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Marília

Foi um alívio chegar no hospital e perceber que minha mäe já estava muito melhor. Falar com Maiara também tinha tirado um enorme peso das minhas costas já que a saudade maltratava meu coração sem piedade a essa hora. Meus seios inchados e doloridos também não me fazem esquecer por um minuto sequer que eu estava longe do meu bebé. Olhar para nossa foto no papel de parede do meu celular era algo que eu fazia quase a cada 5 minutes.

-filha? ouço a voz da minha mãe. Estou sentada em uma poltrona ao lado de sua cama e estavamos assistindo a reprise de uma novela mexicana antiga.

-ai, mãe.

- tudo bem? Você parece preocupada. - ela pergunta.

- tudo bem, apenas pensando. respondo sem olhar de fato nos olhos dela ou saberia que eu estava mentindo.

-Marília-ela me chama de novo e então eu sou obrigada a encara-la. - me diga o que está acontecendo. Você está diferente desde que passou por essa porta hoje e esse brilho nos seus olhos não mentem. Eu quero nomes! - ela diz e da um sorriso em minha direção. Sorriu também, mamãe  tinha um dom incrível de saber praticamente cada pensamento meu.

- eu conheci uma garota, mäe. - decido que talvez essa seja uma hora boa de contar a ela.

- eu sabia, não tente me enganar mocinha. Qual o nome dela?

-maiara. Ela trabalha na mesma escola que eu a dois anos
e... Mãe, ela é a pessoa mais incrível que eu já conheci em toda minha vida. -suspiro quando a ficha continua caindo, o tamanho do amor que sinto por minha ruiva aumentando cada dia mais e sem medida tomando conta de mim.

- pelo jeito apaixonado como fala dela eu não duvido que ela seja, filha. Vocês estão namorando? - ela esticou a mão em minha direção e entrelaçou seus dedos aos meus.

-bom, ainda não. É uma situação um pouco complicada, Maiara passou por muita coisa e na verdade ela é minha vizinha agora também, alugou o apartamento ao lado do meu, mas não houve um pedido ou algo assim ainda.

- tem alguma foto dela ai? - ela aponta para meu celular. A curiosidade dela me faz rir.

tenho sim, aqui, estico o celular em direção a ela mostrando uma foto que tiramos na piscina na casa de Luísa.

- uau, ela é tão linda, filha! E parece ser um amor de pessoa. - consigo ver em seus olhos toda a sinceridade de suas palavras.

- ela é sim, mãe

- quero conhecer ela, tenho certeza que seu padrasto também vai adora-la. Me prometa que assim que eu sair daqui você vai levar ela até nossa casa para almoçar ou jantar. Vocês podem passar o final de semana, ela fala animada como eu não via a tempos.

- eu vou falar com ela e vamos sim, eu prometo. - beijo sua mão. Uma felicidade imensa dentro de mira por todo apoio e amor que minha familia sempre me deu.
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Marília
O caminho do hospital até em casa parecia ainda maior aquela manhã, a noite mal dormida naquela poltrona estava cobrando seu preço alto agora. Quando finalmente estaciono na garagem do prédio tudo que eu quero é chegar ao meu apartamento e abraçar Maiara o mais forte que eu conseguir.

Tento fazer o mínimo de barulho possível quando entro, andando na pontinha do pé até estar na porta do meu quarto. Eu entro e deixo minha bolsa em um canto qualquer no chão vendo minha coelhinha encolhida na cama abraçada ao meu travesseiro. Suas pelúcias estão espalhadas. Eu tiro meus sapatos e vou até o banheiro para me livrar também das minhas roupas ficando apenas com as peças intimas, implorando para me livrar logo também desse sutia que me aperta.

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora