Uma oferta

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O querido Wayne tinha realmente montado um rodízio de vigia com seus Robins, Segundas eram destinadas ao Grayson, ele era muito falador, me fazia perguntas e mais perguntas o que me deixava zonza, mas sabia ser respeitoso e não me perguntava nada constrangedor ou perigosamente pessoal, descobri que ele gostava de cereal e acabei fazendo um estoque. Às terças e quartas eras destinadas a um garoto com excesso de cafeína no sangue o Robin Vermelho ou Timothy Drake, consegui conquistá-lo com meus cafés diferentes.

"Eu trabalhei em um café por um tempinho antes de dar aulas na escola, se quiser podemos experimentar?"

Nisso eu ganhei o garoto, às vezes ele até vinha com outro Robin com grão diferentes para testarmos. As quintas eram do Todd, o cara parecia me odiar, mas eu o pegava analisando minha nova estante a qual eu estava organizando meu livros, também o vi olhando muito para a comida que eu fazia, ele nunca aceitava, mas eu nunca deixei de oferecer. As sextas eram hora de Damian Wayne me vigiar, o garoto era calado, mal se movia, mas uma noite enquanto chovia e eu achava que ele não iria vir para seu turno o garoto chegou muito molhado com uma pequena bolinha de pelos enrolada em sua capa, juntos secamos a cachorrinha, coloquei um pouco da carne que havia sobrado do meu jantar pra ela e arrumamos algumas roupas velhas para que ela pudesse dormir, acabou que virei proprietária de uma cadelinha chamada Pérola a qual Damian comprou várias coisas, era fofo vê-lo agir como uma criança da sua idade. Os sábados e domingos eram inteiramente do Wayne mais velho, o Batman faltava tomar banho comigo o que não era ruim, eu aceitaria, mas era chato, ele era silencioso, era muito incômodo, bom pelo menos até o dia em que não foi mais.

Já haviam se passado pelo menos dois meses desde que a Bat Família começou a me vigiar, eu estava mais próxima dos garotos e mesmo que eu tivesse conversas agradáveis com Bruce, não éramos tão próximos. Depois de uma sexta cansativa na escola voltei pra casa querendo minha cama, mas assim que abri a porta vi todos os vigilantes na minha casa, Tim estava sentado na mesa da minha cozinha com um notebook e uma xícara fumegante, Damian estava sentado no chão com a Pérola que estava vestida com uma roupinha de Robin, com máscara e tudo, muito fofos, Bruce, Jason e Dick pareciam discutir algo seriamente na minha varanda o que era preocupante, eu não queria que meus vizinhos vissem a família de vigilantes na minha casa, assim que fechei a porta os três mais velhos pararam de conversar e me encararam, Dick sorriu acenando, Jason acenou levemente com a cabeça em cumprimento e Bruce simplesmente me encarou.

- O que houve?

- Quando você era stripper, conheceu um homem chamado Anton Morveau?

- Nossa, bem direto Bat, mas sim, ele ia todas as noites, saímos algumas vezes, ele me deu muitas joias, era bem respeitoso.

- Qual a casa?

- Eu trabalhava na Avalon.

- Nunca vi ele por lá.

Olhei para o Todd e sorri o fazendo desviar o olhar.

- Isso porque ele ia por minha causa querida, por muito tempo eu fui a estrela da Avalon, era normal alguns clientes irem somente nos dias das minhas apresentações. Anton ia todos os dias porque gostava de me ver, era um galanteador, mas por que querem saber dele?

- Ele é um dos homens do Falcone, ele carrega algo com ele que seria muito útil.

Arqueei a sobrancelha e suspirei, tirei meus saltos os colocando na sapateira que eu havia comprado, me sentei no chão e logo Perola estava no meu colo muito animada.

- Se quiserem posso ajudar.

- Não.

- Ha vamos lá morcegão, vai ser divertido.

- É perigoso.

- Já fiz coisa pior, posso roubá-lo discretamente diferente de vocês, essas roupinhas apertadas chamam muita atenção.

- Não.

- Na verdade.

Tim se levantou e encarou Bruce depois de me dar um sorriso pequeno em cumprimento me fazendo retribuir.

- Acho que seria mais discreto e vantajoso se a senhorita Brooks nos ajudasse, ela conhece Morveau a mais tempo e pode se aproximar sem desconfiança.

- Já disse não, Tim.

Suspirei e levantei, coloquei minha mão no ombro do garoto chateado e encarei Bruce.

- E se eu mostrar?

Percebi que ele arqueou a sobrancelha sob a máscara.

- Amanhã, quando estivermos sozinhos eu vou te mostrar Bat.

Pisquei para o homem e me dirigi para o banheiro onde tomei um banho e coloquei meu baby doll e fui direto para a cozinha onde fiz o jantar, somente Damian havia ficado já que era seu turno, coloquei os pratos na mesa e chamei o garoto que veio com a Pérola no colo, coloquei a comida da cadelinha no potinho dela e fiz Damian se sentar para comer.

- Como vai convencer meu pai?

Olhei para o Robin e sorri.

- Vou dar um Show pra ele.

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Instrui Bruce a vir com uma roupa normal, sem toda aquela porcaria de kevlar, o que resultou no homem batendo na minha porta vestindo um de seus ternos caros me fazendo rir, o puxei pra dentro e dei um oi pra minha vizinha que estava entrando em seu apartamento, puxei Bruce para o meu ateliê onde já estava tudo preparado, apertei mais meu roupão contra meu corpo e suspirei, estava nervosa, fazia uns anos que eu não fazia isso, mas sabia que podia, Bruce estava sério, olhava meus quadros como se estivesse em um museu.

- Gostou?

- Você tem talento.

- Obrigada, bom, acho que podemos começar.

Peguei uma pedrinha colorida que eu guardava e dei a ele.

- Esconda nas suas roupas.

Me virei e esperei que ele desse o sinal.

- Pronto.

Me virei e o fiz sentar na cadeira, coloque rapidamente os meus saltos e diminui a luz do ateliê, coloquei a música e tirei o roupão revelando meu lindo conjunto de lingerie dourado com lantejoulas e miçangas que balançavam com qualquer movimento, soltei meu cabelo o deixando cair sob meus ombros, suspirei criando coragem e fui a luta.

"Vejam o vídeo e imaginem ai pessoal, foi o melhor que eu achei"

A cada movimento exploratório eu procurava a pedrinha e quando a achei não a peguei imediatamente, quase no final quando sentei somente em uma de suas pernas peguei rapidamente a pedrinha de seu cinto e continuei a dançar, assim que terminei me sentei em seu colo o encarando, percebi que ele estava tentando regular a respiração, suas mãos foram automaticamente para minha bunda assim que me sentei, suas pupilas estavam dilatadas de desejo e eu só queria devorar aquele homem, simplesmente sedi e o beijei, seu beijo era forte e dominante, como se quisesse me devorar, suas mãos apertavam minha bunda e me traziam para ainda mais perto, nos separamos ofegantes e nos encaramos por um tempo, sorri e mostrei a pedrinha na minha mão.

- Iai, posso participar da operação?

A Arte Beira a InsanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora