Deu tudo certo

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Subir naquele palco e ver todas aquelas pessoas me aplaudindo por simplesmente estar lá era muito satisfatório, todos estavam lá para me ver, ver a fada Morgana, a sacerdotisa de Avalon, a dona do lugar, me posicionei e comecei minha apresentação.

"Vejam o vídeo pessoas".

Assim que acabei de me apresentar ouvi os aplausos, mas uma música igualmente envolvente começou e eu deitei de costas na beirada do palco com a cabeça voltada para o Morveau, com meus seios bem evidentes, me virei lentamente e me sentei logo descendo do palco. Dei a volta no Morveau e o acariciei por trás, coloquei minha boca bem perto de sua orelha.

- Senti sua falta, Anton.

Mordisquei levemente a orelha dele e fui para sua frente me sentando em seu colo, Morveau não era feio, na verdade tinha a imagem de um típico mafioso, grande, forte, bem vestido e com cara de mau.

Morveau colocou a mão grande na minha coxa e sorriu me acariciando.

- Também senti saudades da minha fata.

Mesmo quando as outras meninas voltaram para o palco eu continuei servindo como acompanhante do Morveau, o embebedando o quanto eu conseguia, frequentemente ele me beijava e colocava a mão por dentro das minhas roupas, me fazendo lembrar da pior parte do trabalho. Não demorou para ele estar bem distraído comigo e tonto pela bebida, consegui desengatar o fecho do cordão e coloquei rapidamente a jóia engatada bem na raiz da minha lace, bem escondida entre o cabelo de um modo que não deixaria o pen drive cair, fiquei com ele mais um tempo para não levantar suspeitas e coloquei uma cópia que Bruce havia feito em seu pescoço.

- Querido eu preciso ir.

Tentei me levantar, mas Morveau me segurou com força.

- Por que? Tá tão bom aqui com a minha fata.

- Prometi a um cliente um pouco de atenção hoje e ele já pagou.

- Eu devolvo o dinheiro dele, querida.

- Não acho que ele vá gostar disso.

- Ele vai ter que aceitar, me diga quem é pra resolvermos isso.

- Sou eu, e gostaria de receber o que eu paguei.

Bruce agora estava bem perto de nós dois, ele estava muito sério ao nosso lado.

- Não sabia que Bruce Wayne frequentava esse tipo de lugar.

- Agora sabe, então se puder soltá-la.

Tentei me levantar, mas Morveau me segurou.

- Posso devolver seu dinheiro senhor Wayne.

- Não obrigada.

Bruce pegou minha mão e praticamente me arrancou do colo do Morveau.

- Até uma próxima Anton, preciso trabalhar.

- Te verei muito em breve minha fata.

Anton não parecia nenhum pouco feliz em me ver indo embora, mas não contestou, o que era estranho, mas eu não reclamei. Me agarrei ao braço do Bruce e saímos da boate, o caminho todo flertamos e eu o beijava sempre que podia, saímos da boate direto para o beco onde ficava a estrada para o camarim.

- Obrigada, ele deve estar mesmo com saudade.

- Vá se trocar, vou deixá-la em casa.

Quando eu ia entrando vi que Anton estava na entrada do beco, então peguei a gola da camisa do Wayne e o puxei para um beijo. Ele se separou de mim lentamente me olhando duramente.

- O que está fazendo?

- Anton está bem ali, disfarça.

Wayne me agarrou pela cintura e praticamente me jogou na parede atrás de mim me fazendo gemer, ele agarrou uma das minhas coxas e a suspendeu, entendi o recado e dei um pulinho logo passando minhas pernas em volta da sua cintura, ele agarrou minhas coxas com força me firmando e começou a devorar a minha boca, me apertando e fazendo com que meu corpo ficasse quente, quando nos separamos eu estava ofegante assim como ele. Ele começou a beijar e chupar meu pescoço e disfarçadamente olhei de relance para o começo do beco e vi que já estávamos sozinhos.

- Pode me soltar, ele já foi.

Bruce parou com o que estava fazendo e me colocou no chão, rapidamente entrei de volta da casa noturna e fui para o camarim, me desmontei o mais rápido que pude, o que mais me deu trabalho foi a maquiagem, mas consegui ser rápida, coloquei minhas roupas normais e sai de volta para o beco onde imediatamente tropecei em um corpo no chão.

- Puta merda.

Bruce estava um pouco mais afastado da porta e falava com Jason, cheguei perto deles que logo pararam de conversar.

- Dê o pen drive para o Jason.

Peguei o pen drive do meu bolso e entreguei.

- Boa sorte JayJay.

Jason sorriu e logo foi embora em sua moto, Bruce seguiu um para uma rua um pouco afastada onde Dick estava nos esperando no carro.

- Deu tudo certo?

- Sim.

- Claro que sim, eu sou uma profissional passarinho.

Entramos no carro e logo estávamos nos dirigindo para a minha casa.

A Arte Beira a InsanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora