Maiara
Antes que o celular de Marília desperte naquela manhã eu já estou acordada encarando os números do relógio que piscam ao meu lado. Hoje finalmente é o dia em que voltarei a minha rotina normal de trabalho e ansiedade pura corre dentro de mim.
Viro meu corpo para ficar de frente para a loira e observar a dona de todos os meus pensamentos em sua hora mais tranquila do dia. Os cabelos loiros e ondulados estão espalhados pelo travesseiro e sua expressão é serena, ela suspira tão devagar que é quase imperceptivel.
Levo minha mão até próximo de seu rosto e passo meus dedos de leve ali sentindo a macies de sua pele. Tenho vontade de beijar cada pequeno pedaço de seu corpo tamanho desejo que se abate sobre mim as vezes. F. como se estar perto dela nunca fosse perto o suficiente.
Ela reage ao meu toque, seu sono é leve e sabe que estou acordada. Estica os braços em minha direção se ajeltando para poder me abraçar. Não demoro nada para juntar meu corpo ao seu e aproveitar o calorzinho que emana dela.
- está ansiosa, não é? - ela beija o topo da minha cabeça e me envolve em seus braços protetores.
- um pouco. Você acha que nós podemos continuar vindo em casa na hora do almoço? - não queria passar o dia todo longe de Marília, estávamos acostumadas demais com nossa rotina daquele jeito.
podemos sim, até por que meus peitos não vão aguentar o dia todo longe de você. Tente se acalmar, okay? Vamos tomar um banho, relaxar e nos arrumar. ela acaricia minhas costas e me passa confiança.Vamos até o banheiro e me sento na pia de mármore enquanto a maior ajeita as coisas e tira sua roupa. Ela pega nossas toalhas e deixa ao meu lado. Logo se aproxima de mim com uma escova de cabelos e penteia cuidadosamente meus longos fios antes de amarra-los em um coque para que não molhe. Deixo que ela me mime com seus carinhos
e até tento desviar a atenção do seu corpo que está nu logo a minha frente mas é impossível. Ver as gotinhas preciosas de leite quase pingando de seus seios me empurram para o meu pequeno espaço quase que automaticamente.
Levo minhas mãos até sua cintura e trago ela para o mais próximo que consigo de mim, abaixando meu corpo o suficiente para que minha boca consiga capturar seu seio.
-balala? É sério?-ouço sua voz e uma risadinha vindo dela. Apenas direciono meu olhar para cima e levo um dedo até seus lábios em sinal de que ela faça silêncio. A nova posição é muito confortável e me sinto ainda mais perto dela. Consigo envolver seu corpo com meus braços e deixá-la bem grudadinha em mim.
Agradeço com o olhar quando ela simplesmente deixa que eu fique ali por uns minutos enquanto acaricia minhas costas e beija minha testa esperando pacientemente pelo meu tempo. Parece cada vez melhor fazer aquilo com ela. Quando estou satisfeita nós desgrudamos e entramos no chuveiro. A água quentinha me relaxa tanto quanto os braços de Marília ao meu redor me abraçando por trás.
Ela massageia minhas costas e ombros vez ou outra e quase desisto da vida naquele momento querendo que o tempo parasse apenas para ficar ali com ela. No entanto sabendo que não podemos demorar muito não faço manha quando temos que sair da nossa bolha. Me visto e paro em frente
ao espelho enquanto Marília abotoa cada botão da minha blusa do uniforme e da os retoques finais em min.
Logo estamos prontas e indo tomar café. Nos sentamos a mesa com maraisa e conversamos animadamente antes de sair. O caminho até a escola não é longo e logo estamos estacionados lá. A morena sai apressada assim que vê Luisa e deixa apenas eu e lila no carro.
- qualquer coisa que você precisar me chame, tudo bem? - ela fala e segura minha mão. Respiro fundo mantendo minha melhor pose de adulta novamente.
- tudo bem, amor, viro meu rosto em direção a ela e me aproximo para lhe dar um beijo rápido antes de sairmos do carro. Aquele arrepio gostoso de sempre me acertando em cheio.
Marília está ao meu lado e coloca gentilmente sua mão na base das minhas costas enquanto caminhamos para dentro. Cumprimento todos os meus colegas que não vejo a algumas semanas e as crianças que vão chegando ficam enloquecidas em me ver. É bom estar de volta, é maravilhoso estar rodeada por todos aqueles pequeninos que foram meu refúgio antes da loira chegar em minha vida.
