Depois do dia que entrei no apartamento de Erza em seu colo, nunca mais consegui ficar muito tempo longe de lá. Fizemos tanto sexo naquele dia que tive até vergonha dos vizinhos se incomodarem com os nossos gemidos e afins, mas tudo foi tão sexy e mágico que nem reparamos se alguém se importou de fato.
Já fazia seis dias que estávamos namorando e tudo estava tão bom e aconchegante. Erza sempre arrumava uma forma de me levar e me buscar no trabalho mesmo sendo tão perto do apartamento, mas isso me deixava mais feliz que tudo. O único lado ruim era chegar quase sempre atrasada ao meu trabalho, o que fazia minha chefa entortar o nariz, tenho medo total dela me demitir, mas irei ser positiva, afinal, o que são cinco minutos de atraso?
Também saímos várias vezes para jantar fora, inclusive fomos ver diversas peças de teatros e filmes em cartaz no cinema. Não conseguimos ficar muito tempo longe um do outro, o que me era meio fofo por causa dos meus relacionamentos passados e minha condição.
Hoje é terça e tenho novamente uma consulta marcada com a Dr. Ana, mesmo que Erza tenha ficado um pouco triste por eu não poder ficar com ele no meu dia de folga. Ele não retrucou tanto e, inclusive, até se voluntariou para me levar na consulta, o que eu não poderia recusar.
Tomei um breve banho e coloquei um macacão cor de vinho longo e uma sandália rasteirinha preta e segui até a minha sala onde Erza estava sentado vendo um programa culinário na TV.
Sua bermuda marrom clara com bolsos grandes dos lados e sua camisa longa branca me fizeram dar um suspiro de prazer, o que fez com que ele virasse a cabeça na minha direção sorrindo.
—Hm essa roupa não e um pouco decotada demais? — Disse se levantando e enfiando uma mão no meu pequeno decote.
—Erza... Vamos nós atrasar assim... — Respondi um pouco ofegante e com muita força de vontade tirei a mão dele, que tentava acariciar meus seios, de dentro do meu decote
—Estragas prazeres... — Reclamou pegando a chave do carro de cima do sofá e abrindo a porta do meu apartamento—Primeiro as damas— Murmurou estendendo a mão para mim que peguei sem pensar duas vezes.
Descemos as escadas sem pressa e quando chegamos ao carro, Erza abriu a porta para mim e eu me sentei de forma desajeitada. Após isso eu o via olhar para meu pequeno decote várias vezes, mas ignorei, talvez o decote o atraísse?
Chegamos ao consultório da Dra. Ana na hora exata, coisa que antes nunca ocorreu, mas eu tinha que admitir, era bom não ter que esperar.
Erza fez questão de me dar à mão e sentar ao meu lado, o que me fez ficar envergonhada, mas, ao mesmo tempo me sentia como a mulher mais fina daquela sala, porque todas as mulheres estavam olhando para ele como quem olharia para um modelo.
Não demorou mais do que três minutos para a Dra. Ana me chamar e quando estava me levantando Erza levantou junto e me seguiu até a porta da sala dela, o que deixou tanto a médica quanto eu confusas.
—Erza, a consulta é individual, pode sentar ali ou dar uma volta até eu acabar— Balbuciei dando meu melhor sorriso.
—Ah sim... Claro, desculpe. — Respondeu se sentando no sofá com um rosto um pouco irritado.
Não entendi bem o porquê, mas entrei na sala e me sentei na cadeira sorrindo para a Dra. Ana.
—Boa tarde, Ava, como tudo tem estado? — Proferiu se ajeitando na cadeira e continuou — Quem é seu amigo? Ou é algo mais? — Disse cruzando as mãos e as colocando sobre a mesa.
—Era exatamente isso que eu iria te falar, Ana, ele é meu namorado— Respondi um pouco nervosa.
—E ele tem te ajudado quanto a sua condição? —Questionou bebendo um pouco do chá que estava em sua mesa.
—Depois que o conheci e começamos a namorar sinto que tenho mais controle sobre meus desejos— Gesticulei um pouco orgulhosa de mim mesma.
—Isso é muito bom! E o que combinamos? Conseguiu sair mais e ter um pouco de calma em sua vida? — Falou enquanto terminava de beber o chá.
—Sim, eu fiz tudo, e realmente sair mais ajuda muito— Gesticulei de forma calma.
Conversamos por mais uns vinte minutos até que tive uma grande surpresa, reduzimos as consultas para apenas uma vez no mês dado a minha melhora.
Despedi-me dela e me levantei saltitante e quando abri a porta dei de cara com Erza em pé ali me encarando.
—O que foi? — Disse fechando a porta da sala da Dra. Ana.
—Eu estava impaciente, iria bater na porta para ver se já tinha acabado você sempre demora tanto assim? — Respondeu irritado.
—Se não tinha paciência poderia ter me deixado vir sozinha— Pestanejei empurrando-o e indo em direção a saída.
Erza me seguiu logo depois, sem dar uma palavra. Quando chegamos ao carro, ele me perguntou sobre o que eu estava falando com a médica, e eu falei que era um assunto somente meu e dela.
Apenas o vi suspirar e ligar o carro e voltamos à viagem toda sem dar uma palavra um com o outro e quando chegamos, cada um foi para seu apartamento. Não entendia porque ele estava afobado, mas com certeza motivo tinha e eu iria descobrir em breve.
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O Perigo Do Prazer
RomanceAva e uma jovem mulher de vinte e quatro anos que possui um transtorno ninfomaníaco é acaba se interessando até demais pelo seu sexy e misterioso novo vizinho Erza. Que por sua vez também esconde segredos alarmantes.