NanFah
Faço um sinal para o barman, ele acena pra eu saber que me viu e eu espero, viro de frente para o salão e fico observando Pakorn, o cara é impressionante, ninguém até agora conseguiu pegar um blefe dele.
Ele coloca fichas na mesa e continua sério, os outros olham um para o outro, alguns desistem outros colocam fichas também, ele coloca mais fichas, quando todas as cartas da mesa são viradas, ele sorri e mostra as suas cartas, os outros reclamam, um deles levanta e aponta o dedo pra ele falando um idioma que eu não reconheço depois senta novamente. O Pakorn olha para mim e pisca, distribuem as cartas e ele volta a ficar sério.
Uma mulher para ao meu lado e fala algo que não entendo.
- Speak English?
- Yes.
Ela sorri e conversa comigo em inglês.
- Você está sozinho?
- Não, estou acompanhado.
Ela me olha em dúvida e eu aponto.
- A pessoa mais bonita que você ver é a que está comigo.
Ela olha na direção que eu apontei, nega com a cabeça e olha para mim, o garçom chega, eu pego as duas cervejas, pisco para ela e saio, quando chego na mesa o Pakorn olha para cima e eu o beijo.
- Quer jogar?
- Não, hoje eu quero ver você jogando.
Ele acena pra mim, bate duas vezes na mesa e recebe as cartas.
Depois de horas assistindo, percebo que o Pakorn tem um pequeno tique quando blefa, ele arruma as fichas, ninguém mais percebeu isso, por isso a pilha de moedas dele está cada vez maior, mais um pouco ele vai atingir o que eu consegui na roleta ontem.
Ele ganha mais uma vez e aquele homem que gritou com ele pega as poucas fichas que ainda tem e sai, eu me sento no lugar dele e sorrio, o Pakorn me dá algumas fichas para eu jogar.A primeira rodada ele vence, na segunda ele desiste, ele faz isso as vezes para não ganhar sempre, na terceira vez eu pego o seu tique nervoso e dobro a aposta, ele não reage e paga, então provavelmente tem uma boa mão, mas não é das melhores. Os outros pagam também, eu sorrio e espero ele mostrar as cartas, ele tem um flush, ele sorri e os outros reclamam mais uma vez, eu faço cara de aprovação e coloco o meu straigth flush na mesa, ele sorri mais ainda enquanto os outros comemoram a primeira derrota dele.
Ele pede para a banca encerrar, pega as fichas e vamos embora, quando estamos do lado de fora do Cassino aquele cara que estava jogando com ele se aproxima, ele segura no meu pulso e me puxa para trás dele, o cara começa a falar alguma coisa, não dá pra saber o que é, mas eu apostaria que ele está xingando o Pakorn. Mais quatro homens se aproximam e eu me afasto, essa é uma coisa que eu quero ver desde que o Kitty me atacou, o Pakorn em ação. Eu bato em uma lixeira e sento em cima dela, os outros me olham curiosos, mas eu não ligo para eles, eu só tenho olhos para o Pakorn. Juro que ele parece ter crescido alguns centímetros e ganhado músculos do nada e tem o seu olhar, aquele olhar de bandido que faria os homens mais corajosos congelarem. Começo a ficar excitado, olho para baixo e sorrio.
- Fica calmo aí, nós vamos ter que esperar a nossa vez.
Olho para o Pakorn novamente e ele continua parado, não levanta guarda, não se movimenta, apenas encara eles.
O cara do poker faz um sinal e os outros atacam, o primeiro que vai correndo de frente para o Pakorn leva um chute forte no peito que faz ele cair no chão e não se mexer, os outros três atacam juntos, mas dá pra ver que nem sabem o que estão fazendo, em menos de um minuto o Pakorn acaba com eles, o cara do poker pega uma arma e antes que qualquer um de nós perceba a arma está na mão do Pakorn. Ele desmonta ela inteira derrubando cada peça no chão, quando termina da um soco no cara que desmaia na hora, eu olho para baixo e sinto o meu pênis apertando.
