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Pov Maiara

Não vejo a hora de sair desse hospital, algo que me aterroriza quase tanto quanto a casa do meu pai. Nunca tenho lembranças boas desse lugar e a última que ronda minha cabeça é sempre das incontáveis vezes em que eu estava aqui com minha mãe e o desespero desse ser o último local no qual estive com ela ainda em vida.

Tento substituir esses pensamentos pela imaginação de que Marília está a caminho para me buscar e logo estarei em casa. Relembro do cochilo gostoso que tirei em seu colo, guardando até agora a sensação indescritível que foi deitar em seu peito e me deixar levar pelo sono sentindo seus carinhos em mim, seu cheirinho tão bom e que me acalmava tanto, tão bom quanto eu tinha imaginado.

Passar por essa situação me fez querer mais do que nunca escorregar para meu pequeno espaço, não tendo certeza ainda se a loira desconfiava disso ou não depois dos episódios que se sucederam aqui. Olho para a pelúcia em minha mão e fol ela que a trouxe para mim, como deduziu que aquilo me acalmava também?

Não tive forças o suficiente para me conter, cada vez fica mais dificil e quando estou perto dela fica ainda mais já que de certa forma lila me dá liberdade para isso quando simplesmente não se importa que eu faça essas coisas. Ainda não me sinto segura o suficiente para falar com ela sobre isso, mas tendo em mente que está cada vez mais difícil controlar e que passarei muito tempo com ela daqui em diante sei que é uma conversa que não poderá ser adiada por muito mais tempo.

Quando vejo a mulher loira parada na porta do quarto com um sorriso enorme no rosto meu coração palpita em pura felicidade. Lila tem todo cuidado do mundo ao me levar até o carro e depois até em casa.

Ela segura meu corpo contra o seu quando preciso de algum sustento e anda devagarinho ao meu lado enquanto eu ainda me acostumo.com aquelas muletas, sempre com as mãos estendidas em minha direção para me pegar a qualquer momento caso eu fraqueje. Me sinto rodeada pelo carinho enorme que ela me transmite naquele momento.

Quando chegamos em seu apartamento, maraisa vem em minha direção e ajuda para que eu me sente no sofá enquanto Marília prepara alguma coisa na cozinha.

- como se sente, pequena ?- sua voz é doce, fico tão agradecida por ter pessoas tão especiais ao meu redor agora.

- dolorida, mas melhor. Nada se compara a estar fora do hospital. - mara e lila se certificam de que eu estou confortável no sofá e ligam a tv em um canal qualquer.

-Ei mai, você precisa de algo do seu apartamento? Eu posso buscar para você, seu pijama talvez? Aproveito que maraisa não foi dormir ainda e está aquí com você. - ela me pergunta.

- o meu pijama sería ótimo, na verdade se não for pedir muito eu queria que você desde uma olhada nas caixas e visse em qual delas está minhas roupas para que eu possa pegar algumas outras amanhã. - peço me sentindo incomodada por um momento por estar incapacitada de fazer algumas coisas.

- claro, eu vou olhar. Eu já volto. - ela pega as chaves sobre a mesinha e sai pela porta enquanto eu e becca assistimos a tv,

POV Marília

Finalmente, Maiara em casa. Sob meus olhos e cuidados. Entro em seu apartamento e começo a vasculhar as caixas, algumas estão etiquetas mas outras não tem nenhuma identificação. Por sorte a segunda que eu abro é a que está com boa parte das roupas de Maiara e reviro por ali tentando achar seu pijama. Não consigo conter uma risada quando olho para o pijama fofinho, azul claro e cheio de pequenas maçãs desenhadas nele. Definitivamente a cara da Maiara

Por pura curiosidade acabo abrindo novamente a caixa onde no dia anterior encontrei o ursinho de Maiara, agora com a desculpa convincente de que as caixas estariam abertas por que eu estava procurando suas roupas.
Vejo um casaco de la fininho, alguns laços de cabelo que a ruiva costumava usar e uma... Chupeta.

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora