35

339 47 3
                                    

Estão preparados então vamos sofrer um pouquinho quem for sensível vai chorar igual a autora bjsss 😻
_____________________________________________________________

Marília

Subimos até meu antigo quarto
diferente de como costumava ser quando eu morava aqui. Mostro para Maiara uma centena de fotos que estão espalhadas pela estante perto da tv e ela se encanta com o quão fofa eu era quando criança.

Tomamos banho e estamos com nossos pijamas. Penteio seus cabelos sentindo o cheirinho gostoso de shampoo e beijo seu rosto.

Seguro a mão de Maiara antes que ela sente na cama e puxo-a em direção a janela que está fechada e me sento confortável no espaço rente ao batente da janela que me da uma visão privilegiada dali.

- vem cá, quero te mostrar uma coisa, bato com minha mão no espaço entre minhas pernas para que ela se sente e assim que o faz eu abro a janela. Me encosto na parede puxando suas costas contra meu peito e aponto para fora em direção ao céu limpo e estrelado.

-que lindo, lila. sua voz é deslumbrada e ela olha atentamente enquanto aperta meus dedos entre os seus. Beijo seus cabelos, segurando-a em meus braços. A visão dali era ainda melhor com a companhia de Maiara - uma pena que não dá para ver a lua daqui. - resmunga.

- por mim não faz diferença, você é ruinha lua olho para baixo quando ela vira o rosto em minha direção. - você é minha lua, meu sol e todas as minhas estrelas. - beijo rapidamente seus lábios e ela fecha os olhos com um sorriso lindo no rosto.
____________________

Algumas semanas depois

Pov Marília

Acordo com uma sensação estranha. Passo a mão pelo meu lado da cama ainda de olhos fechados procurando o calor de Maiara já que ela não está agarrada a mim como de costume.

Encontro apenas a cama gelada e no mesmo momento meus olhos se arregalam na completa escuridão. Ainda é madrugada, as horas no relógio me confirmam isso e então eu me levanto em um solavanco indo direto para a porta do banheiro. Tento abrir e está trancada.

- amor? Está tudo bem? - pergunto batendo levemente na porta, encostando o ouvido na mesma quando Maiara demora mais que o normal para me responder.

-tudo bem, lila. Eu já vou sair. quando ouço sua voz respiro um pouco mais aliviada. De alguns dias para cá Maiara tem sofrido constantemente de crises horríveis de ansiedade o que tem me preocupado muito embora ela não converse mais abertamente comigo sobre isso. Algo em mim grita que ela está me escondendo algo mas o medo de estar sendo muito invasiva me faz respeitar seu espaço e silêncio, mas me tira completamente o sossego.

Um minuto depois e eu ainda estou escorada ao lado da porta esperando que ela destranque e saia dali. Mais um minuto se passa até que eu finalmente veja sua silhueta ao meu lado e estico as mãos até que toco seu rosto levemente úmido.

- não vai me contar o que está acontecendo? Quer que eu te leve ao hospital, amor? - ela nega ligeiramente com a cabeça grudando seu corpo no meu, me abraçando com tanta força que meu corpo chega a cambalear um pouco para trás.

-meu remédio está aqui, é você, não preciso de mais nada. - ela esfrega as mãos em minhas costas e seu rosto está em contato com a pele quente do meu pescoço. Ela está gelada. Acaricio seus cabelos e caminho de forma desajeitada com ela até a cama para nos deitarmos de novo. Ela recusa suas pelúcias, chupeta, mamadeira e se contenta apenas a ficar grudada em meu peito com as mãos bem agarradas a minha roupa

Seu rosto está molhado pelas lágrimas que ela deixou cair pouco antes de começar a mamar. Mantenho ela o mais perto possível de mim e passo delicadamente o dedo sobre sua bochecha secando sua pele, sentindo meu peito se apertar com tamanha impotência que eu parecia ter naquele momento. A única coisa que me confortava era saber que só eu poderia dar a ela aquele calmante momentâneo mesmo que isso não fosse curar definitivamente o que estava doendo dentro da minha ruiva

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora