15

635 52 6
                                    

Pov Marília

Maiara cochilou em meu colo, um sono leve, espaçado e nada revigorante já que ela não passava mais de 5 minutos sem resmungar ou abrir vagamente os olhos para ter certeza de que eu estava ali.

Não precisei sequer medir sua temperatura, sabia que ela estava com febre pelo calor de seu corpo que só aumentava cada vez mais. Eu precisava resfria-la o quanto antes mas dar um banho agora definitivamente não era uma opção com ela tão sonolenta.
Passel meu braço por debaixo de suas pernas e o outro mantive apoiado em suas costas enquanto a carreguei cuidadosamente para dentro do quarto. A coloquei na cama e pela primeira vez naqueles
dias ela começou a chorar baixinho quando perdeu o contato do meu corpo com o seu.

- Mommy está aqui, amor. Não precisa chorar. - falei bem pertinho do ouvido dela para que ela soubesse que estava tudo bem. Liguei o ar condicionado na esperança de que aquilo resfriasse seu corpo até que o remédio para febre que eu daria a seguir fizesse algum efeito,
Abri o zíper do vestido em suas costas e o tirei a deixando de roupas intimas para que ficasse confortável. Fui rapidamente até o balcão do banheiro onde procurei pelo remédio em gotas que eu havia deixado ali outro dia. O peguei e voltei para o quarto rapidamente ouvindo os pequenos soluços que Maiara dava enquanto se encolhia na cama.

Me deitei ao lado dela trazendo-a para meu peito, explicando que ela precisava abrir a boca para que eu pingasse o remédio e aquilo foi o suficiente para que ficasse ainda mais agitada.

- vai ser rápido, eu prometo. Seja uma boa garota para mommy, por favor. - meu coração se dilacerando com a ideia de que ela estava sentindo dor e incomodo com aquela febre.

Mesmo no aconchego dos meus braços Maiara estava irredutível, minutos de debate depois eu finalmente consegui apertar suas bochechas para que ela abrisse a boca para mim o suficiente para que eu desse o remédio a ela recebendo uma careta extremamente raivosa em seguida.

-já passou, já passou. Não é tão ruim, tem gostinho de morango. - beijo sua testa alisando suas costas nuas enquanto o restante do seu corpo está grudado no meu. Ela resmunga manhosa, sono juntando-se ao combo e fazendo com que ela fique ainda mais chateada. Nem mesmo a chupeta resolve o problema nesse momento, Maiara fica com ela apenas por alguns minutos antes de dispensa-la e voltar a esfregar seu rosto em meu peito. Ela recusa até mesmo a mamadeira e nem leite, nem suco ou chá a fazem mudar de ideia.

Eu sabia o que ela queria, meu instinto me dizendo exatamente o que ela precisava por mais que eu ainda não fosse capaz de dar meu leite a ela, tudo em mim gritando que um contato mais profundo comigo a traria algum beneficio. Tenho que driblar Maiara para conseguir me sentar na cama e tirar minha blusa e o sutia que eu usava, sentindo meu corpo se arrepiar pelo ar gelado que bate contra minha pele. Volto a deitar ao seu lado preparando-me psicologicamente para ter a boca da menor em mim pela primeira vez. Ela está tão focada em lutar contra o próprio sono que nem ao menos perceber o que está acontecendo.

- tudo bem, Mommy tem algo para você. Eu espero que isso ajude. - me ajeito ao lado dela de uma forma que seu rosto fique na altura do meu peito e coloco minha mão em sua nuca guiando seu rosto para perto de mim. Ela esfrega o resto na minha pele mas no primeiro momento não entende de fato o que é para fazer.

-abra a boca, baby. - assim ela o faz, tudo que preciso é ajeitar meu seio na boca dela e no segundo seguinte seus olhinhos cansados estão olhando para mim em supresa. - tudo bem, você pode mamar. - acaricio seu rosto quando ela parece esperar uma confirmação minha para de fato começar a sugar. - não tem o seu leitinho, mas garanto que deve ser muito melhor do que a chupeta. -solto uma risadinha e ela faz o mesmo enquanto sua boca me envolve. Seus olhinhos antes apagados estão brilhantes e receio que ela va chorar, mas ela não o faz. Talvez esteja apenas emocionada como eu. Um suspiro de pura satisfação sai de seus lábios quando ela finalmente fecha os olhos e se deixa levar pelo momento.

Estamos grudadinhas de novo, abraçadas na cama e o contato pele a pele com ela é tão bom. Apoio minha cabeça em minha mão e acaricio os cabelos da pequena enquanto sua boca suga calmamente meu peito. Meus olhos se enchem de lágrimas e uma delas escorre quando vejo que cada traço de seu rosto se suaviza e ela nunca me pareceu tão relaxada antes.

Sua mão livre está sobre meu outro seio e ela acaricia minha pele de leve. Seus lábios
rosados em contato com minha pele branca era o contraste mais lindo que eu já tinha visto. Definitivamente amor está transbordando de mim agora quando estou conectada a ela dessa maneira. Maiara me faz sentir como nenhuma outra pessoa foi capaz e aquilo me eleva e um nível de plenitude no qual eu nunca cheguei. Desejo que aquele momento se estenda por horas, tão bom quanto eu imaginei.

Por Deus, eu estava completamente apaixonada por ela e não tinha dúvidas disso, um sentimento tão puro e genuíno que transbordava de mim.

POV Maiara

Meu corpo dói, tudo está quente e tudo me incomoda. Minha boca tomada por aquele gosto estranho e nada bom do remédio que fui obrigada a tomar. Só quero estar o mais perto possível e nada parece o suficiente.

Quando estou perdida em uma luta interna comigo mesma, sinto que toquei o céu quando no momento que abro os olhos eu a vejo bem pertinho de mim e sua pele está encostando na minha, sem nenhum empecilho, o tipo de contato que eu definitivamente amo com ela,

Quando me dou conta de que minha boca está em seu peito e ela me då sinal verde para aquilo meu mundo simplesmente para de girar por um segundo. Sim, era tudo que eu queria, mas meu corpo se paralisa por um segundo não acreditando que aquilo fosse real. Medo talvez,

______♡___

Minha Pequena Cor De MelOnde histórias criam vida. Descubra agora