Epílogo II

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Peguei o pingente entre minhas mãos e observei, o vento batia contra me rosto me dando uma sensação gostosa

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Peguei o pingente entre minhas mãos e observei, o vento batia contra me rosto me dando uma sensação gostosa. Sorri!

Eu e Eros nos casamos dois meses depois que eu lhe entreguei os documentos. Sim, dois meses foi o tempo que eu escolhi e fizemos uma cerimônia muito simples, no jardim da nossa casa e apenas com amigos, já que nem ele e nem eu temos familiares. A minha mãe nunca mais me ligou, depois que eu bloqueei o numero dela e foi a melhor coisa, não quero aquela mulher sabendo da existência da minha filha e muito menos tendo contato. Ela não me ligou e eu não faço questão de tê-la perto de mim e nem das meninas.

Mas foi com pessoas que nos amamos muito, nossos amigos e pessoas importantes pra gente. Foi lindo, nossa lua de mel foi em Ibiza, onde nós tivemos um dos primeiro momentos como casal. Foi a primeira viagem do Eros para curtir mesmo, só nos dois, as meninas ficaram com o Marco e a Ya, me doeu o coração, mas eu sabia que elas estavam em boas mãos.

Inclusive aqueles dois não sabem o que são, eles não definem, eu já perguntei se estavam namorando e a doida deu de ombros, então eu acho que nunca houve um pedido. Mas eles se gostam assim, entao não tem o que fizer ou fazer, eles se entendem.

Sai dos meus pensamentos quando mãos macias e fofinhas cobriram meus olhos, abri um sorriso e coloquei as minhas mãos por cima das dela. Não sabia examente quem era.

— Oi mamãe— Moara me abraçou e veio para se sentar nas minhas pernas.

Ela estava crescidinha, sete anos, as vezes eu queria que ela voltasse a ser aquele cotoco de gente, ela está cada dia mais esperta. E linda!

— Filha— Passei a mão pelos seus cabelos e ela sorriu.

— O meu pai disse pra não contar, mas a Olívia virou todo o detergente da cozinha no chão— Ergui a sobrancelha— As meninas estão deslizando no chão…

— Meu Deus— Digo ficando de pé com ela no colo— Suas irmãs são uma loucura.

Me virei enfiando os chinelos nos pés e andei até a escadinha que dava para a praia. Estamos de férias nas Ilhas Canárias, eu o Eros e nossas filhas.

Entrei na cozinha e coloquei Moara no chão, cruzei os braços vendo a cena. Detergente escorrega pra caramba, Olivia estava de barriga pra baixo e Eros empurrava os pés dela a fazendo deslizar pelo chão da cozinha enquanto a garotinha ria de tudo. Já Ella estava sentada alisando com as mãos o chão melecada.

— Quem fez essa arte?—Indaguei atraindo a atenção deles, Olívia me encarou culpada e Eros só ria da situação.

Eu não ia brigar com elas, Eros era um grande responsável pela parte chata, ele que brigava, eu tentava, pois na maioria das vezes acabava cedendo a elas, mas agora estou me esforçando e entendendo que não posso dizer sim sempre, mas ele tem uma grande parcela nisso, ele briga, as vezes coloca de castigo quando elas brigam e faz as duas se entederem.

— Foi a Lili— Ella entregou a irmã.

— Mas você também tá brincando né— Falei e ela riu toda fofinha.

As gêmeas estavam com dois anos e meio.
(...)

—Boa note mamãe— Ella falou completamente coberta, só o rostinho aparecendo no meio dos lençóis brancos. Me inclinei dando um beijo nela e depois olhei para Olívia que já estava dormindo na caminha improvisada, pois as meninas quiseram ficar juntas, então montamos uma caminho no chão do quarto da Moara. É melhor até pra elas, não caírem.

— Agora dorme filha— Bati em seu bumbum que não tinha o mesmo volume, pois Ella parou com a fralda a quatro meses atrás.

Minha filha ficou me olhando por algum tempo até que pegou no sono, impossível não dormir também, pois essas aí aproveitaram psicina e praia o dia inteiro. Tem que dormir até às nove da manhã. Amém!

Subi na cama de Moara e lhe dei um beijinho antes de sair do quarto e encostar a porta, deixei a luz do corredor acesa, caso elas acordem. Entrei no quarto e me joguei na cama ao lado do meu marido lindo e gostoso! Que usava só uma cueca preta. Uma delícia.

— Dormiram rapidinho hoje— Falei deitando a cabeça no peito dele.

Eu também estava com sono, cansa ter três crianças pra tomar conta o dia todo. Meu Deus!

— Aí amor…você sabe que eu não gosto desse negócio— Falei olhando pra TV.

Eros tinha uma ficção em basquete e reality show, de comida, de convivência. Agora ele tinha colocado em um que eu particularmente odeio. Esse tal de brincando com o fogo, é um monte de gente com mais de trinta anos, agindo como se tivesse dezenove e que não conseguem segurar o pinto e a perereca.

— Bonzão— Ele disse eu suspirei.

Fiquei olhando a apresentação das pessoas com vergonha alheia, tinha gente com a minha idade. AFF.

— Olha isso— Voltei a atenção para a tv e pisquei um par de vezes quando vi a mulher com cabelos ondulados perfeitos.

“O meu nome é Catrina, tenho vinte e oito anos e sou modelo. Acho que eu tenho um charme, adoro homens, o cheiro deles me deixa louca e eu vim pra pegar todo mundo”

— Gente…eu não fazia ideia de que ela estaria aí— Avisou.

— Ela queria fama, vai se conhecida agora— Falei vendo ela se exibir para a câmera.

Depois da nossa briga ela desapareceu, e eu nem se se continuou com o Russo, mas pensando que eu conheço ele, é bem capaz de ainda estarem juntos e mesmo assim ela ter ido pra esse programa. A cabeça deles é igual, ela só pensa em se dar bem e ele não é diferente.

— Desliga ai— Peguei o controle dele e tirei do programa ruim— Será que a gente consegue transar?—Indaguei— Tipo, bem baixinho…

Eros sorriu e se virou ficando por cima de mim.

— Acho que sim— Eu ri passando minhas mãos pela sua nuca.

— Amo você— Falei.

— Eu também— Ele se inclinou e mordeu meu lábio.

Fim.

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