O pai da noiva

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NanFah

Observando o Pakorn ensinando ao Kong como atirar eu não posso deixar de me perguntar, porque o cara tem uma arma no bar se nem sabe usar?

O Pakorn ajuda ele com a postura e faz ele atirar, explicar de novo que ele tem que focar no alvo e o Kong atira novamente. Vejo um movimento e olho para a tela do notebook mais uma vez, o irmão do Kong entra com um homem que é seguido por um grupo de pessoas e eles vão até a sala sem câmeras, a mesma sala que ele nos levou aquele dia. Dou zoom para ver o rosto do homem, ele já foi catalogado como desconhecido, pelo menos uma vez por mês ele aparece, então temos que descobrir se ele é sócio, fornecedor ou receptor do contrabando.

Mando uma mensagem para o Nathee perguntando se ele tem acesso a algum programa de reconhecimento facial, ele diz que  pode invadir o servidor da polícia para pesquisar, então eu mando a imagem para ele, enquanto eu espero a resposta eu divido a minha atenção entre o Pakorn e o monitor. Mais ou menos dez minutos depois o Nathee manda uma nova mensagem com um nome

Tay Therapan

Fico olhando para o celular tentando lembrar onde vi esse nome. Volto a olhar para o monitor e eles estão saindo da sala, o homem fala alguma coisa apontando para as caixas e vai embora. Aumento a velocidade do vídeo e volto a olhar para o Pakorn.

- Therapan, Therapan, Therapan... onde eu ouvi esse nome?

Eu abro a pasta com as imagens que catáloguei e não tem nada, procuro em um site de buscas e nada também. Olho para o Pakorn que está mostrando o painel os tiros para o Kong.

- Merda!

Eles olham pra mim e eu sorrio, vejo o horário e são 11:30h, eu preciso falar com o meu irmão, ele não vai gostar nada disso.

Eu paro o vídeo e fecho o notebook, vou até eles e abraço o Pakorn.

- Eu acho que vou almoçar com o meu irmão, tudo bem?

Ele se vira para poder me ver.

- Está tudo bem?

- Está, eu só vou dar uma volta.

- Quer que eu vá com você?

- Não precisa.

Ele me olha desconfiado, mas não fala nada, me beija e me dá a chave do seu carro.

- Se acontecer alguma coisa me liga na hora.

- Tudo bem.

Ele me beija mais uma vez e eu saio, entro no carro e ligo para o NanNam.

- Oi, Fah!

- Nan, preciso falar com você, vai almoçar?

- Vou sair daqui a pouco.

- Ok, me espera aí na frente que eu passo te pegar.

Chegamos na nossa casa e o NanNam senta no sofá, eu vou até a geladeira e pego uma cerveja.

- Fala o que aconteceu, Fah.

Eu sento na frente dele, pego o meu celular e mando a imagem do tal Tay Therapan para o celular dele.

- Esse homem vai pelo menos uma vez por mês no depósito, sempre acompanhado de várias pessoas e com o irmão ou o pai do Kong.

- Porque você precisava me ver pra mostrar isso?

- O nome dele é Therapan, Tay Therapan.

- Ok, onde você quer che...

Ele congela e fica me encarando.

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