Hold Me Tight

30

Seokjin estava nos próprios pensamentos enquanto andava com o cavalo junto da tropa até a capital. Ele pensava constantemente que deveria ter quebrado os protocolos reais e levar Jungkook consigo, uma oportunidade do ômega poder reencontrar a família e Seokjin não ter preocupações extras; os acontecimentos com Baekhyun martelavam em sua mente. Como ele pôde fazer aquilo? Matar Yoongi e ainda atentar contra Jungkook. A que ponto uma obsessão pode chegar.

Ele estava tão aéreo na própria mente que não percebeu a chegada de um cavalo agitado, um mensageiro do hanok que estava em cima, não transparecendo notícias boas.

A tropa parou ao ouvirem o mensageiro exclamar conforme chegava perto, voltando a atenção para ele.

— O exército do oeste chegou na província de Daegu. — o mensageiro proferiu.

Seokjin instantaneamente se desesperou, era onde ficava o seu recanto, seu exílio, onde Jungkook estava.

Eles já estavam mais da metade do caminho, voltar para o hanok iria demandar mais tempo que se chegassem na capital. Era preferível que eles seguissem viagem até a capital e pedissem reforços, não poderiam se separar porque precisavam escoltar o príncipe com cautela máxima.

Todavia, a mente de Seokjin não estava naquela conversa guiada entre o mensageiro e o guerreiro líder da tropa. Ele não se importou de escutar os outros; sem aviso prévio, tomou a frente.

— Vamos voltar para Daegu.

— Alteza, não estamos tão distantes da capital. — o líder do pelotão pontuou.

Seokjin não queria discutir, então abusou de sua superioridade:

— É uma ordem real.

Mudou o rumo para onde estavam vindo, batendo os pés contra o cavalo para que ele fosse o mais rápido possível. Faria seu cavalo correr até quase a exaustão, precisava salvar seu ômega.

Os guerreiros o seguiram como ordenado e o mensageiro foi ordenado a seguir viagem até a capital e notificar os demais.

[...]

Jungkook estava irritado. Como se já não bastasse ter sua boca amordaçada, vendado mãos e pés presos, ele ainda estava amarrado a uma árvore. Ele não sabia quanto tinham se distanciado do hanok ou se sequer ainda estava nos territórios do leste.

Ele apenas escutava os guerreiros inimigos proferindo algumas coisas, ele presumiu, pela quantidade de respirações que conseguia ouvir, que haviam mais de trinta reunidos no acampamento improvisado.

— Olha só o que temos aqui. — a líder dos guerreiros rivais agarrou o rosto de Jungkook, analisando-o com cuidado. — Um lúpus puro, bate com as descrições.

— Capitã Kwon, o que iremos fazer com ele? — um dos guerreiros estava receoso.

Kwon pareceu ponderar, apesar de já saber o que iria fazer. Ela se afastou de Jungkook, ele podia sentir o olhar dela sobre si mesmo com a venda.

— O general Gong pediu para que o levássemos com vida.

— O quê? Iremos mantê-lo vivo? — o mesmo guerreiro exclamou, assustado. — Ele é um puro e matou muitos de nós!

Kwon concordava com o guerreiro, mas não podia transparecer.

— São as ordens do general.