Minha Pequena Cor De Mel

27

Marília

Consigo deitar Maiara novamente na cama mas desgruda-la de mim não é nada fácil. Seu choro sentido quebra meu coração.

- você precisa ficar aqui deitadinha enquanto eu preparo nosso almoço, baby. - tento explicar na expectativa que ela entenda.

- balala não q-quer ficar aqui s-sozinha Mommy. - a voz atrapalhada pelos soluços. Eu entendo seu medo.

- vamos para sala então? Você pode ficar deitadinha no sofa enquanto eu estou na cozinha. - sugiro. Ela parece pensar um pouco e aceita, se levantando da cama e pegando na minha mão até chegarmos na sala. Lhe entrego seus dois bichinhos de pelúcia e sua chupeta. Ligo a tv na tentativa de distrair a ruiva e parece funcionar.

Uma hora depois e já estou com o almoço pronto, Maiara se recusa a sair do sofá e não quer comer de jeito nenhum.

- vamos lá meu amor, só um pouquinho? Você não pode ficar sem comer. -sento ao seu lado com um prato em mãos.

-balala não quer. - ela até mesmo me afasta quando tento levar a comida até sua boca.

- você prefere outra coisa? Uma fruta?

-nom, balala só quer Mommy.- ela então vem para perto de mim e deita a cabeça no meu colo. Penso em insistir mais um pouco até que ela coma, chego até a levantar a hipótese de chantagear ela com alguma coisa mas desisto. Ela sempre é uma boa garota e faz tudo que eu peço, se realmente se recusou a comer então dessa vez não vou forçar, não por agora. Afago seus cabelos e me encosto no

Minha pequena está sem fome mas meu estômago está gritando por comida e então aproveito a que eu trouxe para Maiara e como ali mesmo sentada no sofá com ela descansando em mim.
Quando termino, ela insiste que eu fique ali e acabamos deitadas assistindo um filme.

Por fim pego no sono abraçada com Maiara e acordo horas depois sentindo sua boquinha nervosa em mim e seus dedinhos apertando meu seio.

- o que está fazendo? Parece um gatinho amassando pãozinho. - leva meus dedos até seus cabelos que caer em seu rosto e os coloco para trás, sorrindo com aquela cena. Os olhos castanhos me observam e ela se separa de mim para falar.

-balala tá tentando fazer o leitinho sair. -a ingenuidade de suas palavras me amolece.

-você está com fome? - pergunto quando olho para o relógio e já são quase 17:00 horas. Maiara nega com a cabeça voltando a mamar. -com leitinho ou sem leitinho saindo dal você não vai poder viver de tetê, espero que saiba dissa.falo séria enquanto encaro ela que franze a testa.
Ela se assusta quando ouve o barulho da porta e posso ver
que é maraisa que está chegando. Ela passa pela porta e
vem até nós, nesse momento Maiara segura a Dory de pelúcia
em cima do rosto na tentativa de se esconder.

-oh, desculpa, eu não sabia que vocês estavam... - ela
gesticula para mim e apenas sorriu para ela mostrando que está tudo bem.

-mara não pode ver o tetê da minha mommy! - Maiara logo se pronuncia, a voz abafada pois ela não tira a pelúcia do rosto. Maraisa solta uma risada alta com suas palavras e o ciúme da menor.

- ei ciumentinha, não se preocupe, eu não quero a teté branquelo da sua Mommy, já tenho um para mim. Pode ficar com esse. - maraisa cutuca o pé dela se sentando na ponta do sofá. Sinto que Maiara cobre meu seio com a mão antes de tirar a pelúcia de cima do rosto para mostrar a lingua para mara.

- não não, mostrar a língua é feio. Não pode fazer isso. Peça desculpas para mara, ela estava só brincando. - repreendo e ela se encolhe no meu lado.

-diculpa mara. - logo ela pede e dou um beijinho em sua testa arrumando minha blusa no lugar de novo mesmo em meio aos seus protestos.

- boa menina, agora deixe a Mommy levantar para fazer uma mamadeira para você. - falo e me levanto do sofá.

- mas... - não deixo que ela termine de falar

- mas nada, mocinha. Calada! Você vai pelo menos tomar o seu leite, está desde o café da manhã sem comer nada, duvido que não tenha fome. - e então me dirijo até a cozinha e maraisa vem atrás de mim.

- aconteceu algo que ela não quer comer? - pergunta.

- aconteceu, nós vimos o pai dela hoje mais cedo no supermercado e ela ficou desesperada. Desde então ela só quer meu peito mas não posso deixar ela sem comer.

- ela tem muito medo do pai, né?

- muito, e o tanto que ela tem medo eu tenho raiva. Aquele infeliz grudou no braço dela e eu quase pulei no pescoço dele. - pronuncio baixinho para que Maiara não escute mais sobre o assunto.

- você sabe que tem que manter a calma, né mamãe leoa? A gente sabe bem o que você é capaz de fazer num ataque de raiva e isso só vai prejudicar você e Maiara - ela me alerta.

- eu sei, por isso eu só respirei fundo e sai de lá e toda vez que lembro eu só penso nela e tento esquecer o ódio que sinto. Mas as vezes é dificil, céus, ver ela triste assim é como levar uma surra. - A morena vem até mim e acaricia minhas costas.

- você está fazendo de tudo por ela, Marília, está dando o seu melhor como eu nunca vi antes. Eu também tenho raiva dele, multa, por tudo que Maiara já me contou, mas temos que manter a calma, tudo bem? Por ela.

- por ela... - repito aquilo para mim mesma e respiro fundo.

Quando mara vai para seu quarto eu volto para a sala com a mamadeira em mãos e Maiara me analisa, mas apenas vira para o lado contrário quando eu me aproximo mais.

- olha só o que eu preparei para você, está quentinho do jeitinho que você gosta, balanço em direção a ruiva e ela tenta me ignorar. - por que você não vem aqui no colinho, hm? - me olha de canto de olho como se ponderasse a possibilidade.

Então ela se senta e me encara, engatinhando logo em seguida para perto de mim e se ajeita em meu colo. Tenho esperanças que ela aceite a mamadeira mas ela não o faz, suspiro frustrada.

-por favor, por favor mai, só um pouquinho. É leite, você
adora. Não recuse a mamadeira também... - tento discutir
com ela, mas a mesma apenas fecha os olhos e esfrega o rosto em meu peito.

Jogo a cabeça para trás apolando-a no sofá e por um segundo rogo aos céus que eu realmente pudesse simplesmente tirar o leite da caixinha e colocar dentro de mim para dar para ela na esperança de que isso ela não recusasse. E então uma ideia surge em minha cabeça.

→ tudo bem, você venceu. Pode pegar. - abaixo um dos lados da blusa e ela me olha estranho, claramente suspeitando da minha mudança rapida. Esfrego o peito em sua boca e aquilo é demais para ela, no segundo seguinte ela está agarrada em mim e com os olhinhos fechados. Aproximo a mamadeira do meu peito e viro o suficiente para que algumas gotas de leite coiam sobre minha pele, escorregando por meu seio até chegarem a boca de Maiara

No momento em que ela sente o líquido entre seus lábios arregala os olhos para mim assustada, mas tudo que ela faz é sugar ainda mais rápido capturando cada gotinha.

- parece que assim você não recusa, não é? Você é bem espertinha. - ela mantém os olhos abertos atenta a cada movimento meu, chupando um pouco mais forte agora para tirar todo resquício de leite da minha pele o que me faz sentir um pouco de dor mas não falo nada, apenas agradeço o fato de ela finalmente estar colocando algo no estomago.

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