12

679 55 3
                                    

Pov Marília

Quando Maiara adormece em meus braços no sofá dedico meus minutos seguintes a acariciar sua mão que está presa a minha blusa. Sei que o sono dela está pesado pela forma longa e profunda como ela respira toda encolhidinha do meu colo.

Aprecio seu rosto, sua testa ainda com aquele pequeno curativo e os outros pequenos hematomas que eu gostaria de fazer desaparecem dali. Nenhum daqueles pequenos machucados sendo capazes de tirar sequer um pingo da beleza estonteante daquela ruiva.
Tento organizar dentro de mim aquela bomba de sentimentos que se apossa do meu corpo, estou feliz, apreensiva, com medo. Desejo que Maiara fique bern logo e que possamos caminhar no parque ou passear no shopping.
Eu já estava fazendo planos e incluindo os olhos cor de mel em minha vida. Me ajeitei no sofá ficando em uma posição confortável para poder segura-la o tempo que fosse necessário até que ela acordasse da soneca, coisa que aconteceu cerca de duas horas depois quando sinto dedinhos ligeiros me fazendo carinho no rosto.

- lila é tão bonita. - sua voz suave invade meus ouvidos assim que desperto do sono extremamente leve no qual eu havia caído.

- isso é por que você não consegue se ver com meus olhos. - beijo sua testa enquanto ela solta uma risada envergonhada. Sento ela do meu lado tirando-a de cima de mim, um bico se forma em seus lábios logo em seguida.

- por que tirou mai do colinho? - a voz tremula pelo choro que ameaça vir.

- preciso fazer nosso almoço, baby. Você pode ser uma boa menina e ficar aqui assistindo enquanto eu vou para a cozinha? - acaricio seu rosto e ela parece pensar um pouco, mas logo concorda silenciosamente ainda com aquele biquinho que me faz ter vontade de morder ela.

Me levanto e ligo a tv, deixando em um canal do seu agrado enquanto vou para a cozinha. Tento preparar algo mais nutritivo possível para sustentar bem Maiara que precisa ainda mais de nutrientes agora com os remédios fortes que está tomando. Quando ouço um resmungo vindo da sala me aproximo da porta e olho sorrateiramente para a direção de Maiara que para minha surpresa cantarola alguma música que passa na tv. Céus, como ela conseguia ser tão linda? Sorriu e me aproximo dela para ajudá-la a levantar e ir para a cozinha comigo quando o almoço está pronto.

- hora de encher a barriga. - digo sentando ao lado
dela na mesa servindo seu prato.

- que isso? - ela pergunta apontando para a comida.

- legumes, pequena

- balala quer lasanha, não tem? - ela me olha e eu solto uma risada.

- não mesmo, você tem que comer coisas saudáveis. - digo entregando um garfo para ela. Sua cara não é a das melhores mas mesmo assim ela começa a comer, pouco antes da metade do prato ela me estende o garfo.

- você não quer o garfo? - pergunto não conseguindo decifrar o que ela quer dizer.

- você vai dar comidinha para mim. - não é uma pergunta, ela me dá um ultimato e assim o faço, revezando as garfadas entre mim e ela já que eu estava faminta também. Para minha completa satisfação ela come tudo que coloquei no prato.

- vamos vasculhar suas caixas e procurar suas roupas agora? - pergunto assim que acabo de lavar a louça e Maiara ainda está sentada na mesa lendo alguma coisa na embalagem de chá. Quase solto um sonoro "own" quando vejo o quão concentrada ela está.
Pego as chaves e a ajudo a ir até seu apartamento, arrumo uma cadeira para que ela sente perto de mim enquanto alcanço as caixas a procura de suas roupas. Ela indica uma por uma qual lhe agrada mais e pego uma boa quantidade de peças para deixar no meu apartamento e não ter que sair várias vezes.
Quando voltamos, Maiara se entrete com o gatinho da vizinha do lado que mia para ela da sacada.

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora