O Carinho de uma mãe

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Os dias passavam rápido e a cada dia que passava eu me sentia mais apegada aqueles meninos, principalmente o viciado em café e o pequeno homicida que eram quem eu mais conseguia interagir, Tim sempre trazia coisas diferentes feitas pelo mordomo da casa Wayne para que eu experimentasse com o café, mordomo esse que uma vez mandou um bilhete me agradecendo por cuidar dos mais novos, sendo que eles que estavam na minha casa para cuidar de mim, mas não refutei e mandei um bilhete de volta com um bolo de morango. Damian continuava trazendo coisas para a cadelinha que já estava com pelo menos o dobro de tamanho de quando chegou, um dia fez Bruce o levar como civil junto com um cachorro grande chamado Titus, digamos que ambos os cachorros se tornaram amigos e que no processo quebraram algumas coisas da minha casa a qual Bruce disse que ia reembolsar, na verdade ele apareceu no dia seguinte com pessoas carregando muitas coisas para substituir o que Titus quebrou e colocou Damian para me ajudar a arrumar o que foi um pequeno desastre, o garoto pode ser um guerreiro incrível, mas com certeza lhe faltavam algumas habilidades domésticas.

Era a noite do Tim me vigiar, estávamos assistindo um documentário sobre cogumelos, tínhamos comprado alguns croissants e tomávamos café quando a porta de vidro da minha varanda explodiu e alguma coisa muito pesada caiu dentro da casa. Antes que eu pudesse reagir, Tim já estava em cima da pessoa que gemeu.

- Sai de cima pirralho.

Olhei por cima do encosto do sofá e vi que quem havia caído no meu apartamento era Jason, um Jason muito coberto de sangue, em um segundo e eu já estava ajudando Tim a colocar Jason no sofá, eu podia sentir meu corpo gelando de preocupação.

- Tim, pega o kit de primeiros socorros no banheiro.

- Mas...

- VAI.

Tim saiu correndo da sala e isso me deu tempo de examinar Jason e ver que haviam muitos ferimentos pequenos, mas havia uma bala em seu ombro que sangrava muito, tirei o capacete e a máscara, a jaqueta e consegui ajudá-lo a tirar a camisa estancando o sangue com ela. Tim voltou com o kit e ajoelhou ao meu lado.

- Como ajudo?

- Abre o kit e me passa a pinça e as luvas.


Tim me deu o que pedi, coloquei as luvas e disse pra ele colocar um par também, olhei para o Jason e o vi ficando cada vez mais pálido.

- Jay, não tenho anestesia, mas eu preciso tirar a bala.

- Tudo bem.

- Tim querido, pega um dos meus cintos.


Tim rapidamente fez isso, dobrei o cinto ao meio e o coloquei na boca do Jason.

- Morde essa porcaria com força quando doer muito.


Jason confirmou com a cabeça, respirei fundo tentando me acalmar e tirei a camisa do ferimento que sangrava muito.

- Tim, segura ele. Lá vai.


Coloquei minha mão próxima ao ferimento para dar firmeza e rapidamente coloquei a pinça no buraco procurando a bala, meu coração faltava sair pela boca de nervosa. Jason ofegava e suava muito, ele estava se esforçando pra não me afastar bruscamente ou se debater, mas eu tinha a impressão que meu cinto não prestaria para mais nada. Assim que senti a bala, posicionei a pinça e comecei a retirar, assim que consegui tirar me afastei rápido do Jason.

- Consegui querido, eu consegui.


Jason soltou o cinto e deu um meio sorriso me fazendo sorrir um pouco também.

A Arte Beira a InsanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora