O Perigo Do Prazer

Capitulo 26 - Busca incessante

Enquanto Ava e Erza estavam tendo momentos de paz e tranquilidade, a boate nesse meio tempo não se podia dizer o mesmo, estava em completo caos. Assim que Adriel desembarcou recebeu uma ligação e atendeu.

— O que foi meu amor? — Disse com a frieza habitual.

— O Erza! Ele levou a Ava embora à força da boate! Eu não sei o que fazer Adriel... Você já voltou? — Proferiu Oliver em pleno desespero

—... Sabe em qual direção esse abutre foi? — Respondeu com certa irritação e continuou — Sim, eu já estou de volta... — Falou ainda com raiva evidente.

— Acredito que ele foi para a direção leste... Estou preocupado... — Gesticulou com nervoso.

— Me dê trinta minutos e estarei de volta, enquanto isso coloque minha irmã para trabalhar... Mande-a falar com todos nossos contatos de investigação — Murmurou com pressa logo desligando a chamada.

Pegou o primeiro táxi que viu e já entrou com rapidez enquanto dava o endereço ao motorista de meia-idade.

Pediu para que ele fosse o mais o veloz que pudesse e que pagaria a mais pelos seus serviços e assim ele o fez.

Logo chegou à boate e pagou ao motorista que saiu dali na velocidade da luz e mesmo de fora já dava para sentir o caos palpável no ar.

Entrou apressadamente e com passos pesados no seu estabelecimento e mesmo que seu rosto provavelmente estivesse neutro seu tom de voz imanava ódio genuíno. Adriel almadiçoava Erza de todas as pragas possíveis em sua cabeça, antes era apenas um desgosto, agora virava pessoal, quando o encontrasse iria matá-lo ele mesmo e sem piedade alguma!

Andava a passos rápidos procurando Oliver, ele saberia explicar melhor do que a sua irmã a Adriel o que tinha acontecido e após procurar por alguns minutos, o encontrou chorando perto da porta do quarto de ambos e correu até ele com certa gentileza que não era muito comum da personalidade dele, mas ele precisava de gentileza e não ordens.

— Está tudo bem... Você não tem culpa... — Disse tentando acalmá-lo enquanto segurava seu rosto com às duas mãos e o beijava de forma intensa.

Oliver estava perdido e confuso e acabou aceitando o beijo de Adriel que, após alguns minutos ele mesmo o afastou e o olhou com mais calma refletindo em seus olhos que para Adriel eram uma das coisas mais encantadoras de seu amor.

— Eu sei... Ela estava tão bem... Foi ele aparecer para tudo desmoronar, eu deveria ter reforçado a segurança... Ter feito mais! — Reclamou enquanto abraçava Adriel.

— Isso não tem importância agora, me conte o que aconteceu e me diga onde minha irmã está — Falou em tom majoritário.

Oliver explicou que ele se infiltrou sorrateiramente e ele não tinha percebido nada suspeito até que Erza já estava com Ava em seus braços enquanto corriam desenfreadamente para fora da boate.

Adriel escutou com atenção e após entender tudo, procurou por Catarina, com certeza ela tinha deixado isso acontecer, no fundo, sabia que a culpa era dele por mimá-la, porém, esse comportamento dela chegaria ao fim hoje.

Procurou-a em cada canto com minuciosamente, cada brecha que poderia ter, perguntou a quase todos os funcionários sobre seu paradeiro e por fim a encontrou encostada à porta dos fundos fumando e olhando para o céu noturno, pensativa.

— Você entrou em contado com eles? — Perguntou enquanto respirava com dificuldade devido ao cansaço por correr vários minutos sem parar.

— Sim, Gostaria de me desculpar, sei que fui à culpada disso tudo... — Respondeu com calma enquanto seu cabelo longo e vermelho era balançado pelo vento frio da noite.

— Desculpa não irá resolver isso! Se quiser mesmo se redimir encontre os dois o mais rápido possível — Gesticulou enquanto a encarava — Você está avisada, se me decepcionar novamente não terei piedade, mesmo sendo você... — Disse enquanto saia dali sem esperar a resposta de Catarina.

Após ter saído de perto de Catarina, tentou acalmar seus ânimos e encontrou Oliver que vinha pelo caminho e ofereceu uma de suas bebidas favoritas absinto. Enquanto dava pequenos goles, o encarava com certo desejo, Oliver logo percebeu e com um sussurro nada comportado o arrastou até o quarto deles.

Dias se passaram enquanto as buscas só se intensificavam, Catarina estava obstinada a se redimir com Adriel e ele se sentia orgulhoso por ela ter finalmente amadurecido.

Estava sentado em seu escritório fazendo contas dos gastos da boate quando escutou alguém bater na porta, deixou que a pessoa entrasse e quando viu ser Oliver e Catarina, logo entendeu que eles tinham alguma informação útil.

Após muita conversar eles descobriram onde Erza estava morando, agora era só questão de tempo para encontrá-los e Adriel só irei parar quando matasse seu tão odiado Erza, somente assim Ava e todos eles teriam paz ou era assim que ele pensava em sua mente controlada pelo ódio.