Cap. 32

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Ao acabar a cirurgia, Any passou algumas recomendações aos residentes, e saiu da sala.

Após falar com a família do paciente, Hugo e Poncho foram para a diretoria do hospital, para falarem sobre o procedimento.

****: Anahí, entenda uma coisa, a sua imprudência, levou a uma negligência, e se o paciente acorda no meio de uma cirurgia? E se ele morrer? O Dr° Kaio iria ter que parar a cirurgia para socorrer um paciente com falta de anestesista? - encarou ela.

Any: Senhor Fábio, você acha certo ele humilhar o Josh por conta de uma desavença comigo? O menino estava de boa, ele foi brigar com ele por conta de uma pressão baixa, que aconteceu devido a anestesia, e ele havia acabado de fazer a medicação para reverter. - falou brava.

Fábio: Anahí, entenda que você deveria ter me comunicado, que eu iria resolver... - foi interrompido.

Any: Claro, assim como, eu pedi e lhe mandei um email solicitando, que eu e minha equipe não fosse mais escalada nas cirurgias dele. - o encarou.

Fábio: Você mandou um email? - olhou ela.

Any: Sim! Eu mandei, eu pedi para o senhor, autorizar a troca do pessoal, porque eu prévia isso..

Hugo: Dr° Fábio, o Al...  desculpa. - ia saindo.

Fábio: Senhor Hugo, pode ficar, doutora Anahí já estava de saída. - olhou Hugo.

Any: Estava? - disse olhando ele.

Fábio: Sim senhorita Anahí, a nossa conversa será adiada. - mostrou a porta, ela respirou fundo virou e encarou Poncho, que deu um sorriso breve e piscou para ela, que retornou e encarou o senhor Fábio.

Any: Eu vou enviar, minha carta de demissão, eu não preciso de você, não preciso disso aqui, eu preciso trabalhar em um lugar que aceite eu e meus filhos.. - falou em tom de ódio.

Fábio: Anahi, não é para tanto, vá esfriar a cabeça, conversamos mai... - ela deu as costas e saiu.

Hugo: Você desde o começo deveria ser imparcial, você amigo do Kaio, mas ele enganou a menina, e ele traia ela pior do que ela fez, você tá perdendo uma ótima anestesista, porque quem começou os insultos foi ele. - disse entrando e se sentando.

Poncho: E foi desconfortável, escutar as palavras dele, ainda mais deferidas a uma mulher, e gestante, onde os hormônios estão todos aflorados. - disse se aproximando.

Fábio: Senhor Alfonso, me desculpe! - estendeu a mão.

Poncho: Balança, você precisa colocar tudo na balança, ela sedou, entubou e deixou tudo certo um paciente em 4 minutos. - encarou ele.

Fábio: Eu vou conversar com os dois, agora o que achou dos nossos serviços? Gostou do nosso ortopedista Hugo? O que acha de investir no nosso hospital? - encarou ele, e eles iniciaram uma pequena reunião.

Alguns minutos depois..

****: Quando eu iria saber? - disse encostado no batente da porta, da sala dela.

Any: Quando você me atendesse, e não sua secretária. - disse pegando suas coisas e colocando na caixa.

Poncho: Secretária? - encarou ela.

Any: Sim, eu liguei para você, só que duas vezes sua secretária atendeu, e as outras caíram caixa postal. - disse pegando o celular.

Poncho: Engraçado, ela não passou nada para mim, até porque eu não tenho uma! - encarou ela, ela o encarou e lhe entregou o celular dela a ele, onde havia os históricos de ligação.

Any: E eu liguei para o hospital também, mas ninguém passava para você, talvez eu tivesse que por na tv, ou rádio a notícia. - encarou ele, e os dois começaram a rir.

Poncho: Quanto tempo? - disse se sentando na mesa, e ela parou na frente dele, que colocou as mãos na cintura dela.

Any: Seis meses, já é grandinho - ergueu o olhar até achar o de Poncho.

Poncho: Um menino? - sorriu sem graça.

Any: Sim um menino! - sorriu.

Poncho: O que vamos fazer? - encarou ela.

Any: Eu não sei, eu preciso sair daqui, não posso ficar nesse hospital. - se abraçou.

Poncho: Vamos para a capital comigo, eu te incluo na minha equipe, como minha anestesista, mas eu não quero.... - foi interrompido.

Any: Poncho, eu vou trabalhar com a Dulce, eu não posso sair daqui. - falou olhando ele nos olhos.

Poncho: Any é meu filho! Malu precisa conviver com o irmão. - falou sério.

Any: Poncho, eu preciso viver minha vida, eu não posso viver por você, é nosso filho, mas não posso viver aos seu favor. - ela disse se afastando e enchendo os olhos de lágrima.

Poncho: Tudo bem Any, eu só preciso me organizar, eu preciso vim para ficar com vocês.

Any: Vocês? - os dois se encararam.

Poncho: Caralh0 eu amo tanto você! - puxou ela e a beijou, que retribuiu o abraçando.

Any: Eu te amo Poncho. - acariciou o rosto dele.

Poncho: Vamos fazer isso valer a pena, eu quero você, eu quero nosso bebê, eu quero nossa família, eu quero o Rafa... - Foi interrompido.

Any: Eu quero a Malu. - ele sorriu e a beijou novamente.

Nós por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora