Selvagem

Remido

NanNam

Chegamos na frente do prédio, o Pakorn olha para fora e depois para o retrovisor.

- NanNam, não deixa eles saírem antes de eu dar um sinal.

Eu considero o quão perigoso é no estado em que ele está, assim que eu aceno ele sai do carro e eu travo as portas.

- Abre a porta, Nam!

- Se acalma, NanFah, ele sabe o que está fazendo.

- Ele está machucado, seu idiota!

Ele vem para cima de mim, mas eu empurro de volta.

- Nam, por favor, abre as portas.

Eu olho para o Kong e respiro fundo.

- Odeio dizer não pra você, Lobinho, mas...

O NanFah tenta alcançar o painel mais uma vez, então escutamos batidas, eu destravo a porta e o Pakorn entra.

- Ele está sentado no sofá, não parece ferido, tem dois homens no apartamento, os três que estavam do lado de fora eu apaguei, vamos entrar com calma.

O meu irmão olha para nós parecendo uma criança fazendo manha, eu reviro os olhos abro a porta e saio, o Kong sai comigo. O Pakorn fica no carro com o NanFah, eu fecho a porta para eles poderem conversar e vou até o Kong.

- Me desculpe por isso.

Ele suspira e concorda, as portas do carro abrem e eles saem, o Pakorn olha em volta e para o prédio.

- Não tem como saber o que esperar lá dentro, isso parece uma armadilha, então fiquem atrás de mim.

Ele me dá uma arma e outra para o NanFah.

- Essas armas não tem trava, são dos homens que eu apaguei, então tomem cuidado.

Nós concordamos e ele começa a andar.
Quando chegamos no prédio o Pakorn vira para nós.

- Vocês entram por aqui, eu vou subir a escada de incêndio de novo. Toquem a campainha, quando eles forem atender a porta eu entro.

Eu concordo e vou até a porta, ele olha para o meu irmão, suspira, segura a sua mão e começa a correr. Pelo menos ele conhece bem o NanFah.

Nós subimos e esperamos um pouco para ter certeza de que deu tempo deles subirem, o meu celular toca e é uma mensagem do meu irmão dando um Ok, eu seguro firme a arma e toco a campainha, pego a mão do Kong e o puxo para trás de mim.

Escutamos algo caindo e eu tento abrir a porta, mas está trancada, ouvimos um tiro e faço um sinal para o Kong, ele fica ao meu lado e nos chutamos a porta juntos, quando ela abre eu atiro em um homem que está lutando com o meu irmão, o Pakorn solta um que estava com o pescoço preso os seus braços e ele cai no chão. O Kong corre até o babaca do Palee que parece desmaiado.

- O que aconteceu?

O NanFah coça a cabeça com a arma e aponta para eles, eu vou até ele e tiro a arma da sua mão antes que alguém se machuque, ele me olha irritado e explica.

- Ele tentou ajudar o Pakorn e um dos homens bateu na cabeça dele, é um idiota inútil!

O Kong bate de leve no seu rosto tentando fazer ele acordar.

- Palee? Palee!

Ele se mexe um pouco, abre os olhos devagar e toca o rosto do Kong com intimidade demais. Se ele quer morrer eu posso matar ele e colocar a culpa nos bandidos.

- Kong?

O Kong olha para o Pakorn que faz um sinal na minha direção, ele me vê observando e se afasta um pouco.