Capitulo 1- Animação

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Já faz quase cinco anos que tento controlar meu transtorno ninfomaníaco, e mesmo fazendo tudo que minha medica manda, eu sempre sucumbi ao desejo sexual por qualquer motivo bobo a carência, a raiva, o medo, a dor, tudo me dá tesão.

E como se não bastasse isso, meu novo vizinho Erza, que mora no apartamento ao lado do meu, vive me deixando animada, animada até demais.

Estou tentando tirar minha cabeça dos pensamentos lascivos, mas por mais que eu tente ainda consigo escutar pela parede geminada da minha sala os gemidos da nova ficante dele. Queria me jogar num buraco e sumir, não pelos gritos da mulher e sim pela minha lascívia de ficar excitada só escutando meros gemidos altos.

— Aff... Porque ela não cala essa boca e me deixa fazer minhas coisas em paz.— Murmurei irritada e me levantei caminhando até minha cozinha.

— já que não posso calar a boca dela vou comer— Suspirei começando a fazer café com torradas.

Enquanto esperava as torradas ficarem prontas, pensava como seria se fosse eu no lugar daquela mulher desconhecida. Ao perceber o que eu estava pensando, apenas balancei minha cabeça para os dois lados para afastar tais pensamentos. Terminei de comer e de limpar a cozinha, caminhei até meu pequeno banheiro e me olhei no mini espelho que ficava parafusado na parede. Pronta para me arrumar, eu estava totalmente uma bagunça. Escovei meus dentes, penteei meu cabelo ondulado médio preto e enquanto fazia isso vi grandes olheiras cobrindo meus olhos amendoados. Passei um pouco de maquiagem e tirei meu pijama, agora sim, estava pronta para ir ao mercado.

Coloquei um vestido vermelho casual de pano junto de uma sapatilha igualmente vermelha e sai de meu apartamento. Virei minha cabeça para a porta ao lado, o apartamento do Erza, e novamente os pensamentos lascivos tomaram conta da minha mente.

Mordi meu lábio inferior e continuei a caminhar para o mercado que fica em frente ao apartamento. O máximo de esforço que faria seria atravessar a rua. Era sábado e eu não tinha nada específico para comer, estava indecisa entre carne moída e steak de frango. No fim, acabei comprando carne moída e alguns temperos; cheiro verde, cebola e alho.

Quando voltava para meu apartamento, no corredor, antes que eu entrasse, dei de cara com a mulher que estava com ele saindo de lá. Era alta, parecia uma modelo, cabelo loiro e olhos claros, isso me deu certa vergonha pelos pensamentos de mais cedo. Cumprimentei-a e sondei pela fresta da porta semi aberta do apartamento de Erza. Estava tudo um pouco bagunçado, talvez eles tenham se divertido muito.

Meu rosto ficou corado e para que a mulher não percebesse destranquei apressadamente a porta e entrei. Coloquei as coisas na bancada da cozinha e após algumas horas, almocei e fui para meu quarto que, assim como a sala, era do lado da parede geminada.

Fiquei fitando a parede como se ela fosse Erza. Realmente preciso que chegue logo terça-feira para ir a minha consulta com a Dra. Ana, talvez precise de algum remédio que abaixe minha libido ou algo parecido, ainda não sei.

Nesse meio tempo fiquei pensando em varias coisas picantes ainda fitando a parede, o que me deixou cansada de tanto pensar, me virei para o lado oposto da parede e fiquei encarando minha gaveta que tinha um pequeno consolo, se podia chamá-lo assim, ele estava começando a virar mais que um consolo. Até pensei em pegar o pequeno vibrador, mas o medo dele escutar meus gemidos me fez mudar de ideia. Então eu apenas encarei o teto por quinze minutos e caí num cochilo calmo que foi interrompido por um barulho estranho vindo do apartamento dele. Levantei num pulo e coloquei o ouvido na parede para tentar escutar o que estava acontecendo.

—Eu sei cara! Mas essas coisas levam tempo... Eu preciso fazer ela gostar de mim primeiro antes de usar o dinheiro dela. — Disse irritado.

Levantei minhas sobrancelhas, não sei do que ele estava falando e não era da minha conta, me afastei dali e fui ver TV, o que no fim não me ajudou em nada. Acabei indo para a cama e infelizmente usando meu consolo e por um momento desejei que fosse Erza ali comigo.

Enquanto o usava eu só conseguia imaginar varias cenas que não me orgulho de ter pensado e só parei quando finalmente cheguei em meu ápice.

Fui ao banheiro tomar um curto banho apenas para me limpar e nesse meio tempo não resisti a uma pequena rapidinha. Terminei o banho que acabou sendo mais longo que o normal e me arrumei colocando uma roupa casual e confortável.

Escutei alguém bater em minha porta, não sabia quem era e nem quem poderia ser, mas fui abri-la mesmo assim, era Erza.

—Oi, boa tarde, no que posso te ajudar Erza? —Falei um pouco surpresa

O cabelo castanho claro de Erza estava curto e um pouco bagunçado, seus olhos castanhos escuro estavam cansados, talvez por todo dia trazer uma mulher diferente pro apartamento dele.

— Eu escutei um barulho estranho vindo do seu apartamento, então pensei em vir aqui ver se você estava bem. — Sorriu de forma charmosa.

— Ah você quer dizer que ouviu aquilo?— desviei o olhar e sorri de forma sem graça enquanto fazia uma pose sexy para ver como ele reagiria.

Erza logo entendeu e antes de se despedir de mim com uma piscadela atraente, ele ficou me encarando com um olhar de predador, isso só me deixou mais apreensiva. Fechei a porta mordendo meu lábio inferior e com o rosto totalmente corado. Ainda vou trazer ele pra minha cama, eu sei que vou, afinal eu me conhecia bem demais.

O Perigo Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora