Capitulo 16- Provocação

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Após o ocorrido com o Erza, ficamos sem nos falar a manhã toda e como eu tinha expediente pela tarde, achei que ele fosse me levar para o trabalho dessa vez, porém, me enganei. Saí onze e quarenta pela porta e não o vi em pé me esperando como de costume.

Isso estava me matando lentamente, mas só tinha vinte minutos para ir para meu trabalho e preferi chegar na hora no trabalho, desci as escadas com rapidez e segui com pressa até meu emprego. Chegando lá, foi bem tranquilo a tarde inteira, já depois das dezoito horas o lugar encheu tão rapidamente que tomei um susto quando saí da cozinha com uma forma enorme de torta de maracujá com chocolate e alguns bolos de pote diversos. Nem tive tempo de arrumar, pois os clientes compraram quase tudo, restando apenas um bolo de pote e três fatias da torta.

Fiquei feliz, porque depois de sempre chegar atrasada durante uma semana, minha chefa teria ao menos orgulho de mim, ou assim eu esperava. Larguei às vinte horas, que era o horário em que a loja estava fechando nesse mês, por conta de feriados municipais e isso sempre foi bom pros negócios. Arrumei tudo rapidamente e troquei de roupa colocando um casaco preto, pois, pelo que vi na previsão do tempo, provavelmente iria chover e já estava frio.

Quando fechei a porta do estabelecimento recebi uma mensagem de Oliver que, com a total loucura que minha vida tinha se tornado, foi esquecido por mim, mas não adiantava me culpar, ao menos ele lembrou de mim.

Era uma mensagem perguntando se ele podia me fazer uma visita, eu respondi dizendo que ele poderia e que se quisesse trazer o Adriel com ele, seriam bem vindos. Ele me respondeu alguns minutos depois, quando já estava a um metro de meu apartamento e dizia que Adriel não poderia ir por conta do trabalho. Acho que ser agiota tem seu lado negativo também, respondi, por fim, que ele poderia vir após às vinte e uma horas e que se ele achasse tarde, poderia dormir na minha casa.

Quando estava abrindo a porta do meu apartamento, escutei um barulho de notificação e era Oliver mandando um emoji de jóinha. Como teria visita, fui correndo para o banheiro para tomar um banho, após isso, coloquei roupas confortáveis e casuais. Uma calça de frio marrom e um moletom bege, nós pés coloquei uma meia branca. Era a única que ainda estava guardada na minha gaveta. Depois, peguei alguns biscoitos de baunilha que tinha feio para meu café da manhã, mas obviamente fiz em excesso, os coloquei num potinho em cima da minha mesinha da sala e esperei Oliver chegar.

Enquanto esperava Oliver chegar pensava em como Erza deveria estar, somente o pensamento de ele me odiar me dava pontadas em meu estomago, mas fui tirada de meus pensamentos com o barulho da companhia, deveria ser Oliver.

Dito e feio, quando abri a porta era mesmo Oliver quem estava com um casaco preto, uma calça jeans azul e um tênis marrom com detalhes pretos. Não sei como o deixam sair assim, ele deveria aprender mais sobre moda, mas me segurei para não falar nada, afinal, a vida é dele e ele se veste como quiser. Abri a porta e ele entrou de forma lenta enquanto olhava para todos os cantos do apartamento.

—Ava... Quanto tempo! Vim ver como você tá, eu mandei mensagens há quatro dias e você nem me respondeu, ta tudo bem mesmo? — Disse me abraçando

—Quatro dias? Não me lembro de receber notificação, tem certeza Oliver? E eu estou bem sim e você? Como tem estado tudo? — Respondi confusa

—Claro que tenho... —Gesticulou pegando o celular — aqui, foram enviadas e parece que você viu, mas não respondeu, será que você está com lapsos de memória? — Murmurou me mostrando o celular.

—Eu não me lembro disso... Vou olhar meu celular depois, mas e você? Como tem estado? — Proferi ainda digerindo o que ele tinha me mostrado.

—Estou ótimo e o Adriel também, acho que aos poucos vou conseguir tirar ele desse mundo do crime, mas até lá tenho que convencer a irmã dele a sair também. — Falou se sentando no meu sofá.

—A Catarina parece difícil de lidar mesmo... Mas fico feliz que vocês estão bem, e o trabalho? Ta sendo bom? — Articulei me sentando no sofá também.

