NanNam
Antes
Entro na sala do meu psicólogo e ele pede para eu me deitar, acho isso ridículo, mas não discuto, deito no divã e fico olhando para cima.
- Como voce está, Kong?
- Na mesma da semana passada, nem melhor nem pior, o processo continua em andamento, eu ainda sinto muita falta do meu avô e....
- E?
- E é isso, tudo está na mesma.
- Kong, enquanto continuar evitando o assunto você nunca vai conseguir superar isso, não vai seguir em frente.
Eu fecho os olhos e tento pensar nele sem deixar os sentimentos me influenciarem.
- Fazem semanas que eu não vejo ele. Na última vez nós brigamos...
- Porque vocês brigaram?
- Ele continua fingindo que não me conhece, isso me irrita.
Eu fico pensando no que mais falar.
- Alguém continua me ligando.
- Alguém?
- Eu tinha certeza que era ele que ligava e ficava em Silêncio, até que um dia durante uma ligação eu vi ele pessoalmente, foi quando eu descobri que seja quem for, não é ele.
- E como você se sentiu sobre isso?
Eu fecho os olhos e suspiro.
- Eu fiquei triste, muito triste!
Agora
Eu estaciono o carro na frente de um portão e o Kong sai, ele vai até dois homens que estão parados e aponta para o carro, eles negam, mas abrem o portão, o Kong faz um sinal pra mim, eu desligo o carro e saio.- Eles não vão deixar entrar com o carro.
- Tudo bem, vamos lá.
- Não, eu preciso esperar o Pakorn pra ele...
Ele para de falar quando um carro freia na nossa frente, o Pakorn sai deixando a porta aberta e nem olha para nós, apenas entra empurrando o portão. Os seguranças olham para ele e para o Kong assustados, eu seguro a mão do Kong e vou atrás do Pakorn. Estamos chegando na casa vários homens saem e correm na nossa direção, eu seguro a mão do Kong mais forte e me preparo para lutar, só que para a minha surpresa o Pakorn coloca as duas mãos para trás e tira duas armas, ele começa a atirar em todos os seguranças, quando chegamos neles todos estão no chão, o Pakorn desvia dos que estão no seu caminho enquanto recarrega as armas, quando chegamos na casa a porta está aberta, ele entra e olha para o Kong. É a primeira vez que eu consigo olhar para ele desde que ele chegou e agora eu consigo entender o que o NanFah quer dizer com Pakorn bandido, ele realmente parece alguém com quem não se deve mexer.
- Para onde Kong?
- O escritório fica ali, mas Pakorn você tem...
Ele não espera o Kong terminar, apenas vai a passos largos na direção que o Kong apontou, o Kong me olha nervoso e nós seguimos ele.
Mais homens aparecem e o Pakorn continua atirando neles sem pensar duas vezes, eu começo a me perguntar porque o pai do Kong tem tantos seguranças em casa, não pode ser por causa do sequestro do NanFah, tem homens demais aqui.
Chegamos em uma porta dupla, o Pakorn chuta e ela abre com o impacto, ele entra e o Kong corre para alcançar ele.
- Pakorn, espera!
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Selvagem
FanfictionUma aposta e dois corações partidos. Um jogo perigoso que não se pode voltar atras. O presente e o passado se chocam trazendo dor, sofrimento, redenção e duas lindas histórias de amor. _________________ Para começar a ler Selvagem é preciso entend...