Capitulo 3-Sentimento pulsante

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Finalmente é sexta feira e pra minha sorte eu já estava em casa, tinha largado uma hora antes do usual no meu emprego e após esperar por tanto tempo finalmente irei numa festa que esperei um mês inteiro para ir. É uma festa a quinze quarteirões do meu apartamento, e lá tem muitas bebidas, dança e claro, muito sexo. Às vezes, eu mesma me assustava quando ia ao banheiro é via coisas um tanto duvidosas, mas eu também podia me divertir, afinal, lá era o único lugar que conseguia ser eu mesma sem medo.

Eram quase dezoito horas, a festa sempre começa às vinte horas e ia até umas três horas da manhã, mas eu sempre tive medo de ficar até o final, então, quando conseguia o que queria eu metia o pé, o que sempre foi sábio.

Já estava quase arrumada, faltava terminar meu delineado preto bem simples em volta dos meus olhos. Coloquei uma sombra cinza por cima no delineado e um batom vermelho um pouco forte, o que me fez ficar meio vulgar, mas a festa era à noite, então pouco importava. Terminei a escova no meu cabelo preto, deixando-o cheio de cachos nas pontas.

Após vinte minutos escolhendo meu vestido, não sabia se escolhia um preto com um decote bem evidente nos seios ou um mais comportado e aberto dos lados na altura dos seios. No fim acabei por escolher o vestido mais comportado, ele realçava minha cintura e curvas. Depois coloquei um brinco longo prateado com uma pedra preta juntamente de um cordão e anel do mesmo conjunto, e terminei com um salto alto fino com cordas preto. Acho que eu gosto mesmo de preto, mas fazer o que, preto combina com tudo.

Depois de me olhar no espelho do banheiro, prendi meu cabelo em um coque chique mediano com os cachos aparecendo, me sentia uma estrela de cinema e, pensando bem, talvez eu estivesse à altura delas mesmo.

Fechei a porta do meu apartamento e desci as escadas, ainda na portaria pedi um carro de aplicativo, não queria andar de salto até lá, seria burrice. Minutos depois o carro chegou e demorou menos de quinze minutos para eu chegar no meu destino.

Quando cheguei, logo vi a porta de ferro preta da boate, entrei sem muito esforço, já eram oito e meia da noite, a música estava altíssima, mas era boa. A festa sempre tocava vários gostos musicais do pop até mesmo rock, eu logo comecei a me soltar e após dançar por um tempo segui até o bar.

Lá pedi ao bartender uma batida de morango com Vodka e ao termina-la virei de uma só vez uma Cuba Libre. A partir desse drink já comecei a me sentir meio tonta, decidi por continuar a beber, bebi várias bebidas das quais nem lembro mais o nome, acho que depois da sexta dose eu já não estava muito boa, autocontrole nunca foi meu forte. Voltei a dançar na pista de dança que estava abarrotada de caras gatos, mas um me chamou bastante atenção, seu cabelo castanho claro e seu corpo esbelto fez com que me aproximasse dele como que hipnotizada. Sem medir esforços, esfreguei minha bunda nas costas dele, ele logo entendeu o movimento e se virou para mim. Para minha surpresa era ninguém menos do que Erza. Perguntava a mim mesma como sempre o encontrava em todo lugar que ia, será que é o destino?

—Olá gatinha— Disse enquanto me girou e me trouxe de volta a ele.

Eu o encarei sorrindo, ele não parecia me reconhecer, e acabei usando isso para minha própria vantagem.

—Olá pra você também gatinho— pisquei para ele.

Em meio a dança eu sempre fazia algum movimento sexy para atiçá-lo, algumas vezes esfregava minha bunda nele outras eu apenas respirava próximo ao seu ouvido. O que funcionou, pude sentir um certo volume pressionar minha perna quando juntamos nossos corpos na pista. Sorrindo o puxei pela camisa até um lugar mais tranquilo e afastado.

Talvez fosse a bebida fazendo efeito, mas eu não me importaria se no dia seguinte ele soubesse que era eu. Só queria senti-lo em mim e poder ter cada parte dele.

Nos beijamos de forma apressada e sem pausa, em meio a vários estímulos que ele fazia com as mãos em mim, acabei por gemer um pouco alto, o vi sorrir para mim com um olhar cúmplice, acho que ninguém se importava de toda forma, tirou minha calcinha e me levantou no colo dele que já estava com o zíper da calça aberto.

Antes que o sentisse entrar em mim eu o vi rapidamente colocar a camisinha, ao menos um dos dois tinha que usar a cabeça, e parecia que ele é quem estava usando. Após isso, soltei um arfar enquanto sentia ele em mim e acabamos por nos mover de forma bem rápida, por algum motivo ele parecia saber como eu gostava e em meio aos movimentos ele prendeu meus dois braços na parede do recinto e me beijou de forma bem intensa, eu apenas me deixei levar por aquilo, afinal, era o que eu queria e desejava há um bom tempo. Apenas paramos o beijo para respirarmos e nesse meio tempo ele mordeu meu pescoço, após chupá-lo brevemente. Depois dali eu só sei que minha mente virou um borrão. Talvez por conta da bebida, mas tenho alguns flashs de que eu me diverti bem demais com ele.

Apenas me lembrava de sair dali no carro de alguém, imaginei que era de Erza, eu deveria ter medo, mas eu apenas cai no sono no banco do carro.

Acordei no dia seguinte em uma cama a qual eu não reconhecia, e como se isso não fosse ruim senti uma dor de cabeça fortíssima, tentei me levantar, mas tive uma tontura horrível.

Ao virar para o lado me assustei vendo o Erza ali do meu lado dormindo, eu acabei fazendo um barulho de susto e o acordei.

—Humm! Bom dia Ava, Dormiu bem? —Disse se ajeitando na cama e me encarando com um sorriso sedutor.

—E-eu...você sabia que era eu na noite passada? — Murmurei com uma forte pontada na minha cabeça.

—Eu achei que você soubesse haha— sussurrou no meu ouvido se divertindo com minha reação.

Meu rosto virou um tomate e eu me levantei num pulo ainda meio zonza, mais pela vergonha misturada com adrenalina, corri de forma destrambelhada até a porta do apartamento dele que estava trancada.

—Merda— falei sentindo uma presença atrás de mim.

Erza me virou e com uma expressão séria, pôs uma mão em cada um de meus ombros e respirou fundo antes de falar algo.

—Se acalme... Não é como se eu fosse te matar ou algo parecido... É uma pena que não se lembre de como nos divertimos na noite passada. —Balbuciou de forma tranquila.

—Eu quero ir embora E-Erza, abre a porta, pode ser? — falei tampando meu rosto com ambas as mãos e me virando para a porta.

Erza me virou novamente, porém, com mais força e eu o encarei com o rosto um pouco menos rosado.

—Olha aqui... Que tal você se acalmar? Talvez assim possa te deixar sair—Pigarreou bem próximo de meu rosto.

—Tá, tá, só se afaste... Preciso de espaço— Disse movimentando meus braços para frente pra empurrá-lo.

Após isso ele me fez um café, eram oito horas da manhã. Depois de tomar meu café entramos numa conversa um tanto longa, enquanto ele falava comigo só pensava em me grudar novamente nos lábios dele, mas por sorte depois de fingirmos que a noite anterior não havia acontecido ele finalmente me deixou sair.

O Perigo Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora