Selvagem

Máfia

NanNam

Antes
Saio do meu estágio e vou para o ponto de ônibus, encosto na lateral e espero, o meu telefone toca e eu olho o identificador.

- Oi, Pine!

- E aí, NanNam, que tal sair caçar essa noite?

- Aonde você está?

Um carro freia na minha frente e a janela abaixa, eu vou até ele e sento no banco do passageiro.

- O que você está fazendo nos Estados Unidos?

- Achei que estava na hora vir de buscar o meu braço direito. E aí, vamos caçar o que hoje, homem ou mulher?

- Mulher!

Ele dá risada e vai de zero a cem antes mesmo de chegar na esquina.

Agora
Dobro a manga da minha camisa, encosto na mesa e fico olhando o Kong se vestir, ele fecha dois botões, me olha e sorri.

- Você não queria conversar?

Eu fico olhando para o seu peito, a cor da sua  pele em contraste com a camisa branca é uma combinação perfeita.

- NanNam?

- Sim?

Eu olho para o seu rosto e ele dá aquele sorriso debochado.

- Velhinho, você não está ouvindo? Acho que nós temos que comprar um aparelho auditivo pra você.

- Lobinho...

Ele vem até mim e me abraça, beija o meu pescoço, segura a minha mão e coloca no seu peito.

- Lobinho, não provoca!

- Tem razão, acho melhor não tentar de novo, você pode não aguentar...

Eu abro um botão e seguro o outro.

- Que tal um jogo, Lobinho?

Ele prende a respiração e a energia entre nós fica tão pesada que eu consigo sentir sem nem estar tocando nele, abro o botão e me aproximo, ele fecha os olhos quando os nossos lábios se tocam, mas eu desvio e vou até o seu ouvido.

- Vamos jogar, Lobinho?

- Sim!

Sento no sofá, ele sorri senta ao meu lado então deita, como o sofá e pequeno a sua cabeça fica no apoio de braço do sofá, eu passo os dedos tentando arrumar os seus cabelos.

- Nós descobrimos uma coisa hoje, Lobinho... Sabe a mulher que queriam que você casasse?

- A Lara Therapan.

- Sim, ela é filha de um homem chamado Tay Therapan, nós investigamos, eles são da máfia.

Ele me olha surpreso.

- Como?

- O NanFah viu ele várias vezes nos vídeos e pediu para o Nathee descobrir quem era, com o nome ficou fácil ele ligar os dois.

- Foi por isso que ele saiu com pressa na hora do almoço?

- Foi, nós começamos a investigar a família, mas tem muita coisa.

- Isso não é bom.

- Não, não é nada bom, não sei que tipo de acordo o seu pai fez, mas não acho que a máfia aceita quando não cumprem promessas.

- Não é problema meu.

- Eu sei, mas eu prometi que não esconderia nada de você, por isso estou contando.