Ataque

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NanFah

Saímos para fora e damos de cara com os mesmos homens que nos levaram até o pai do Kong aquele dia, estão parados conversando. O Pakorn olha para mim e suspira e dá um passo ficando na minha frente.

- O que vocês estão fazendo aqui?

Eles viram para nós e um deles se aproxima.

- Nós precisamos dar uma volta.

- Não vai acontecer.

- Nós vamos te levar de qualquer jeito.

O Pakorn suspira.

- Fala para o meu pai usar um telefone se quiser falar comigo.

- Fale você mesmo!

Todos eles se aproximam e ele me empurra para trás, eu me afasto e encosto na parede, mas fico atento, esses caras parecem saber o que estão fazendo.

Observar o Pakorn bandido sempre vai ser excitante e ele ainda está parado na mesma posição, quando eles atacam eu fico preocupado e com muito tesão ao mesmo tempo, dessa vez não é rápido porque como eu imaginei eles sabem o que estão fazendo, mesmo assim eles não são pareos para o Pakorn.

No meio da luta ele chuta um dos caras que cai no chão e pega uma faca, eu pego um canivete no bolso e acerto o braço dele, o Pakorn me olha surpreso, mas volta a lutar, a porta abre e os dois amigos do Kong saem.

- Kong!

Eu entro na frente deles, não quero que eles coloquem o Pakorn em perigo.

- Não se metam, vocês só vão atrapalhar ele.

- Sai da frente, Jungle!

Eu dou um soco no tal Palee e ele cai.

- Eu falei para não se meter.

Eu olho para o outro que dá um passo para trás, o Pakorn está com apenas dois em pé agora, quando um deles saca uma arma o Pakorn o desarma, bate com a coronha na cabeça de um e atira no outro.

- Kong!

Eu reviro os olhos, o babaca do Kong só tem amigos babacas! Vou até o Pakorn, beijo ele e olho em volta.

- Acho que vamos ter que chamar uma ambulância.

Ele concorda, o telefone de um dos homens começa a tocar e o Pakorn procura nos bolsos.

- Pakorn, não!

Ele me ignora e atende.

- Alô?

Ele escuta e ri.

- Boa noite, pai, eu não vou poder ir hoje, estou um pouco ocupado. Você vai dar um jeito nos seus homens que estão feridos ou eu chamo a polícia?

Ele se levanta e chuta a arma que está perto.

- Eles estão no beco atrás do bar, da próxima vez eu chamo a polícia, então não tente isso de novo.

Ele desliga e joga o celular no chão, vai até o cara que eu acertei e tira o canivete, limpa o sangue na roupa dele e me devolve.

- Você não é o Kong.

Babaca!

O Pakorn olha para ele e nega.

- Vamos conversar lá dentro.

Ele segura a minha mão e nós entramos com os dois amigos do Kong atrás, vamos direto para o escritório, quando chegamos o Pakorn já está com o telefone na mão.

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