- Agora é a nossa vez!
Eu olho em volta e vou até o Pakorn, pego a sua mão e o puxo até um beco ao lado do prédio que fica na frente do Cassino. Eu empurro ele para a parede e começo a beijar.
- Calma aí, Fah, vamos para o hotel.
Eu pego a sua mão e coloco no meu pau.
- Eu quero você aqui e agora, Pakorn!
- Fah...
Eu viro ele, abro o zíper da minha calça pego o meu pau e coloco uma camisinha, tiro a sua calça, beijo o seu pescoço depois mordo.
- Quem eu sou, Pakorn?
- O meu Tigrão!
Eu mordo mais uma vez e começo a foder ele.
Gosto de como aos poucos ele está ficando mais solto e ousado fazendo sexo, agora ele pede quando quer que meta mais forte, mais devagar, mais rápido, fundo. Ele geme e fala o meu nome, em toda a minha vida nunca quis que me chamassem pelo meu nome, mas nunca vou me cansar de ouvir ele falando, principalmente quando está gemendo.
Ele se afasta um pouco da parede, coloca um braço como apoio e começa a se masturbar, quando ele está pronto para gozar eu mordo o seu pescoço mais uma vez e ele goza falando o meu nome, gosto como ele diz como se fosse uma afirmação.
Nós nos vestimos e ele me olha sorrindo.
- Vai me dizer o que foi isso?
- Já falei que o seu lado bandido é muito sexy, só o seu olhar me mata de tesão, mas você lutando... acredite, eu não conseguiria chegar no hotel.
Ele fica envergonhado e me abraça.
- Vamos para o hotel agora, Tigrão?
Eu sorrio e o beijo.
- Só se eu te foder na hidromassagem.
- Você pode me foder aonde quiser.
Eu seguro a sua mão e coloco no meu pênis que está ficando duro de novo.
- É melhor você tomar cuidado com o que diz.
Ele me olha surpreso, então sorri e coloca a mão no bolso, tira uma camisinha e me dá.
- Aonde você quiser, Tigrão!
Kong
Fico ouvindo o NanNam explicar o que quer fazer no processo, eu tento me concentrar no que ele está falando, mas eu continuo me distraindo em um único pensamento, porque nós perdemos tanto tempo? Nós dois aqui é tão certo, tão perfeito... Porque perdemos tanto tempo?
- Lobinho?
Eu volto a prestar atenção e seguro a sua mão.
- Nam, eu agradeço pelo que você está fazendo, mas nós não vamos fazer isso com o Pakorn, eu não quero que a minha família saiba sobre ele, muito menos que vejam ele como uma ameaça. Eu cresci nesse ambiente, então nada disso me afeta, mas o Pakorn é diferente.
- Lobinho, o Pakorn era um criminoso, eu aposto que ele já enfrentou gente pior do que o seu irmão e o seu pai.
- Mesmo assim, vamos arrumar outro jeito que não envolva ele.
Ele fica olhando nos meus olhos e suspira, puxa a minha mão, eu me aproximo e ele me abraça. Eu tiro o cabelo da sua testa, passo o dedo algumas vezes entre as suas sobrancelhas e sorrio.
- Não se preocupe tanto, Velhinho!
- Lobinho...
- Você vai ficar cheio de rugas e os seus cabelos vão cair.
- Kong...
- Será que vamos ter que comprar Viagra pra você?
Ele levanta segura a minha mão e me puxa para o quarto.
- Eu vou te mostrar quem precisa de Viagra, Lobinho!
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Selvagem
FanfictionUma aposta e dois corações partidos. Um jogo perigoso que não se pode voltar atras. O presente e o passado se chocam trazendo dor, sofrimento, redenção e duas lindas histórias de amor. _________________ Para começar a ler Selvagem é preciso entend...