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Pov Maiara

Quando acordo por alguns minutos de madrugada quase me assusto ao sentir minha chupeta na boca e me dar conta de que ainda estou abraçada em Marília, mas me lembro de como ela disse que estava tudo bem e aquilo me trouxe uma felicidade inexplicável.

Tento me mexer, mas a posição é tão confortável e me traz tanta paz que apenas me ajeito melhor ali, levando uma mão sorrateiramente até os cabelos dela e brincando com eles enquanto continuo a chupar minha chupeta. Tão macio, tudo nela é tão lindo. Seu corpo é tão quente e aconchegante e eu nem consigo colocar em palavras a sorte que é estar ali, sem preocupações naquele momento, apenas sentindo aquela dor chata no corpo que praticamente se anestesia quando lila me faz carinho.

Pego no sono de novo, acordando somente quando a claridade da manhã invade meus olhos por uma fresta na cortina. Olho em direção ao relógio do lado da cama e são pouco mais de 07:30. Meu urso de pelúcia está ali e então eu o pego e o abraço aproveitando por mais alguns minutos aquela preguiça de uma segunda-feira de manhã.

Olho para o lado, Marília ainda está dormindo docemente. Analiso cada detalhe do seu rosto sereno, seus cabelos espalhados pelo travesseiro. Me repreendo mentalmente quando meus olhos descem por seu pescoço e reparo que ela não usa sutiã, consigo apreciar o contorno de seus seios cobertos pelo pijama e caramba, são tão lindos. Mas por que aquilo me chama tanta atenção?

O restante de seu corpo está escondido embaixo das cobertas e só desvio o olhar dela quando a mesma se remexe ao meu lado. Viro de barriga para cima um pouco tímida pelo que eu estava fazendo mas simplesmente não consigo me conter, ela me chama atenção de tantas formas.

- bom dia, mai. - ela diz assim que se senta na cama e assisto ela prender seus cabelos em um coque antes de se levantar.

- bom dia, lila. - respondo me sentando também, sentindo a dor no meu pé me acertar em cheio. Dou uma resmungada e Marília olha para mim.

-já está quase na hora dos seus remédios, eu vou usar o banheiro e te ajudo daqui a pouco, pode ser? - ela pergunta.

- claro. - me ajeito na cama de novo esperando que ela volte e minutos depois ela está de volta.

- vamos tomar café? - ela sorri para mim e vem em minha direção, me alcançando minhas muletas que estão ao lado da cama.

- eu posso tomar um banho antes? - pergunto,
vendo que ela pensa por um momento.

- eu posso te emprestar uma roupa minha se você quiser, acabei achando só as suas roupas de inverno ontem.

-tudo bem. - me levanto e vou até o banheiro sendo seguida por ela que me traz uma toalha e uma muda de roupas assim que entra. Agora as coisas ficam um pouco tensas, a vergonha tomando conta de mim por ter que ficar nua na frente dela.

- eu posso fechar os olhos se você se sentir confortável, mas tenho que ficar aqui com você por que é extremamente perigoso e você pode escorregar, preciso te segurar. ela fala e agradeço pela forma como ela consegue ler a minha mente as vezes.

- eu ficaria agradecida de verdade. - digo ainda meio tímida.

- tudo bem, me deixe apenas amarrar o seu cabelo primeiro. - e então cuidadosamente ela escova e prende meu cabelo para o alto. O cuidado com que ela faz aquilo me faz sorrir involuntariamente sentindo suas mãos em mim.

- o que foi? - ela pergunta também sorrindo.

- nada, só gosto do jeito como você cuida de mim. - me deixo levar começando a falar com ela naquele tom de voz que a tanto tempo eu não usava.

- eu gosto de cuidar de você. - ela responde antes de se afastar para ligar o chuveiro. Tiro minha roupa enquanto ela permanece de costas e acho engraçado o jeito como ela está de olhos fechados agora e estica a mão me procurando. Com seu auxilio minutos depois eu estou tomando um banho gostoso embora meio desajeitado. Ela fica comigo e me ajuda até que eu esteja completamente vestida. Reparo que seu pijama está molhado por ela ter ficado dentro do box comigo e logo ela me avisa que também vai tomar um banho rápido antes de preparar o café.

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora