Cap. 16

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Any: O que foi? O que está acontecendo? - ela se afastou, e abriu a porta do carro, ele se sentou e ela ficou em pé na frente dele, mexendo no cabelo dele.

Poncho: Eu estou com medo Any, é uma criança, é uma vida, ela não tem culpa de nada, eu sei disso, mas tenho medo de perder o meu sonho, ou de não dar conta de ser pai, ser aluno, ser marido, ser amigo, ser filho... Eu tô perdido Any, eu nem trabalho. - disse em meio a algumas lágrimas.

Any: Eii.. calma, estamos com você, eu estarei ao seu lado, a Dul o Ucker, você... melhor vocês não estarão sozinhos nunca, e se depender de mim, Anahi Portilla, você não vai parar de estudar, você não vai perder seu sonho, e você não vai ser um péssimo pai, porque eu vou estar do seu lado, do lado da Lolita, e do bebê também.. somos amigos Alfonso, e amigos fazem isso, e eu farei muito mais por vocês, tudo que estiver ao meu alcance. - falou segurando o rosto dele.

Poncho: Você é tão incrível, obrigada, mas sabe para você é tão fácil... - foi interrompido, com ela segurando o rosto dele com uma mão apertando as bochechas dele.

Any: Não é tão fácil Alfonso, o que você acabou de me dizer, seria o mesmo que eu dizer para você o quão burro é, que sabe que tem que usar camisinha e não usou. - ele estacalou os olhos. - Eu não tenho um real, eu tenho bens, duas casas e um carro, mas sem o dinheiro dos meus pais eu não ando com o carro, então Alfonso não compare a vida de ninguém com a sua, se você precisar de qualquer coisa eu vou te ajudar, agora você não precisa tratar as coisas dessa forma. - encarou ele.

Poncho: Me perdoa, eu estou perdido Any. - olhou ela.

Any: Sobe Poncho, toma um banho, deita e dorme, outro dia conversamos sobre isso tá - beijou a testa dele.

Poncho: Que? - olhou ela.

Any: Quando você estiver melhor, a cabeça mais em ordem, a gente conversa tá legal - olhou ele.

Poncho: Tá, obrigada tá bem! - olhou ela.

Any: Tá legal, se cuida tá. - ela se despediu e foi embora, assim que ele entrou no apê.

No outro dia / por ligação.

Poncho: Oi Any.

Any: Oiii, adivinha quem tá aqui embaixo? Isso mesmo euzinha, pode abrir para eu subir?

Poncho: Tá vou abrir. - ele apertou o botão do interfone, e ela entrou, quando chegou no andar a porta do apê estava aberta.

Any: Oiii, como você está hoje? - ela colocou algumas coisas em cima da mesa.

Poncho: O que é tudo isso? - ele perguntou curioso.

Any: Hmmm deixa eu ver. - foi tirando as coisas. - sorvete, mais sorvete, chocolate, sorvete e mais chocolate. - sorriu.

Poncho: Eu gosto desse chocolate. - sorriu.

Any: Você está melhor? - acariciou ele.

Poncho: Sim, estou sim, só é difícil ficar distante de todos lá - ele sorriu sem graça.

Any: Por isso estou aqui, e te trouxe isso. - ela pegou dentro da bolsa, um álbum de fotos e uma boneca pequena.

Poncho: O que é isso? - olhou ela.

Any: Bom, aqui são fotos minhas quando bebê, achei importante você ver e essa é a Maria Luísa , minha bonequinha, trouxe para ela ficar com você, - sorriu.

Poncho: E porque é importante eu te ver bebê? Você não é a mãe. - falou encarando ela.

Any: Nossa Poncho! Eu só.. esquece! - ela disse pegando o álbum, e saiu batendo a porta, Poncho respirou fundo e foi atrás, mas o elevador já havia descido, ele bateu na parede e entrou no apê, e viu uma foto que caiu do álbum, era Any ainda bebê gordinha sentada no chão, com a boca suja de comida, ela sorria, tinha os cabelos amarrados para cima, como Maria Chiquinha, ele sorriu para a foto.

Depois disso os dois, não trocavam nem meia palavra.

Nós por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora