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Estão preparados então vamos sofrer um pouquinho quem for sensível vai chorar igual a autora bjsss 😻
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Marília

Subimos até meu antigo quarto
diferente de como costumava ser quando eu morava aqui. Mostro para Maiara uma centena de fotos que estão espalhadas pela estante perto da tv e ela se encanta com o quão fofa eu era quando criança.

Tomamos banho e estamos com nossos pijamas. Penteio seus cabelos sentindo o cheirinho gostoso de shampoo e beijo seu rosto.

Seguro a mão de Maiara antes que ela sente na cama e puxo-a em direção a janela que está fechada e me sento confortável no espaço rente ao batente da janela que me da uma visão privilegiada dali.

- vem cá, quero te mostrar uma coisa, bato com minha mão no espaço entre minhas pernas para que ela se sente e assim que o faz eu abro a janela. Me encosto na parede puxando suas costas contra meu peito e aponto para fora em direção ao céu limpo e estrelado.

-que lindo, lila. sua voz é deslumbrada e ela olha atentamente enquanto aperta meus dedos entre os seus. Beijo seus cabelos, segurando-a em meus braços. A visão dali era ainda melhor com a companhia de Maiara - uma pena que não dá para ver a lua daqui. - resmunga.

- por mim não faz diferença, você é ruinha lua olho para baixo quando ela vira o rosto em minha direção. - você é minha lua, meu sol e todas as minhas estrelas. - beijo rapidamente seus lábios e ela fecha os olhos com um sorriso lindo no rosto.
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Algumas semanas depois

Pov Marília

Acordo com uma sensação estranha. Passo a mão pelo meu lado da cama ainda de olhos fechados procurando o calor de Maiara já que ela não está agarrada a mim como de costume.

Encontro apenas a cama gelada e no mesmo momento meus olhos se arregalam na completa escuridão. Ainda é madrugada, as horas no relógio me confirmam isso e então eu me levanto em um solavanco indo direto para a porta do banheiro. Tento abrir e está trancada.

- amor? Está tudo bem? - pergunto batendo levemente na porta, encostando o ouvido na mesma quando Maiara demora mais que o normal para me responder.

-tudo bem, lila. Eu já vou sair. quando ouço sua voz respiro um pouco mais aliviada. De alguns dias para cá Maiara tem sofrido constantemente de crises horríveis de ansiedade o que tem me preocupado muito embora ela não converse mais abertamente comigo sobre isso. Algo em mim grita que ela está me escondendo algo mas o medo de estar sendo muito invasiva me faz respeitar seu espaço e silêncio, mas me tira completamente o sossego.

Um minuto depois e eu ainda estou escorada ao lado da porta esperando que ela destranque e saia dali. Mais um minuto se passa até que eu finalmente veja sua silhueta ao meu lado e estico as mãos até que toco seu rosto levemente úmido.

- não vai me contar o que está acontecendo? Quer que eu te leve ao hospital, amor? - ela nega ligeiramente com a cabeça grudando seu corpo no meu, me abraçando com tanta força que meu corpo chega a cambalear um pouco para trás.

-meu remédio está aqui, é você, não preciso de mais nada. - ela esfrega as mãos em minhas costas e seu rosto está em contato com a pele quente do meu pescoço. Ela está gelada. Acaricio seus cabelos e caminho de forma desajeitada com ela até a cama para nos deitarmos de novo. Ela recusa suas pelúcias, chupeta, mamadeira e se contenta apenas a ficar grudada em meu peito com as mãos bem agarradas a minha roupa

Seu rosto está molhado pelas lágrimas que ela deixou cair pouco antes de começar a mamar. Mantenho ela o mais perto possível de mim e passo delicadamente o dedo sobre sua bochecha secando sua pele, sentindo meu peito se apertar com tamanha impotência que eu parecia ter naquele momento. A única coisa que me confortava era saber que só eu poderia dar a ela aquele calmante momentâneo mesmo que isso não fosse curar definitivamente o que estava doendo dentro da minha ruiva

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora