Troca

160 25 3
                                    

NanFah

Acordo e olho para o lado, mas o Pakorn não está aqui, vou para o banheiro e tenho que parar alguns segundos para admirar, eu tenho que passar pelo menos um dia inteiro nesse banheiro com o Pakorn.

Pego a minha bolsa, me visto e saio procurar por ele. Esse lugar é muito grande, se não prestar atenção e fácil entrar em um corredor errado. Desço as escadas e paro no meio da sala, pensando para onde ir. Uma empregada aparece e eu chamo por ela.

- Com licença...

Ela me olha dos pés a cabeça e olha para trás, depois olha pra mim novamente e parece assustada, acho que tenho a resposta para a minha pergunta, eu aceno e vou para a porta de onde ela saiu.  Entro em uma cozinha e o meu irmão, o Pakorn e o Kong estão sentados comendo, aquela mulher Nana está no fogão com panelas e frigideiras no fogo. Quando me vê o Pakorn se levanta e vem na minha direção.

- Desculpe não ter te acordado, depois de tudo que aconteceu queria que você descansasse.

Eu reviro os olhos, é muito estranho ter alguém me tratando como se eu fosse frágil o tempo todo, nem mesmo o NanNam que sempre cuidou de mim me trata assim. Eu me aproximo e beijo ele.

- Acha mesmo que ficar ouvindo você e o seu pai conversando é cansativo?

Ele faz uma cara estranha e eu percebo que falei sobre o pai dele. Merda! Eu penso no que dizer, então sorrio e falo no seu ouvido.

- Apesar que ver você muito irritado e pronto pra brigar me dá muitas ideias que me deixariam muito cansado. Você viu o banheiro?

Eu me afasto, sorrio e pisco, ele fica me encarando por um tempo, ainda é o menino bonzinho, mas eu consigo ver o bandido lutando para sair. Eu o beijo mais uma vez, seguro a sua mão e vamos para a mesa. Me sento ao lado do NanNam que passa a mão pelos meus cabelos.

- Bom dia, Tigrinho!

Eu empurro a sua mão.

- Bom dia!

Eu aceno para o Kong que sorri pra mim, isso é estranho.

- NanFah, que bom que você chegou. — Ok, isso é muito, muito estranho! Eu olho sério e espero ele continuar. —  O meu irmão e o seu querem me manter em casa.

- Ok, qual o problema?

- O problema é que eles não querem que saibam que eu estou em casa.

- Como assim?

- Eu vou ficar no bar no lugar do Kong.

Eu olho para o Pakorn sem acreditar.

- Vocês estão exagerando sobre tudo isso. Alguém já levou um gancho de direita desse cara? Posso garantir que ele sabe se defender, não precisa de toda essa proteção.

- Obrigado!

Ele sorri para mim, cruza os braços e olha para o NanNam.

- São apenas alguns dias para ter certeza de que está tudo bem, Lobinho. Eu vou pedir para o meu amigo te mandar as informações que já conseguiu sobre a empresa fantasma. Analisa tudo, não deixa passar nada. Eu vou trabalhar, mas o NanFah pode te ajudar com os cálculos.

- Você?

Eu olho para o Pakorn e aceno.

- Eu me formei em administração, com MBA em controladoria.

Ele sorri e me beija.

- Porque você não me contou quando eu falei que você não parecia alguém que não entendia de assuntos financeiros?

- Sei lá, eu fiquei impressionado por você ter percebido que eu não era o NanNam mesmo nunca tendo conhecido ele.

- Como eu estava dizendo, ele pode te ajudar.

Eu aceno para o meu irmão concordando e olho para o Pakorn.

- E o clube de tiros?

- A Li vai ficar lá para mim.

- Acho tudo isso ridículo, mas se você vai, eu vou com você.

- Fah!

- Nem começa, Nam, se você não achasse perigoso o Kong não ia ficar preso aqui, então se é perigoso eu vou ficar com o Pakorn.

Ele suspira e concorda.

- Fica com o seu colar o tempo todo.

- Colar?

Eu olho para o Pakorn e sorrio, pego o pingente de tigre e mostro para ele.

- Não é só um colar, se eu pressionar o nariz...

Eu aperto e três pequenas adagas que parecem pontas de flechas saltam para fora. Ele pega uma e leva em direção a outra mão, mas eu seguro.

- É melhor não fazer isso, é pequeno, mas faz um bom estrago.

Pego a adaga dele e coloco no pingente, travo e ele volta a ser só um pingente grande.

- Bom, eu tenho que ir trabalhar, nós vamos conversando durante o dia.

O NanNam levanta e beija o Kong, quando passa por mim beija a minha cabeça.

- Não se mete em problemas.

- Tá, tá!

- Nana, a sua comida estava uma delícia, obrigado!

Ela olha para ele e não diz nada, essa não vai ser fácil de dobrar. Ele acena para o Pakorn e sai.

Nós terminamos de tomar café, vamos para o escritório e passamos o dia analisando documentos. O Pakorn entende de relatórios contábeis padrões porque ele que faz o fechamento mensal do clube e do campo de tiros, então ele também se junta a nós.

A tarde nós resolvemos parar e nos arrumar para ir pro bar, o Kong agradece a ajuda e continua no escritório.

Entramos no quarto e enquanto o Pakorn fecha a porta eu vou em direção ao banheiro tirando a roupa, ele caminha lentamente na minha direção, a cada passo que ele dá o bandido esta mais perto. Encosto na porta do banheiro e ele me olha dos pés a cabeça, coloca a mão no meu rosto e desce para o meu pescoço.

- Quem sou eu, Pakorn?

- O meu Tigrão!

- E você é o meu amor!

Ele me beija, abrindo a porta do banheiro e me empurra para dentro.

Kong

Escuto a porta do escritório abrindo e olho para cima.

- Boa noite, Lobinho!

Ele se aproxima e me beija.

- Boa noite, meu amor!

Ele fica surpreso, mas disfarça.

- O que você acha de parar por hoje?

Eu aceno concordando, ele pega a minha mão e me ajuda a levantar, segura o meu rosto e me beija. Quando começa a desabotoar a minha camisa eu seguro a sua mão.

- Aqui não, Nam, é o escritório do meu avô.

Ele me beija, afasta os papéis da mesa e me empurra até eu me sentar.

- Aqui não, Nam...

- Aqui sim, Lobinho! Aqui é o seu escritório agora, nós vamos criar boas lembranças em cada lugar dessa casa até você só ter boas lembranças nela.

Ele abre os botões da minha camisa enquanto beija o meu peito, quando tira a minha camisa faz eu me deitar e tira a minha calça, segura o meu pescoço e faz eu me levantar um pouco, se inclina sobre mim e me beija enquanto me masturba. Quando para me ajuda a deitar e começa a se despir. Coloca uma camisinha, se aproxima e levanta as minhas pernas, quando acho que vai me foder ele abaixa as minhas pernas e se inclina sobre mim novamente.

- Eu te amo, Kong!

- Eu também te amo, NanNam!

Ele levanta as minhas pernas mais uma vez e faz amor comigo.

Selvagem Onde histórias criam vida. Descubra agora