Acordei no susto e preocupada de perder minha hora, afinal, ainda tenho que trabalhar, diferente de certas pessoas como Erza. Ainda deitada, olhei para todos os lados, Erza não parecia estar em nenhum lugar da casa e enquanto vestia o sutiã e a calcinha, lembrava da nossa noite anterior, a qual foi bem erótica. Somente em pensar meu corpo já ficava quente e meu rosto corado, mas com um balançar de cabeça, afastei tais pensamentos pervertidos.
Não entendia como Erza tinha saído do meu apartamento se eu o tinha trancado e enquanto ia para meu banheiro vi uma fumaça densa saindo de lá, foi então que percebi, Erza não tinha saído ele estava usando meu banheiro, talvez por ainda estar sonolenta entrei ali sem me importar o que fez com que ele tomasse um baita susto.
—AHHH! AVA— Gritou com o rosto apavorado
—Calma, não vou te afogar— Disse sorrindo e dando uma piscadela enquanto tirava minha calcinha e sutiã.
—Tem espaço pra mais um aí? — Falei enquanto entrava no boxe sem esperar ele responder.
Erza ainda estava recuperando o fôlego do susto, o que me fez rir internamente e quando pisei no boxe ele agarrou minha cintura e me puxou para perto dele, o que fez com que eu soltasse um pequeno suspiro.
—Sempre tem espaço para você —Sorriu e me deu um rápido beijo
—Deveria mesmo... É o meu banheiro, de toda forma— Proferi pegando o sabonete e comecei a me ensaboar de costas para ele.
—Eu não sabia que acordava tão cedo... São ainda oito da manhã— Gesticulou pegando minha cintura novamente e me puxando em sua direção.
—Eu acordei com medo de perder a hora, mas de fato acordei cedo demais— Respondi me roçando nele ainda de costas para ele.
—Entendo... Que tal não ir ao trabalho hoje e ficar comigo? — Sussurrou em meu ouvido enquanto passava o sabonete em meus seios.
—Você não trabalha hoje?... — Balbuciei me virando de frente para ele.
—Você me pegou... Eu estou de férias... —Murmurou me dando um sorriso amarelo.
—Deveria ter dito antes, mas não posso faltar ao serviço sem motivo aparente, serei demitida assim. — Pigarreei terminando de me ensaboar e me afastando dele para me enxaguar.
Após isso, Erza pareceu ficar de mau humor, mas não insistiu e saímos do boxe com alguns segundos de diferença, sai primeiro e ele saiu logo depois, coloquei minha toalha e escovei os dentes enquanto o via sair do banheiro sem falar uma palavra.
Quando sai do banheiro, ele já estava arrumado com as mesmas roupas da noite anterior, não era a casa dele, nem teria como ele usar algo diferente, mas não sei como ele não tinha vergonha de se vestir em qualquer lugar, quando passava, o vi me encarar com o rosto um pouco pensativo. Fui ao meu quarto me vesti com um short e blusa pretos e sai em direção à cozinha, mas nesse meio tempo lembrei que a porta estava ainda trancada e provavelmente Erza queria sair.
—Você quer ir embora? Posso abrir a porta se quiser— Disse abrindo a geladeira e pegando quatro ovos.
—Está tentando me expulsar? — Respondeu com a voz um pouco fria.
—Você sabe que não... Eu só achei que... — Antes que pudesse terminar Erza fechou a porta da geladeira e me pressionou contra ela.
—Você realmente gosta de mim? — Proferiu abaixando um pouco o rosto na minha direção.
—Que pergunta idiota e essa? — Respondi com o coração acelerado e coloquei os ovos na pia com receio deles caírem e quebrarem.
—Esqueça... Eu vou embora, abra a porta, por favor? — Falou se afastando enquanto pestanejava baixo.
—Não quer comer o café da manhã antes de ir? — Gesticulei ainda nervosa e um pouco animada.
—Não— Proferiu secamente.
Após Erza dizer aquilo eu abri a porta mecanicamente, tentava processar porque o humor dele mudava do nada e porque eu sempre me sentia culpada. Enquanto ele saía pela porta, eu o parei e o beijei de forma lenta, o que fez com que ele ficasse surpreso, mas ele não voltou atrás e continuou indo para seu apartamento e eu por minha vez não o chamei. Não iria ceder aos desejos dele sempre, meu trabalho é minha fonte de renda, não posso faltar sempre por conta dele.
Após essa discussão silenciosa eu fiz meu café que era ovos mexidos e enquanto comia e lavava a louça. Já estava quase na hora do meu trabalho, me arrumei e fechei a grande janela da sala que dava visão para a pequena varanda do apartamento e após isso sai.
Cheguei com antecedência no meu trabalho, e eu sempre me perguntava por que sempre chegava atrasada com Erza, talvez porque ele sempre me provoca e me faz perder tempo com assuntos idiotas?
A tarde foi tranquila e a parte da noite não foi muito diferente, fechei a loja e quando saí foi que vi o carro de Erza na frente do estabelecimento, ele estava me esperando, ou parecia isso.
Entrei no carro e ele não disse muitas coisas durante o rápido percurso, quando chegamos em casa, ele me puxou para o apartamento dele e entrei sem me dar conta. Só cai na real quando escutei o Crick da porta se trancando.
—Ava, precisamos conversar... — Gesticulou com o rosto sombrio.
Naquele momento fiquei totalmente em pânico, não sabia o que esperar, mas com certeza não seria bom.
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O Perigo Do Prazer
RomanceAva e uma jovem mulher de vinte e quatro anos que possui um transtorno ninfomaníaco é acaba se interessando até demais pelo seu sexy e misterioso novo vizinho Erza. Que por sua vez também esconde segredos alarmantes.