Capitulo 22-Revelações

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Já eram quase uma e meia da madrugada e não conseguia parar de encarar o fundo da boate esperando Erza voltar, o que não ocorreu. Sem conseguir me conter mais, pedi para Oliver assumir o bar por alguns minutos para que eu pudesse ir ao banheiro, uma tremenda mentira que deu lugar à culpa em mim tão rápido quanto à curiosidade de saber o que Erza estava fazendo com a Catarina.

Andei lentamente até sair do campo de visão de Oliver, e quando o fiz, andei silenciosamente para tentar escutar alguma voz que me levasse tanto a Erza quanto Catarina. Assustei-me com um vozear alto e charmoso, logo percebi ser o timbre de Catarina e segui o som até uma porta de metal vermelha, por alguns segundos, pensei se deveria abri-la ou apenas escutar sorrateiramente o que era dito lá dentro, acabei escolhendo a segunda opção.

Encostei meu ouvido um pouco acima da maçaneta e com certo esforço consegui ouvir o assunto que estava sendo discutido e tomei um susto ao captar Catarina tentando seduzi-lo com palavras que nem eu mesma conseguia dizer em momentos dos quais não estava excitada.

— Erza... Que tal, nós deitarmos naquela mesa ali e bem! Você já pode imaginar o resto. — Disse rindo.

Quando escutei aquilo meu sangue começou a ferver como ela ousava? Podia ouvir os saltos de Catariana ecoando no lugar como se ela estivesse se aproximando dele, mas preferi esperar para colher mais informações.

— Catarina... Por mais que eu te ache linda eu não faria isso nem me pagando. — Respondeu friamente.

— E ainda tem a cara de pau de vir me ver somente para pedir coisas? Não acha muito egoísta? — Reclamou aumentando a voz.

— E você tem alguma utilidade para mim além desta? — Perguntou com deboche.

— Eu suponho que aquela tal de Ava esteja te influenciando mesmo... Antes você me comeria sem nem pensar duas vezes... — Murmurou com um suspiro.

— Não a coloque nisso... Resolveu o problema com a polícia? — Proferiu num tom rígido.

— Sim, Todas as mulheres que fizeram queixa sobre seus golpes foram coagidas a retirarem as queixas. — Falou de forma calma.

— ótimo, sendo assim estou de saída. — Balbuciou abrindo a maçaneta.

Quando vi a fechadura fazer um barulho sai dali na pressa, como não tinha lugar para me esconder me enfiei num pequeno corredor que ficava ao lado da porta. Deveria ter ido embora, mas a curiosidade de saber algo a mais me fez observar os dois sutilmente pela pequena fresta da parede.

— E meu pagamento? Isso deu um trabalho do cão. — Reclamou o puxando pelo braço em sua direção.

— Que dor de cabeça... O que você quer? — Disse se virando na direção dela com repulsa.

— Você sabe bem... Eu quero você. — Respondeu sorrindo e o puxando para um beijo.

Quase tive um ataque cardíaco de tanto ódio daquela puta, mas me segurei para ver como Erza reagiria.

Erza não retribuiu o beijo e deu um empurrão nela com tanta força que pensei que ela fosse quebrar, mas para minha surpresa tanto quanto de Erza, Catarina continuou forçando a barra tentou novamente se aproximar de Erza que dessa vez não teve tanta resistência, antes que isso fosse para algo do qual me arrependeria de não ter parado, andei com passos pesados e firmes até eles. Quando Catarina me viu seu semblante mudou completamente, mas eu não podia cantar vitória ainda.

— Eu disse para você cuidar do bar. — Murmurou me olhando com raiva.

— Não se preocupe. Deixei nas mãos de uma pessoa competente, e você? Porque está com meu namorado? — Perguntei de forma séria.

Nesse momento Erza olhou para mim com um olhar de aprovação, mas também de desejo o que me fez virar o rosto novamente para a Catarina para impedir meu impulso de me jogar nele ali mesmo.

— Namorado? Não brinque comigo, ele deve só estar te usando como fez com todas aquelas velhotas ricas. — Respondeu em tom de negação.

— Catarina! Você passou dos limites. — Disse Erza intervindo e me puxando com ele para ir embora.

Enquanto Erza me puxava com pressa pude escutar com total clareza Catarina falar algo que me deixou mais confusa ainda.

— Continue bancando o herói dela até ela descobrir seus crimes, seu lixo! — Gritava com ódio evidente.

Olhei para trás, mas fui puxada com força para frente e acabei sendo forçada a seguir os movimentos de Erza, enquanto andava desenfreadamente olhei para o bar e vi Oliver me olhar com preocupação e começar a correr em nossa direção enquanto chamava meu nome, mas de nada adiantou, Erza me pegou no colo e correu rapidamente para fora do bar e quando tentava falar algo para Oliver eu já fora sido colocada no carro de Erza no banco traseiro e ele não esperou nem um segundo sequer antes de dar partida com o automóvel, pelo retrovisor via Oliver correr atrás do carro desesperadamente.

O Perigo Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora