Planos

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NanNam

Antes
Chego no Rendezvous , sento no bar e o Hunter me dá um copo de Whisky, não demora os outros chegam também, o Pine senta ao meu lado sorrindo e pega o copo de whisky que o Hunter serviu pra ele.

- Já está pronto para desistir da aposta, NanNam?

- Não, eu ainda estou jogando.

- Depois de dois meses você não conseguiu nada com o cara, o que você está esperando para desistir?

Eu não respondo, as vezes ficar em silêncio é melhor que mentir.

- Só desiste NanNam, admita que você não é tão bom assim e me pague.

O meu celular toca, eu olho para a tela, ele olha também e sorri. O Nathee fica irritado e senta do outro lado.

- Lobinho, sério?

- É porque ele está sempre em bando, como se fossem uma alcateia.

O celular continua tocando, faço um sinal para eles ficarem em silêncio e atendo.

- Boa noite, Lobinho!

- Oi Nam, está ocupado?

Eu olho em volta, não queria conversar com ele na frente dos Jungles.

- Não, pode falar.

- Posso dormir no seu apartamento hoje?

- Tudo bem.

- Chego lá pelas duas.

- Ok.

Ele desliga, eu guardo o telefone e o Hack vira pra mim.

- E aí?

- Ele quer que eu revise o trabalho que ele tem que apresentar.

- Você já foi melhor que isso, NanNam.

Eu ignoro e faço um sinal para o Hunter me dar mais um Whisky.


Agora
Passamos o domingo inteiro juntos trabalhando na sua tese, ele está nervoso, mas tenho certeza que vai se sair bem, mas só se conseguir manter o foco, porque toda hora ele para de digitar e fica me olhando.

- Foco, Lobinho.

- Acho que vou parar por hoje, Nam, não aguento mais digitar.

Eu levanto e vou até ele, seguro a sua mão direita e massageio, depois pego a outra e faço o mesmo, quando solto ele me abraça.

- Quem é você e o que você fez com aquela cobra traiçoeira?

Ele fala brincando, mas eu consigo ouvir a verdade por trás das suas palavras.

- Acho que eventualmente até as cobras aprendem com os seus erros.

Beijo a sua cabeça e me afasto.

- Guarda as suas coisas.

O Kong leva o notebook e as anotações para o quarto e eu vou para a sala, ele volta e senta na poltrona na minha frente.

- Quando você volta a trabalhar?

- Ainda não sei.

- Você vai embora hoje?

- Não, hoje eu vou dormir aqui.

Ele tenta não reagir e eu finjo que não percebo, quando ele se sentir a vontade para se expressar livremente ele vai fazer.

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