Alison e Eros terão suas vidas cruzadas de forma inesperada.
Alison é uma cantora em hiato que não pretende voltar aos palcos. Por outro lado Eros tem sede pra se tornar um astro.
Mas será que mudar a realidade será bom? Ou a atração não vai resis...
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Estava completamente chocada, feliz e muito animada. Fazia tempo que eu só trabalhava por pura obrigação, de saber que tenho pessoas que dependem de mim. E agora eu tenho uma pessoa com um potencial incrível. Porém, ele não está nem um pouco dentro da indústria musical, nem em redes socias. Eros não estava no circulo músical e isso pode ser um problema, pois para ele ganhar visibilidade vai ser um desafio. Por outro lado, eu tenho muitos contatos e conseguiria colocá-lo em qualquer lugar. Andei pensando muito no que eu deveria fazer, e uma das coisas que mais me preocupa é o filme adulto que ele tem, isso poderia vir a se tornar um enorme problema.
Eu passei quase um mês pensando em tudo que poderia acontecer de bom, e de ruim. E cheguei a conclusão de que, não posso deixar um talento ser jogado fora unicamente porque seria difícil, nada é fácil e eu nunca desisti de nada por isso, pois realmente não passa de uma dificuldade. E foi pensando nisso que eu decidi conversar com Eros e lhe propor um contrato, muito diferente do que eu geralmente faço, e se ele aceitar teremos uma parceria.
Andei pensando bastante em como lhe propor isso. O Eros no pouco que eu conheço ele, ele me parece uma pessoa muito boa e de coração muito bom também, ele é muito honesto. E eu sei que em nenhum momento quando me perguntou sobre suas músicas tinha alguma intenção de conseguir algo, me parecia muito mais curiosidade, pura curiosidade. Pensando nisso eu quero abordar o assunto com cuidado, pois ele pode levar para outro lado. Vou falar com ele amanhã cedo quando ele vier trabalhar.
Do lado de dentro de casa eu encarei a paicina iluminada e logo atrás dela as árvores enormes que davam total privacidade a residência. Eu costumo dormir sempre com a Ya, mas pelo visto hoje a safadinha arrumou alguém por ai, pois me enviou uma mensagem dizendo que não dormiria em casa. É engraçado, ao mesmo tempo que eu tenho muita privacidade, afinal estou em casa e ninguém vira aqui, eu me sinto vigiada o tempo todo. Milhares de pessoas me olhando e esperando o momento em que irão apontar o dedo para algo errado que eu venha a fazer.
Me sentei no sofá e olhei em volta, um silêncio assustador e doloroso. Nunca tive coragem de me mudar dessa casa, apesar de ter lembranças dolorosas aqui, noventa por cento são incríveis, os outros dez é…detalhe. Quando vim pra cá, ela era uma casa muito masculina e não tinha nada que me lembrasse uma casa de verdade, então fiz algumas modificações, Pollo na época adorou e ele sempre dizia que seria onde nossos filhos iam crescer. Não tivemos tempo para isso.
Eu engravidei uma vez, logo depois que a gente casou, bem no comecinho. A gente ficou muito feliz, eu então, eu seria o que eu nunca tive e seria o meu melhor. Mas sofri um aborto espontâneo duas semanas depois. Pelos que os médicos disseram, não teve uma coisa. Era a minha primeira gravidez e tinha esse risco, e depois meu médico até me contou que havia muitos riscos, não por mim, mas pelo Pollo, pelas coisas que ele usava e poderia acarretar em algum risco ao bebê. A gente ficou com medo e eu acabei colocando um diu pra não engravidar mais.
Prefiro me apegar nas lembranças boas que eu tenho com ele!
Fui para o meu quarto e fiz o meu ritual da noite, passei meus cremes, meus óleos, escovei os dentes e deitei na cama disposta a ter uma noite boa de sono. Que chegou rápido pra mim.
Balancei a cabeça em negação e sai do carro batendo a porta com força. Parei no meio do quintal ouvindo a música alta e algumas pessoas andando pelo jardim. Caminhei rapidamente até a entrada e passei as mãos pelos cabelos. Tinha tanta gente!
Passei meus olhos pela sala e parei quando vi Pollo sentando no sofá rondado de amigos, e algumas mulheres, nenhuma estava perto dele, observei as roupas feias que vestia, o cabelo molhado e uma garrafa de cerveja na mão. Eu estava tão chateada com ele, que o melhor que eu podia fazer era sair dali. Amanhã iremos nos apresentar na Billboard Music Awards, e ele está dando festas quando devia estar descansando. Meus ombros caíram e eu soltei um suspiro indo até ele e parando na sua frente.
