Íntimo

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NanFah

Termino de ler o relatório que o Nathee me trouxe e olho para ele.

- Tem certeza disso?

- Tenho, é a subsidiária de uma subsidiária de uma subsidiária, é apenas uma empresa de papel e essa empresa recebe muito dinheiro.

- Você consegue rastrear o dinheiro?

- Isso demora um pouco mais para hackear, mas eu posso fazer.

- Ótimo, quando tiver alguma novidade me avisa.

- Tudo bem. Achei que isso era coisa do seu irmão, você vai falar com ele?

- Acabou virando coisa minha também, eu vou falar com ele sim.

Nós continuamos conversando por mais meia hora e os outros chegam, mais tarde o meu irmão vem, ele cumprimenta todos e senta.

- Conseguiu o que eu pedi?

O Hack acena e da um envelope pra ele.

- Eu tive que pedir vários favores para conseguir isso.

O NanNam sorri e abre o envelope, não demora muito o seu sorriso some.

- Está tudo censurado?

O Hack da de ombros.

- Era só isso que tinha no arquivo do caso.

Eu fico curioso e estendo a mão.

- Que caso?

O NanNam me dá o envelope e explica.

- Lembra quando eu estava nos Estados Unidos e um amigo se acidentou?

- Aquela vez que você saiu como um louco cinco minutos depois de receber a ligação?

- Isso, era o Kong.

Eu fico surpreso e tento ler o pouco que não está censurado.

- Nós estávamos estudando os processos anteriores que a família abriu, acontece que o primeiro foi aberto dois dias antes do acidente. Eu achei muito suspeito, principalmente porque eles estavam alegando inaptidão.

- E porque isso é suspeito?

- Além da data não tem motivo, mas eu ainda tenho uma sensação de que tem coisa aí.

- Bom, isso aqui pra mim parece muito suspeito .

Eu mostro o papel que na verdade são várias e várias linhas tarjadas, com certeza alguém estava tentando esconder alguma coisa.
Ele estende a mão para pegar novamente, mas eu não devolvo.

- Posso ficar com isso? O irmão do Pakorn foi policial, talvez ele consiga alguma informação.

- O Kong não pode saber sobre isso.

Eu suspiro e aceno.

- Eu converso com o Pakorn pra ele não contar nada.

- Obrigado!

Eu sorrio e olho o horário.

- Por falar nisso, já está na minha hora.

Eu termino de beber a minha cerveja e saio.


Chego no clube de tiros e o Win me olha com a mesma cara azeda de sempre, eu ignoro ele e vou para os fundos, quando estou me aproximando vejo uma das alunas quase deitada no balcão conversando com ele. O Pakorn me vê e sorri, eu me aproximo e ele dispensa a aluna que sai olhando para nós, eu passo direto e vou para o estoque, ele suspira e vem atrás.

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