Minha Pequena Cor De Mel

28

Maiara

Mesmo com todo carinho que lila me fez por longos minutos quando me colocou para dormir naquela noite, meu sono não estava nada tranquilo. Talvez a falta de seu corpo perto do meu tinha alguma influência naquilo. Acordei e me remexi na cama ainda de madrugada, constatando isso devido a escuridão que eu conseguia ver lá fora pela fresta da cortina.

Minha cabeça estava doendo, meu estómago roncava a mesma medida em que se embrulhava e eu não entendia o motivo.

Pensei em levantar e comer alguma coisa, mas nada me parecia agradável o suficiente para despertar minha real vontade de sair da cama e ir a procura de alguma coisa na cozinha. Nada seria mais gostoso do que o leite quentinho que Marília me deu-quase-direto do meu tetë favorito mais cedo. Minha boca saliva, definitivamente um leitinho de novo cairia ben, mas a mulher ao meu lado está apagada e tenho pena de acorda-la e fazê-la levantar da cama para suprir meus desejos quando sei que ela levanta dali poucas horas para trabalhar.

Tento virar para o lado contrário, me remexo, abraço Dory e até procuro minha chupeta na tentativa de alcançar o sono de novo mas nada funciona. Estou irritada e isso é inegável, preciso da loira. Solto um resmungo largando a chupeta e me arrasto mais para perto dela, enflando meu rosto no meio de seus cabelos cheirosos. Ela está de costas para mim e naquela posição é impossível alcançar meu objetivo.

Me admiro com o fato dela não ter acordado com toda minha movimentação pela cama, arrasto minha mão por sua barriga e subo o suficiente para alcançar sua orelha e me orientar naquele escuro. Então chego bem perto de seu ouvido na tentativa que ela me ouça

- Mommy? - sussurro baixo na primeira vez para não assusta-la, lila solta um gemido baixinho mas sei que é automático, ela não está de fato me ouvindo. -Mommy, acolda... tento de novo e dessa vez obtenho sucesso,

-mai, o que aconteceu?ela resmunga ainda sonolenta.

- seu bebê não consegue dormir, lila. - Apolo meu queixo em seu ombro sussurrando frustrada- posso mamar, por favor? -peço com a voz mais manhosa que consigo. me encolhendo um pouco com medo que ela brigasse, me sentindo mal por acorda-la, mas infelizmente não ia conseguir dormir se não fizesse.

- por Deus, minha bezerrinha. Vem aqui. ela vira seu corpo para o meu e não consigo deixar de sorrir. Me ajeito em seus braços e tatelo seu corpo na completa escuridão, passando meu nariz por sua pele quentinha e cheirosa me apossando de seu peito assim que o encontro. Ouço seu germidinho dolorido quando sugo um pouco mais forte do que deveria e faço menção de me afastar mas ela segura minha cabeça perto de seu corpo.

- tudo bem, já vai passar. acaricia meus cabelos enquanto eu levo minha mão para seu outro seio por dentro da blusa. Mas algo parece estranho agora ao tocar o local, franzo a testa não conseguindo enxergar nada.

- Mommy? - chamo desgrudando minha boca dela por um momento.

- sin, amor? - sua voz é baixinha perto de min.

- seu tetë ta molhado. aviso puxando meus dedos levemente úmidos de dentro de sua blusa. Meu coração batendo a mil por hora.

- espera - ela pede e se afasta de mim, indo para a ponta da cama onde acende o abajur. Lila se senta e se encosta na cabeceira, levantando a própria blusa enquanto encara seu peito. - mai...ela levanta o olhar para mim e então eu me aproximo dela, sentando sobre suas pernas, encarando seu rosto que tem uma expressão quase indecifrável.

- balala machucou, Mommy? - abaixo meus olhos vendo que ela coloca os dedos ao redor do próprio mamilo onde os meus estavam antes, apertando de leve, e então a cena que eu esperei por toda uma vida está diante dos meus olhos. A gotinha leitosa quase se perde na pele também branca de Marília, mas está ali, brilhante e quase pingando de seu selo.

-Leitinho... LEITINHO, MOMMY!me exaspero, soltando um quase grito, tampando minha boca em seguida ao perceber o quão alto foi. Mas não consigo conter minha reação. Quando vejo que lila está prestes a limpar a gotinha preciosa com o dedo eu seguro sua mão, -não, não, balala faz! -falo curvando meu corpo por cima do seu o suficiente para alcançar de novo seu seio. Passo minha lingua por sua pele sentindo o gostinho tão especial que havia ali agora, tão bom quanto qualquer outra coisa que eu poderia ter experimentado. Amor em forma líquida.

Não consigo conter o gemido de pura satisfação que solto contra seu peito, A maior passa os braços por meu corpo e beija minha testa. Abro os olhos e encaro suas esmeraldas que estão completamente tomadas pelas lágrimas, elas escorrem por seu rosto e contornam o sorriso mais lindo que eu já vi em seus lábios até hoje.

-eu nem acredito que aconteceu, mai! Que isso é possível! -
ela sussurra para mim enquanto levo minha mão para seu
rosto enxugando as lágrimas, enquanto tudo em que eu
consigo focar é em seu leite em minha boca.

-muitão gostoso! Melhor leitinho do mundo todinho, Mommy!me encolho em seu colo tamanha a felicidade que sinto naquele momento, afastando minha boca apenas para falar.

- que bom, baby. Estou tão feliz... - ela estava, eu conseguia ver. Quase como se aqueles olhos verdes que eu tanto amava refletissem meus próprios sentimentos ali, -só não acho que vá ter muito para você nessa primeira vez. -ela acaricia meus cabelos.

- balala não se importa, logo vai ter um montão de leitinho no tetë, é sim. - voltei a mamar devagarinho para não machuca-la assim que outra gotinha brotou em seu mamilo pelo tempo que tirei a boca, me inundando com o prazer enorme que era estar sentindo aquilo. Lila tinha razão, não tinha muito e provavelmente acabaria logo já que seu corpo não estava acostumado e era apenas a primeira vez, mas não me importo, sei que a quantidade vai se ajustar a mim e por enquanto nadinha daquele líquido precioso podia ser desperdiçado.

- você é tão linda, as vezes quase nem consigo acreditar que é real... - suas palavras enchem meus ouvidos e até penso em responder alguma coisa mas me recuso a afastar a boca dela por qualquer momento sequer dali em diante.

Pov Marília

Segurei Maiara em meus braços com todo todo cuidado, contemplando a visão de sua boca se curvando em um sorriso vez ou outra contra minha pele. Todo sono esvaido do meu corpo pela enorme vontade que eu tinha de apenas ficar acordada ninando Maiara em meu colo enquanto ela se alimentava de mim. Diretamente de mim agora. O meu pedido de todas as noites finalmente realizado. E o que já era forte entre nós duas ficando ainda mais intensa. Impossível esconder o sorriso bobo nos meus lábios vendo a pequena ruiva tão feliz quanto eu

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