Capitulo 11- Distância

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                      Depois do que descobri do Oliver e do momento inusitado, mas feliz, que tive com o Erza. Erza simplesmente decidiu sumir da minha vida não o encontrava mais e sempre que isso acontecia era como se fossemos estranhos. E isso já dura por uma longa e incessante semana.

Sempre fui muito orgulhosa, então dar o braço a torcer é extremamente difícil, e se ele estava fazendo isso para que eu o procurasse, ele iria morrer seco e na vontade. Por outro lado, eu sempre fiquei curiosa do porque não o via mais com outras mulheres em seu apartamento.

Esses pensamentos idiotas inundavam minha cabeça em pleno sábado, e fiquei tão distraída que tomei um baita susto com a chaleira de café apitando loucamente

— Mas que ódio desse cara! — Gritei a pleno pulmões pouco me importando se ele iria escutar.

Quase me queimei ao colocar o café no copo, não saber o que ele queria com isso me deixava completamente perdida e irritada.

Até queria ligar para o Oliver e descontar toda minha ira e descontentamento em seu ouvido inocente, mas mudei de ideia e enquanto a tarde ia passando preferi tomar uma atitude.

Fui ao banheiro e me maquiei de maneira espetacular. Meus lábios estavam vermelho vivo, meus olhos com rímel e sombra impecáveis, além disso, todo o restante do conjunto, brincos acessórios e roupa estavam bem ornados, o que me faria ser notada em qualquer lugar. Eram quase dezoito horas quando tinha terminado de escolher um vestido vintage de renda preto e manga longa juntamente de uma bota de couro preta curta.

Enquanto descia a escada do apartamento com pressa pensava em onde ir, e foi aí que a ideia brilhante de ir a boate que Oliver estava se escondendo me veio a mente.

—Acho que vou ir à boate mais cedo do que imaginei— Disse com uma risadinha baixa enquanto pegava meu celular da minha mini bolsa de ombro preta.

Não demorou muito para a corrida ser aceita e para que eu chegasse à grande e chique boate. Conseguia ouvir o barulho alto da música a apenas alguns metros dali.

Dessa vez não tinha segurança na porta que estava entreaberta, provavelmente se tivesse iria intimidar alguns clientes mais medrosos.

Empurrei a porta e entrei na boate me assustando com o tanto de gente que tinha lá, até pensei em beber, mas dado a última vez preferi evitar beber e focar em bebidas sem álcool.

Fui até o grande bar cheio de bebidas caras e chiques que por um breve momento quase me fizeram mudar de ideia, porém, pedi uma batida com morango e refrigerante, e depois de esperar alguns minutos o bartender me deu uma taça bem chique com a bebida.

Depois de pegar a bebida comecei a explorar o lugar, olhava e analisava cada canto e porta da boate. Foi então que reconheci a Catarina entrando numa sala com um homem que me era familiar, em meio à alta música não consegui ouvir o que ela falou com ele, mas meu instinto me fazia querer segui-la, e foi o que fiz logo em seguida.

Tentava não ser notada enquanto andava de forma sutil e lenta até a porta que a vi entrar. Para minha sorte a porta não tinha fechado completamente e consegui com pouco esforço abri-la o bastante para que conseguisse passar.

Fiquei espantada com o quão grande era aquele quarto e parecia ter vários quartos dentro dele, que tinha várias portas, antes que a perdesse de vista vi sua silhueta na porta a minha frente, e de forma sorrateira encostei o ouvido na porta para tentar escutar o que eles tanto falavam.

— Erza...estava com saudades...por onde andou, querido? Disse num tom de insinuação.

—Não estou com tempo pra isso, Catarina... Cadê meu dinheiro? Murmurou de forma apressada.

—Já que veio a negócios, meu querido, gostaria de antes avisá-lo que a polícia está começando a suspeitar— Respondeu num tom mais sério.

Antes que pudesse escutar o restante da conversa quase fui pega por um casal que entrou, e na tensão acabei entrando numa sala que achei que estava vazia com o coração e mente disparando em pensamentos.

Quando olhei em volta quase soltei um grito vendo um casal no meio de um ato que eu só poderia denominar de sadismo, o homem estava com todo o corpo vermelho a ponto de começar a sangrar, mas por algum motivo seu pau estava duro e a mulher por sua vez parecia gostar daquilo, pedi desculpas e sai da sala na velocidade da luz com vergonha e curiosidade sem dar chance ao casal reagir e eles por sua vez não vieram reclamar. Não sabia que tinha quartos BDSM nesse lugar.

Mas pra minha má sorte trombei com o Erza que estava saindo da sala e logo atrás dele estava a Catarina.

—Ava? Que coisa te ver aqui fofinha— Gesticulou Catarina com surpresa.

—Então vocês duas se conhecem? Perguntou enquanto não mantinha contato visual comigo.

—Porque a surpresa, Erza? Acha que só você tem segredos? Respondi com a raiva sendo notavelmente perceptiva em minha voz.

— Já podemos marcar uma festinha do chá— Disse Catarina rindo e debochando como sempre e continuou —Vejo que os dois pombinhos precisam conversar, até mais Ava e Erza... —Articulou dando um abraço em Erza e depois indo embora, enquanto encarava a nós dois.

Erza por sua vez não a respondeu e tentou ir embora sem me responder, mas percebendo que ele queria fugir me posicionei na frente da porta não o deixando sair.

—Eu te fiz algo? Disse cruzando meus braços e o encarando.

—Não que eu me lembre... E só que... tsk— Proferiu se aproximando de mim e me beijando.

Retribui o beijo com os olhos arregalados, mas não tinha coragem de afastá-lo e após alguns segundos depois paramos o beijo procurando por ar.

—Acho que isso te responde? Sorriu

—Não mesmo... Seu pilan... — Antes que conseguisse terminar a frase apenas o sentir me beijar novamente e naquele momento tudo ficou difuso.

Só sei que depois desse beijo minha excitação chegou ao ápice, e o arrastei pra primeira porta aberta que vi, em meio aos beijos e troca de caricias tiramos nossas roupas e numa onda de prazer mutua, fizemos sexo como nunca antes, cada estocada de Erza em mim era diferente, era como se ele realmente estivesse com saudades ou precisando disso? Não sabia o que pensar, mas algo era certo, ele estava querendo fazer isso, o que só me deixava mais confusa e curiosa do porque ele ter se afastado de mim subitamente.

Cravava minhas unhas em sua pele sem hematomas apenas o sentindo com toda força que ele tinha, em meio aos movimentos fortes e violentos ele mordia meu pescoço e até mesmo dava mordidas mais leves em meus seios o que me fez gozar mais rápido do que o normal, e não me lembro de quantas vezes fizemos, mas se eu conseguisse contar, foram mais de duas.

Quando acordei Erza não estava mais lá, provavelmente peguei no sono antes dele, ele ao menos deveria ter se despedido, esse desgraçado. Enquanto o xingava de vários nomes na minha cabeça fui ao banheiro do quarto e tomei um rápido banho, afinal tinha adormecido pelada, e depois desse banho me arrumei e antes de sair dali olhei para o grande relógio que ficava na parede vendo que já era de manhã, por fim peguei minha bolsa e sai de lá transtornada por como tinha sido tratada.

Para não causar problemas para os donos sai nasurdina com várias perguntas e pensamentos incansáveis atormentando minhacabeça, mas me dando por vencida pedi um carro e fui a caminho de casa, o Erzacom certeza ainda vai me pagar, esse mal amado.

O Perigo Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora