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Marília

No dia seguinte Maiara ganha alta e posso traze-la para casa. Apesar dos vários hematomas pelo corpo ela não se feriu com mais gravidade e é um alívio não ter que ficar separada dela mais tempo já que os horários de visita do hospital são extremamente escassos. Quando passamos pela porta do apartamento Maiara da passos vagarosos para dentro e para na cozinha onde mara está preparando alguma coisa no fogão.

- hey manquetinha, você está manquetinha de novo! - ela vem em direção a Maiara e a puxa para um abraço frouxo e as duas riem - ficamos tão preocupadas com você, balala. Nem acredito que está em casa de novo. - ela da um beijo na testa da menor e eu observo a cena ainda parada perto da porta.

-eu também pensei que não la mais voltar para casa. - ouço minha pequena resmungar e tenho vontade de arranca-la na mesma hora dos braços de maraisa e traze-la para mim mas não faço, apesar de já sentir aquele nó na garganta apenas por suas palavras.

- nem repita uma coisa dessas, nunca vi a Marília tão enlouquecida. Eu pensei que la presenciar ela cometer um assassinato, ela afaga os cabelos de Maiara e olha para mim por cima dos ombros dela e eu deixo um sorriso fraco e cansado escapar por meus lábios.

Quando as duas finalmente se soltam eu me sento na mesa depois de deixar nossas bolsas na sala. Empurro minha
cadeira um pouco para trás e abro os braços em direção a Maiara para que ela se sente em meu colo e a mesma vem até mim devagar se ajeitando sobre minhas pernas, ela deita a cabeça em meu ombro e encosto minha cabeça na sua respirando fundo e sentindo seu cheirinho, acalmando meu corpo mostrando para ele que ela estava ali de novo e estava tudo bem já que tudo dentro de mim estava borbulhando.
Maraisa está finalizando o jantar enquanto conversa com
Luh pelo celular dando notícias de Maiara. Sinto seu narizinho gelado se esfregando em meu pescoço e fecho os olhos apreciando aquele gesto enquanto faço um carinho leve em suas costas.

-Mommy... a voz baixinha faz meu corpo inteiro extremecer como na primeira vez em que ouvi ela me chamar assim, o medo que senti ao pensar na possibilidade de nunca mais ouvir tais palavras sair de sua boca me faz aprecia-las ainda mais agora.

-diga, meu bebê. olho para baixo mas não consigo ter um contato direto com os olhos dela, apenas passo meu olhar por sua mão machucada que está sobre meu peito e a puxo em direção ao meu rosto lhe dando uru beijo ali

-Balala quer mamar.ela acaricia a pele exposta do meu peito bem próximo ao decote da minha blusa e agora consigo encontrar aqueles olhos castanhos que eu tanto amo. Na mesma hora as fisgadas dolorosas em meus seios que até então eu estava ignorando me acertam com mais força, meu corpo está desesperado para sustenta-la depois de tanto tempo longe.

- meu amor, você precisa jantar primeiro... Mara está fazendo uma comida tão gostosa. tento convence-la mas o biquinho se formando em seus lábios me amolece na mesma hora. Eu seria incapaz de negar qualquer coisa a ela naquelas circunstâncias apesar de ter tentado.

-só um pouquinho de teté, Mommy. Só um pouquinho!
-ela faz um sinal com os dedos indicando um pequeno espaço. Beijo a pontinha de seu nariz antes de levantar ela do meu cola com cuidado e puxar ela comigo para a sala.

Nos sentarmos no sofá e Maiara se ajeita em meu colo de novo de uma forma quase desesperada, no minuto seguinte meu seio está livre para ela que se agarra em mim com certa força me fazendo gemer de dor e ela me olha assustada.

- devagar baby, está dolorido. Faz muito tempo desde a última vez que você mamou, acaricio seu rosto afastando os fios de cabelo dali enquanto ela suspira satisfeita dando as primeiras sugadas mais vagarosas agora. Entendo sua saudade, eu também estava enlouquecendo. Seus dedos voltam a acariciar minha pele enquanto ela me olha e nesse exato momento sinto a paz tornando conta de mim. Era real, Maiara estava aqui comigo de novo e eu podia respirar aliviada. -não se preocupe, não vou sair daqui. falo ao sentir sua mão que está em minhas costas agarrar minha blusa.

Fico ali pelos próximos minutos apenas sentindo ela pertinho de mim quando vejo que maraisa está escorada na parede olhando para nós duas com uma cara de boba.

- o que foi?-pergunto sorrindo para ela.

- depois de todo o caos que foram esses últimos dois dias você não faz ideia do quão reconfortante é assistir essa cena. Saber que ela está segura de novo, a voz da morena fica tremula enquanto ela se aproxima e se senta no braço do sofá ao meu lado. Um de seus braços passa por cima dos meus ombros e ela me abraça do jeito que consegue sem me movimentar muito já que Maiara parece ter dormido.

- você não imagina o alívio que é ter ela de novo. Eu juro
que eu teria morrido se algo tivesse acontecido com ela,
Mara. - escoro minha cabeça em seu corpo enquanto sinto
seu carinho leve em meu ombro.

- não pense mais nisso, lila. Vai dar tudo certo daqui
para frente. Vamos jantar? - sinto minha barriga roncar
no mesmo momento e o cheirinho gostoso invandindo o
cômodo não me ajuda.
preciso acordar ela, mas estou com pena.- resmungo
vendo o quão serena Maiara parece.

-não tira ela daí, vou trazer seu prato aqui,
ela se levanta e se afasta antes que eu tenha a oportunidade de falar alguma coisa. Me ajeito no sofá e Maiara se remexe em meu colo grudando a boca com mais vontade em meu peito em um sinal mudo de que ninguém vai tirá-la dali. Minutos depois maraisa volta com meu prato e o seu e se senta ao meu lado me entregando a comida.

- você não existe mesmo, obrigada, agradeço assim que vejo que ela até cortou os legumes e a carne para facilitar minha vida na hora de comer já que isso será uma missão um pouco dificil com Maiara no colo.

- tudo por uma mãe amamentando sua crial-ela brinca e liga a tv baixinho enquanto comemos. - você precisa se alimentar melhor do que nunca agora, afinal, os nutrientes que a manquetinha não consumir você vai passar para ela de qualquer forma.

-estou fraquejando com a alimentação dela, Maiara me dobra muito fácil e isso não pode acontecer, tenho medo que ela fique doente de novo. - falo baixinho enquanto faço um malabarismo com o garfo.

-tudo bem uma vez ou outra, Marília... Não se cobre tanto. Você cuida dela como ninguém, não é perfeita o tempo todo. Relaxa, ela não vai ficar desnutrida por trocar uma refeição pelo seu peito de vez em quando, e sinto um fundo de verdade em suas palavras.

Eu realmente me cobrava ao extremo quando o assunto
era Maiara pois isso foi o que eu prometi assim que ela
chegou do hospital pela primeira vez, que eu cuidaria dela, mesmo sabendo que já estava dando meu máximo em tudo que podia eu me cobraria ainda mais de agora em diante, principalmente por sentir uma pontada enorme de culpa por tê-la deixado sozinha e acabar acontecendo tudo que
aconteceu.
Meu instinto protetor falava ainda mais alto dentro de mim e a única certeza que eu tinha é que não tiraria meus olhos dela por nenhum segundo sequer depois daquilo tudo.
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Falta pouco pra acabar pessoal 🤧
Boa madrugada pra vcs,amo vcs 😻

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora