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— Me chamou, hyung? — Taehyung abriu a porta dos aposentos de Seokjin com cuidado.

— Sim, entre. — pediu e o beta obedeceu. Seokjin fez um sinal para que os servos presentes saíssem do cômodo e assim fizeram.

— Aconteceu alguma coisa? — foi se aproximando até sentar em frente ao irmão mais velho que estava cabisbaixo. — Soube que o Kookie está no pré-cio, é isso que te incomoda?

— Ele está? — Seokjin levantou o rosto para encarar Taehyung que assentiu. Jimin realmente estava fazendo um bom trabalho em diminuir o cheiro doce que Jungkook exalava porque Seokjin não sentiu mudança em nenhum momento. — Espero que ele esteja lidando bem com a situação.

— Como eu vou saber? — Taehyung respondeu com um biquinho. — Não sou que nem vocês alfas e ômegas que possuem épocas de acasalamento, sou acasalável o tempo todo! — brincou arrancando uma leve risada do irmão mais velho — Você poderia ajuda-lo. — Taehyung não perdia tempo. — Se eu fosse um alfa eu ajudaria Jungkook, só que não sou, mas você é! — subiu e desceu as sobrancelhas repetidas vezes.

— Isso é coisa que se diz sobre a pessoa que está casada com seu irmão? — brincou, não estava abalado de fato, bem, talvez só um pouco incomodado.

— Se você não dá o suporte durante essa época, outro alfa virá e dará. Não importa se ele é casado com o futuro rei, Jungkook ainda é um ômega lúpus — enfatizou — e a característica de puro dele trás curiosidade. Sabe quantos alfas matariam para ter ele? O que eu mais ouvia no palácio era aqueles alfas nojentos desejando meu amigo mesmo antes dele atingir a maioridade. Ele teve sorte de nascer em uma família influente porque se fosse um plebeu com certeza viraria o prato principal dos bordeis.

Seokjin não pôde evitar de lembrar do grupo que trombou de volta para o hanok.

— Você acha que eu deveria passar um tempo com ele?

— Mas é claro! Que ideia. — murmurou a última parte. — Hyung, com a sua presença tudo será mais fácil para o Kookie, ele precisa de um apoio nesse pré-cio e só o Jimin não faz milagre! Você também pode mostrar a ele o que é "fazer amor", visto que quando o cio chegar ele vai ser tomado pelo instinto; a primeira vez durante o cio nunca é uma boa ideia. — para quem disse não saber muito do assunto, até que Taehyung estava bem informado.

Seokjin tinha a sorte de estar com o cabelo cobrindo as orelhas assim Taehyung não viu como elas ficaram vermelhas de vergonha.

— Eu não vou "fazer amor" com ele.

— Por que não? Ele é seu marido, vocês viverão o resto da vida juntos e uma hora ou outra precisarão de herdeiros! — Taehyung estava incrédulo.

— Não é só a questão de ter herdeiros, Tae. — Seokjin suspirou. — Eu não o amo.

— Então aprende. — Taehyung soou ríspido. Não tinha a intenção de ser grosso, pelo contrário. — Hyung, eu prezo muito pela sua felicidade e pela felicidade do Jungkook e quando digo para "aprender a ama-lo" não é da boca para fora. Pode não ama-lo como amou o Yoongi, mas ele precisa de você tanto quanto o reino precisa de um rei, você é a única pessoa que é capaz de acudi-lo. É triste dizer isso, mas desde que vocês casaram Jungkook se tornou seu, você é dono dele e se abandona-lo vai deixa-lo em ruínas; ele pode morrer se você não amá-lo e eu não digo isso só pela fase do cio; digo pelo sentimento de dor que ele terá cada vez que lembrar que a pessoa que selou seu corpo e alma não o ama. A marca que você deixará nele pode mata-lo.

Seokjin ficou em silêncio remoendo as palavras que acabara de ouvir. Juntamente da voz grave de Taehyung vinha a voz suave de Yoonji, ao mesmo tempo que vinha a voz do governador e de Hoseok. Ele havia feito uma promessa para cada um deles de que protegeria o ômega que estava naquele momento em outro cômodo do hanok sendo abanado por alguns servos devido a febre que tinha.

Hold Me TightOnde histórias criam vida. Descubra agora