dando um claro sinal de que não queria conversar, mas eu realmente odiava o silêncio em que estávamos.

- Por que começou a colecionar órfãos?

Bruce me olhou como se eu fosse estupida o que me rendeu um sorriso estúpido.

- O que?

- Sei que Richard, Jason e Tim são órfãos, Damian é seu único filho de sangue, então ele não é órfão a não ser que a mãe dele tenha morrido.

- Não, a mãe dele está viva.

- Geralmente os filhos ficam com a mãe, o que houve?

- Não acho que seja da sua conta.

- Uau, grosso, mas eu admito que a culpa é minha por querer saber de mais, mas ainda quero saber o que o levou a acolher os outros três.

Bruce suspirou como se estivesse cansado e me olhou pensativo.

A Arte Beira a InsanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora