Namorado

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NanFah

Estou sentado na poltrona escutando o Phethai¹ contando sobre o problema que está tendo para conciliar a agenda dele com a da esposa que está trabalhando em um grande projeto. Ele fica lamentando sem parar e eu estou ficando entediado.

O Hunter se aproxima com mais uma rodada de bebidas, o NanNam pega o copo de whisky dele e me dá a minha cerveja, ele parece tão entediado quanto eu, mas é muito mais paciente com esses caras.

O Hack entra e vem até nós e faz um sinal para três garotas que entraram atrás dele.

— Que tal um jogo hoje pessoal?

Eu bebo a minha cerveja e vejo o horário.

— Eu vou nessa, vai ficar pra próxima.

— Vai fugir de novo, NanFah?

Eu olho para o Nathee e não respondo, ele levanta as mãos e sorri.

— Foi mal, eu só estou preocupado. Quanto tempo faz que você não transa, cara?

— Umas 20 horas. Porque, isso é um problema?

O meu irmão me olha surpreso e isso me lembra que eu ainda não conversei com ele sobre o Pakorn, eu me despeço antes que façam mais perguntas e saio.

Chego no clube quase na hora de fechar, então já não está tão cheio, esse horário nunca tem ninguém na loja. Vou direto para o corredor, quando o Win me vê ele acena pra mim e cutuca o Pakorn.

— O seu namorado chegou.

Primeiro eu acho que o Pakorn falou alguma coisa pra ele, mas o Pakorn olha pra ele irritado.

— Cala a boca, Pawin!

O Win fica dando risada e o Pakorn está envergonhado, eu olho para ele e para o irmão, quando chego no balcão dou a volta paro ao seu lado e o beijo. Ele me olha assustado e o Win começa a tossir sem parar.

— Você vai ficar até fechar?

Ele olha para o irmão ainda tossindo e pra mim e nega.

— Ótimo, pega as suas coisas e vamos.

Ele concorda e pega a blusa embaixo do balcão.

— Eu estou indo, Win.

O Win olha pra ele em choque.

— Avisa pra mãe que eu não vou para casa.

Ele engasga e começa a tossir mais uma vez, o Pakorn olha pra ele preocupado, mas eu seguro a sua mão e começo a andar, o Win fica olhando para nós e eu sorrio.

— Boa noite, cunhadinho!

Ele começa a tossir mais uma vez, mas agora esta com uma cara de quem está sufocando, o Pakorn tenta soltar a minha mão, mas eu não deixo e continuo andando. Quando chegamos no carro ele ainda me olha assustado.

— O que foi isso, NanFah?

— Ele estava te deixando constrangido e eu não gostei. Entra!

Eu abro a porta do carro, mas ele não se move, eu paro e olho pra ele.

— Qual é o problema, Pakorn?

— Porque você fez isso?

Eu fecho a porta e vou até ele.

— Você é meu, Pakorn, eu  vou garantir que todos saibam disso. Isso é um problema pra você?

Ele olha para os lados e pra mim

— Ok, não vamos conversar sobre isso aqui, NanFah.

Ele passa por mim e entra no carro, fico olhando tentando entender o que aconteceu e prevejo uma briga feia vindo aqui, suspiro, entro no carro e dirijo para o apartamento.

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