—Oi amor—Pollo ergueu a mão para me puxar pro seu colo e eu me afastei.
—Preciso falar com você—Falei e ainda ouvi as piadinhas antes de me enfiar novamente na bagunça com a esperança de chegar na cozinha.
Me encostei na enorme bancada de mármore que agora tinha copos e bebidas encima e esperei por ele. Pollo mal conseguia andar em linha reta, ele entrou na cozinha e pois as mãos na cintura piscando os olhos algumas vezes. Olhei seu rosto e percebi a manchinha branca na bochecha, balancei a cabeça em negação e suspirei.
—Eu tô cansada disso Pollo—Falo— Amanhã vamos para o Estados Unidos e era pra gente estar descansando. Você está se acabando fazendo isso—Olhei em volta—Manda essas pessoas irem embora e vamos dormir, por favor.
Pollo deu um passo a diante e trouxe as mãos segurando meu rosto entre elas, o cheiro de álcool era terrível, então torci o nariz.
—So estou curtindo, me deixa em paz…
— Você tá bêbado e cheirou sei lá o que. Eu tô cansada e se você não mudar, você vai me perder Pollo—Me afastei de suas mãos e ele me encarou um algum tempo— Não foi com isso que eu me casei—Apontei pra ele—Eu casei com um cavalheiro que sempre me respeitou…
— Vai me largar então?—Pisquei um par de vezes e suspirei— Vai me largar por esse merda? Caralho Alison!
— Não esquece de amanhã por favor—Peguei minha bolsa encima da bancada e sai da cozinha. (...)
Dei uma mordida no pão integral enquato observava o piso branco da cozinha.
Eu odiava me lembrar daquele diálogo, eu me lembro até hoje o quanto eu estava triste e decepcionada com ele naquele dia. Comecei a fazer terapia depois da morte de Pollo, pois aquele foi o nosso último momento juntos e na minha cabeça se eu tivesse insistido mais ele teria acabado a festa e estaria vivo até hoje. Eu odiava me lembrar daquele dia porque a gente estava numa fase difícil do casamento, porém eu sempre tive esperanças de um dia ele parar de usar drogas. E quando soube que tinha tido uma overdose dentro de casa e morrido me senti culpada. Pensando que podia ter feito algo. Mas os nosso últimos meses de casamento se basearam apenas em mim querendo ajudar ele, mas ele não queria ser ajudado. E eu custei a entender isso, mas quando aconteceu eu me senti aliviada.
Agora eu tenho me apegar só ao que a gente foi no começo, tento esquecer todas as brigas, mas sonhar com aquele dia realmente me pegou de surpresa. E me fez já começar o dia mal. Mas eu coloquei na minha cabeça que não ia deixar isso me abalar. Portanto terminei o meu café e fui para o meu quarto, tomei um banho demorado e depois escolhi uma roupa para usar, iria ficar só em casa, então escolhi um conjunto de leggin e top verde, coloquei um tênis esportivo, prendi o cabelo num rabo de cavalo e depois fui para a academia malhar um pouco. Fiz esteira, peguei peso e algumas abdominais, sai da academia disposta a tomar mais um banho e chamar Eros para conversarmos, mas enquanto eu atravessava o jardim de longe vi meu segurança andando, ele nem parecia querer falar comigo, mas parou e sorriu simpático.
E gato também, diga-se de passagem! As covinhas é o que acaba comigo.
— Bom dia, Alison—Sorri satisfeita por ele não ter me chamado de senhora.
—Bom dia Eros, podemos conversar no meu escritório—Vi o momento em que ele desceu o olhar pelo meu corpo e franziu a testa. Olhei para baixo vendo o quanto estava molhada de suor—So vou jogar uma água encima, em meia hora no meu escritório?
—Pode ser! — Dei um pequeno sorriso pra ele corri em direção a minha casa.
Tomei meu banho e depois troquei de roupa, arrumei meu cabelo deixando que secassem naturalmente, passei um pouco de perfume e fui para o meu escritório.
....😘....
Pra vcs conhecerem um pouco da relação conturbada da Alison e do Marido.
Me dêem seus feedback aqui, quero saber o q estão achando da história!
