NanFah
Saio do banho e o Pakorn já está arrumado, ele olha pra mim e suspira, se aproxima e passa a mão nas minhas costelas.
- Tem certeza que está bem?
- Tenho e você tem que parar com essa paranóia toda vez que a gente transa, você não vai me quebrar.
Ele me olha com uma cara tão indignada que eu tenho certeza que ele acha que vai me quebrar qualquer hora dessas. Eu beijo ele e vou até o guarda roupa.
- Você devia ficar em casa descansando.
- Eu estou descansando há um mês, Korn, está na hora de você trocar o disco.
Ele fica me encarando enquanto eu me visto e sei que está querendo dizer alguma coisa.
- Ok, fala o que tem para falar de uma vez.
Ele vem até mim e me abraça.
- Lembra o que conversamos sobre você controlar o seu ciúmes, não lembra?
- Porque essa conversa agora?
- Você se irrita com coisas mínimas, não dá pra continuar assim, eu já falei que é o meu trabalho, não me importo que você vá lá, na verdade eu amo ter você por perto, mas você não pode atacar os alunos sem motivo.
- Não é sem motivo.
- Ok, digamos que você tenha os seus motivos, mesmo assim você não pode atacar os meus alunos.
- Você está dizendo que eu tenho que ver as pessoas mexendo com você e não fazer nada?
- Não. Se alguma coisa te incomodar você me fala e não vai acontecer de novo.
- Então você quer que eu veja as pessoas mexendo com você e não faça nada.
- NanFah!
- Ok, se alguma coisa acontecer eu te falo, se acontecer de novo eu arranco os olhos de quem quer que seja pra pessoa aprender a nunca mais olhar pra você.
- Mas você vai falar comigo primeiro?
Eu não gosto nada disso, mas concordo mesmo assim.
Chegamos no clube de tiros e o Win já está trabalhando, ele me cumprimenta e vai para a loja, eu fico no estande arrumando os equipamentos enquanto o Pakorn fala com os alunos.
Não demora muito eu já começo a me irritar, porque ele tem que pegar na mão das pessoas para mostrar como segura uma arma? Eu não lembro dele ter feito isso comigo.
Eu observo enquanto carrego um pente, ele me olha e sorri, isso me deixa mais irritado ainda, é como se ele estivesse querendo me provocar. Ele segura na cintura da aluna para ajustar a postura e juro que se tivesse com uma arma por perto eles se arrependeriam disso. Ele solta ela e me olha com aquela cara inocente que acaba comigo, se pelo menos ele fosse malicioso ou algo assim, mais parecido comigo e com os Jungles seria mais fácil, porque eu teria um motivo para não aceitar essas coisas. Ele segura o braço da aluna e levanta, coloca a mão nas suas costas e empurra um pouco. Eu juro que vou matar alguém hoje!
- Porque você esta assim, NanFah?
Eu olho para o lado, nem tinha visto a Jena se aproximando.
- Não é nada, eu só... Não é nada.
Não facilita nada o Pakorn não querer que saibam que estamos namorando, segundo ele pode afastar alguns alunos.
Eu olho para ele e para a Jena e tenho uma ideia, me apoio do balcão e dou o meu melhor sorriso.
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Selvagem
FanfictionUma aposta e dois corações partidos. Um jogo perigoso que não se pode voltar atras. O presente e o passado se chocam trazendo dor, sofrimento, redenção e duas lindas histórias de amor. _________________ Para começar a ler Selvagem é preciso entend...