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Baekhyun entrou no quarto onde Joohyun estava, o médico real já saíra e a mulher estava repousando, quase não conseguindo se mexer. O concubino aproximou-se sem cerimônias, pouco se importando com o mal-estar dela, e proferiu:

— De tantas horas para adoecer, tinha que ser por agora? — debochou. — Tomaste veneno por culpa?

Ela abriu os olhos para encara-lo, não tinha forças para falar algo, estava muito fraca.

— Dado que estás mais próxima de uma planta do que de uma criatura, terei que ajustar meus planos. — passou a mão nos próprios cabelos que iam até o ombro, puxando-os para trás e amarrando. — Uma pena que não estará presente para ver.

A beta arregalou os olhos ao entender o que Baekhyun se referia e, mesmo sem condições, tentou se inclinar e praticamente implorar:

— Baekhyun... você não t-tem que fa-fazer isso... — quase não dava para entender o que ela dizia. — Ele é só um garoto... por favor...

— Um jovem que arruinará minha vida e te conduzirá ao mesmo fim. — foi firme na resposta, ignorando a forma como Joohyun estava. — Fui bobo em pensar que ele e o príncipe não se envolveriam de verdade, que era apenas um casamento forçado... eu já posterguei demais.

— Byun... — ela conseguiu se mexer bastante ao ponto de chegar nos pés do concubino, agarrando-os, um recorde por conta do seu estado deprimente. — Não faz isso... o príncipe não su-suportará outra p-perda! Eu t-te garanto que el-eles não irão se en-envolver mais...

— Assim como garantiu que eles estavam afastados? — ele a olhou com desgosto, vendo aquela cena patética se desenrolar nos seus pés. — Espero que te recuperes desta doença, mas, se não, não farás falta. — balançou os pés afim de tiras as mãos da serva de si, fazendo-a deitar por completo no chão e sentir o corpo se contrair de dor. — Quem sabe encontrarás teu irmão em outro plano. — foi duro com as palavras antes de sair do cômodo, deixando Joohyun jogada no piso com os o olhos lacrimejantes, ela não sabia se era por conta da dor constante em seu corpo ou se era pelo o que viria a acontecer.

[...]

O hanok amanheceu diferente dos outros dias. Como estava com menos pessoas na guarda, os corredores e quintais estavam mais vazios, servos ficavam mais reclusos e quase não se via movimentação nos campos de treinamento. Jungkook estava entediado, com a doença de Joohyun, ele não poderia chegar na conselheira e fazer perguntas ou conversar sobre o que aconteceu na noite passada, foi dado a ordem de que ninguém poderia visita-la por conta do seu estado — o que foi mais estranho ainda, visto que o médico dissera que não era contagioso.

Não queria falar com Jimin porque sabia que o criado iria desviar do assunto assim como das outras vezes, o que era bem revoltante visto que agora Jungkook entendia os motivos de Jimin e Hoseok ficarem tão reclusos, darem escapadas ou aparecerem mais bagunçados, não era novidade o relacionamento dos dois, mas saber o que eles faziam era um tanto quanto... estranho.

Tinha Taehyung para conversar, mas o príncipe estava tão preocupado com o estado de Joohyun que Jungkook decidiu deixar o assunto para outro dia — o que, talvez, foi sua melhor decisão. Passou praticamente toda a manhã treinando sua mira com arco e flecha e por vezes olhando para os muros que separavam o hanok do resto do mundo, pensando em como seria bom se pudesse sair e caçar pela região, ouvira bastante os guardas conversando sobre como a região era cheia de cervos.

— Depois da lua cheia, poderá sair dos muros.

Jungkook tomou um susto de faze-lo ficar em posição de ataque e quase atirar uma flecha em Seokjin por conta da sua chegada repentina — o príncipe estava usando a vestimenta padrão e seu cabelo longo estava em um coque alto —, Jungkook estava tão entretido em olhar para os muros que nem percebeu o cheiro do alfa se aproximando. Abaixou o arco e não escondeu o sorriso terno que apareceu em seu rosto.

Hold Me TightOnde histórias criam vida. Descubra agora