Risco calculado

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NanNam

Antes
Eu entro no consultório, vou direto para o divã e sento.

- Se importa se eu ficar sentado? Eu realmente prefiro.

- Pode ficar como se sentir mais confortável, Kong. Me conte, como você está.

- Eu estou bem, acho que finalmente as coisas estão voltando ao normal. Os meus advogados conseguiram encerrar o processo, o meu bar está indo bem, sempre vou sentir falta do meu avô, mas ele não iria querer que eu ficasse assim.

- E sobre o outro assunto.

- O NanNam? Ele é um idiota! Acho que conhecer o homem por baixo da máscara foi o empurrão que eu precisava pra seguir em frente.

- E as ligações?

- Eu cancelei meu número, seja quem for não vai me incomodar mais.

- Então me conte um pouco como está a sua rotina.

Eu concordo e começo a falar.

Agora
Chego na casa do Kong, estaciono na porta e entro correndo, o Pakorn está na sala com o celular na mão.

- Encontrou eles?

- Ainda não.

- Merda!

Eu tento ligar para o Kong mais uma vez, mas eu sei que é perda de tempo, eu já tentei várias vezes.

- O que a Nana disse?

Ele desliga e olha pra mim.

- Ela só disse que o Kong pediu para ela deixar eles sozinhos, quando voltou o NanFah estava sozinho, então o Kong veio e eles saíram juntos.

- Isso não é bom.

Eu tento pensar no que fazer, mas eu não tenho ideia do que os dois podem estar fazendo juntos.

- Eles voltaram!

A Nana vem correndo da cozinha, respirando com dificuldade.

- O interfone na cozinha, eu vi eles entrando.

Eu abro a porta, mas não vejo eles, então corro para a garagem com o Pakorn atrás de mim. Eu vou até eles, primeiro olho se o meu irmão está bem, então corro para o Kong, ele tira o capacete e eu o abraço .

- Aconteceu alguma coisa, Nam?

Eu me afasto sem acreditar.

- Como assim aconteceu alguma coisa? Onde vocês foram?

Ele olha para o lado e o NanFah revira os olhos, tira o capacete e desce da moto, joga a chave para o Kong, mas ele recusa e joga de volta para o NanFah.

- Fica pra você,  eu tenho um amigo que faz rachas, qualquer dia nós vamos correr de verdade.

- Não!

- Claro que não!

Eu e o Pakorn falamos juntos e o NanFah revira os olhos mais uma vez .

- Eu não aceito a moto, mas digo sim para a corrida.

Ele sorri, vai até um armário, coloca a chave na gaveta e olha para nós.

- Podemos ter essa conversa lá dentro? Eu estou morrendo de fome.

Nós ficamos parados e ele estende a mão para o Pakorn que olha irritado. O NanFah suspira, se aproxima e segura o rosto do Pakorn.

- Quem sou eu, Pakorn?

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