Passo a manhã toda entretida com as crianças e me sinto completamente bem em sentar na grama e brincar com eles com os vários brinquedos espalhados por ali. f. minha função, mas aquilo me traz uma felicidade inexplicável. Lila também está na área externa com suas crianças e tenho certeza que seu olhar cuidadoso está atento em mim.
É uma sensação um pouco estranha para mim agora, vê-la mimar os pequenos quase da mesma forma que faz comigo. A dorzinha chata do ciúme se apossando de mim mesmo meu lado adulto e racional sabendo o quão ridículo aquele pensamento era. Aquele é o trabalho dela assim como é o meu, porém, meu lado pequeno via apenas minha mommy cedendo seu colinho para outra criança e ver alguém, quem quer que fosse, tomando meu lugar fazia a pequena Maiara quase surtar.
Tento respirar fundo e me manter calma, concentrando-me apenas em levar as crianças de novo para dentro, dando uma piscadinha de leve para Marília antes de sair de sua vista.
Quando o horário do almoço chega, estou ansiosa para as próximas duas horas que vou poder ficar pertinho dela.-vamos? ela me chama e entramos no carro como é estar de volta?
-bom, muito bom. Eu já estava entediada em casa. Mas confesso que não é tão bom agora ver você mimando as crianças e elas recebendo seu colo o tempo todo. -minha voz vai se afinando conforme falo.
- não acredito. - escuto a voz de lila em um tom brincalhão - meu bebê está com ciúmes? Amor, são só crianças, ela estica uma de suas mãos e coloca em cima da minha coxa enquanto a outra continua no volante.
- balala também é só uma criança. E não gosta de dividir o colinho da Mommy-falo me emburrando enquanto cruzo os braços em frente ao peito.
-por Deus, tenho tanta vontade de te beijar agora. Você fica ainda mais linda quando está ciumenta assim, ela aperta a mão em minha coxa e continuo sem olhar para ela. Não trocamos mais nenhuma palavra.
Lila tenta uma gracinha ou outra comigo até que chegamos em seu apartamento mas não cedo a suas tentativas. Coloco os pratos na mesa ainda em silêncio enquanto ela
Coloca alguma coisa para esquentar no forno e quando
estou prestes a pegar os copos no armário de cima ela me
encurrala ali mesmo.
Gruda seu corpo atrás do meu me pressionando contra o balcão da pia. Uma de suas mãos está na minha cintura e a outra vai para meus cabelos que estão soltos agora, colocando-os apenas para um lado deixando meu pescoço livre para ela.- eu sei que isso tudo é só manha por que você quer atenção, mas precisa saber que nunca ninguém vai tomar o lugar que é seu sua voz é autoritária e não passa de um sussurro perto do meu ouvido fazendo meu corpo toda se arrepiar. Pressiono meus dedos no mármore gelado e fecho os olhos por um momento apreciando o sabor de ouvir aquelas palavras, inflando meu ego, tanto da pequena quanto da grande Maiara. e se não quiser mesmo falar comigo, posso arranjar outros jeitos de te persuadir. - um tom malicioso que não costumo ouvir em sua voz. Logo sinto sua boca se arrastar levemente por meu pescoço começando a distribuir beijos ali enquanto ela segura meus cabelos de leve entre seus dedos.
Meu corpo esquenta. Ela me controla tão facilmente quando quer, fico totalmente a sua mercê e não tenho como lutar contra. Meu corpo amolece aos seus toques e eu jogo minha cabeça para trás descansando-a em seu ombro. Quando a mão dela que está em minha cintura entra por debaixo da minha blusa e alisa minha barriga subindo perigosamente em direção a minha costela, levo meu braço para trás e alcanço sua nuca com minha mão puxando levemente seus cabelos.
- Marília... me esforço para pronunciar seu nome enquanto estou perdida demais naquelas sensações.
- viu? Eu disse que falaria comigo. Minha garota é tão boa, e então ela se separa de mim tão rápido quanto se aproximou, deixando um tapinha em minha bunda, me fazendo abrir os olhos e ficar imóvel ainda escorada no balcão da pia. Um fio de raiva e indignação cortante passando por mim. Minha respiração um pouco ofegante. Volto a função de pegar os copos e continuo a arrumar a mesa
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Minha Pequena Cor De Mel
FanfictionMaiara tem um segredo como qualquer outra pessoa, mas o acontece quando Marília descobre acidentalmente um deles?