—O trabalho está ótimo, nem me lembro de como é a sensação de não ser mais escravizado haha — Pronunciou de forma alegre.

Conversamos por mais algum tempo e colocamos o papo em dia, inclusive falei de Erza com ele, que não pareceu gostar muito do meu relacionamento novo, mas não fez perguntas. Quando Oliver estava prestes a ir embora, escutei novamente a companhia da porta e achei que era Adriel vindo buscar o Oliver, mas pra minha surpresa era Erza que estava com um buque de rosas até que bonito, parecia caro.

—Eu gostaria de me desculpar... Posso entrar? — Disse olhando para dentro do meu apartamento e vendo Oliver ali.

—Pode... — Proferi o encarando e abrindo mais a porta para ele entrar.

—Vejo que tem companhia... É tão fácil assim me trocar? — Murmurou irritado e com um rosto e risada sombrias.

—Pode se acalmar, eu já estou de saída— Oliver respondeu se levantando e continuou —Adriel disse que está a dois minutos daqui...posso esperar lá fora se quiser, Ava— Gesticulou com um rosto gentil para mim.

—Não precisa, tenho certeza que o que Erza tiver para falar ele poderá esperar— Respondi enquanto colocava as rosas de Erza na mesinha da sala.

Após isso o clima ficou pesado, Erza continuava em pé enquanto Oliver o encarava com desdém, estavam a ponto de se atracarem, e eu não queria ver isso ocorrer, mas graças a deus a campainha tocou e dessa vez era Adriel. Oliver se despediu de mim e Adriel, por sua vez, apenas deu um aceno de cabeça, mas antes que eles sumissem de minha visão Erza me abraçou por trás e começou a beijar meu pescoço e me puxou para dentro. Nesse meio tempo soltei um gemido um pouco alto que fez com que Oliver se virasse, mas tanto eu quanto ele, não estávamos mais na visão um do outro.

—Erza... Que tal esperar um pouco...? — Disse em total vergonha e excitação.

—Sua voz e corpo dizem o contrário... Ava— Respondeu enfiando uma mão por dentro da minha calça.

Após aquele momento não conseguia mais me controlar bem, queria perguntar sobre a mensagem de Oliver, mas minha mente só pensava no quão bom era a mão dele acariciando minha vagina e o quanto isso me deixava louca.

Em meio a gemidos abafados, Erza enfiou dois dedos dentro e depois três, que fez com que minhas pernas perdessem um pouco o equilíbrio e eu ficasse completamente molhada de tamanho prazer. Tirei a mão dele da minha calça e tirei minhas roupas, o jogando no sofá com certa força, estando completamente pelada, tirei a camisa social e a calça dele num piscar de olhos, e quando fui tirar a sua cueca ele mesmo o fez.

—Eu falei que você queria isso... — Murmurou ofegante com um sorriso.

—Só cale a sua boca e me fode... — Proferi o beijando.

E quando percebi tinha perdido o controle novamente. Ele ficou por cima de mim e num impulso me pegou no colo e me levou até minha cama, não entendia o que ele pretendia fazer, mas quando ele pegou uma fita adesiva eu logo entendi, ele queria me provocar, talvez até mesmo punir.

Ele prendeu minhas mãos e pés com a fita, me deixando totalmente impossibilitada de ter uma ação, e nesse meio tempo começou a lamber minha barriga, beijar meus seios e até mesmo deu algumas mordidas leves pelo meu corpo, o que só me fez soltar grunhidos e gemidos de prazer.

Após me provocar a tal ponto que eu implorava por ele, ele finalmente me penetrou, eu estava tão perdida no prazer e louca que sequer liguei se minhas mãos e pés estavam amarrados, eu apenas tentava beijá-lo. Ele, com um sorriso me beijou e a cada tentativa de me mexer ele estocava mais forte e rápido, e nesse meio tempo, ele sussurrava coisas no meu ouvido que me faziam perder o ar. Após muito prazer, eu tive um orgasmo que nem me lembrava a última vez que tivera um igual. Erza, por sua vez, se divertiu com meu prazer, mas para meu desespero, ele não estava tão satisfeito quanto eu achei que estivesse e, após essa vez, fizemos mais três vezes, de quatro, com as pernas para cima e por fim de lado.

Peguei no sono antes dele, exausta e totalmente aliviada, pois, de toda forma tínhamos nos resolvido, ou assim eu gostaria de pensar.

O Perigo Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora