Prólogo

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Capítulo não revisado.

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Século VII, entre 630-670.

Jungkook poderia estar parado encarando aquele homem a sua frente como se fosse nada, sem expressão, mas por dentro estava em pânico, desesperado, queria sair correndo sem olhar para trás.

— E com o poder concedido a mim, eu vos declaro, alfa e ômega. — o reverendo disse com um sorriso no rosto.

Precisava beijar o alfa a sua frente, mas não conseguia, estava estático, suando muito não só por conta do calor do verão e suas vestes quentes, o hanbok não era muito agradável naquela clima. Nunca tinha beijado na vida e agora precisava fazer isso na frente de várias pessoas e com uma que nem sequer amava.

O alfa, percebendo que o garoto quase não se mexia, somente respirava e o olhava sem o olhar realmente, agarrou sua nuca e encostou porcamente os lábios para terminar com aquela situação logo, não aguentava mais aquelas pessoas que o forçaram a estar ali sussurrando algumas coisas sobre o fato do ômega estar paralisado. E, Jungkook, como um romancista nato, a decepção do seu primeiro beijo ter sido com alguém que não amava era avassaladora.

Jungkook segurou a vontade de chorar quando seus lábios finos tocaram aqueles carnudos, não tinha mais volta, estava preso a aquele homem para o resto da sua vida simplesmente por conta de um deslize.

Se arrependia profundamente de ter corrido aquela noite, de ter fugido para o jardim do palácio, ninguém iria descobrir que o alfa na primeira fileira do seu casamento estava o perseguindo de qualquer forma.

Jungkook não era um ômega normal, ele era um lúpus puro, praticamente o único na nobreza e naquela região, então era cobiçado por todos os alfas e recebia inúmeras propostas de casamento, mas todas eram recusadas por seu pai, o governador, que atendia as vontades do filho de "casar com alguém que ame" mesmo naquele tempo que casamento por amor era apenas nos contos.

Nunca imaginou que seria um ômega. Fruto da relação de dois alfas, tinha a plena certeza de que quando chegasse sua hora ele seria um alfa ou, no máximo, um beta. Talvez fosse um ômega, mas isso não o impediria de realizar seu sonho: ser um hwarang, um grupo de jovens guerreiros discípulos das artes marciais e dos valores morais criado para proteger o futuro rei. Como era da elite, poderia ingressar no grupo mesmos em uma classe definida, visto que os papéis de classe não importavam para ser um hwarang, a devoção e habilidade era o principal; era a única forma de um ômega se tornar um guerreiro.

Desde pequeno sonhava em se tornar um guerreiro, não exatamente um Hwarang — até porque esse grupo era recente —, mas um guerreiro respeitado em sua região, um líder de batalhas, um exemplo a ser seguido, assim como seu irmão mais velho: Hoseok. E para isso se dedicou muito, treinando incansavelmente, estudando técnicas de luta e aprimorando seu conhecimento sobre as estratégias de guerra.

No entanto, quando chegou à idade em que sua classe seria revelada, aos quinze anos, descobriu que era um ômega lupus puro, o que colocava seus sonhos em risco. Naquele tempo, os ômegas eram vistos como frágeis, submissos e destinados a se casar com um alfa para dar descendência e perpetuar a linhagem. Como um lúpus puro, sua situação era ainda mais rara e sua segurança ficava comprometida, mesmo que soubesse se defender graças as suas táticas de luta, ele ainda era um ômega.

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