Descisões

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No dia seguinte ao encontro com o rei persa e sua comitiva, o imperador foi até o senado e discutiu sobre a possível ameaça persa. Os senadores sempre foram uns malditos covardes, assim Maximus sempre pensou.

Após algumas horas, não chegaram a um consenso definitivo, o que deixou Jeon ainda mais estressado.

O imperador voltou ao palácio e se sentou em sua cadeira imperial. Alguns servos passaram algumas informações para ele e Jeon não conseguia prestar atenção em muita coisa. Ordenou que chamassem Jimin.

Assim o loirinho estava a sua frente em instantes após sua ordem e pediu para os demais saírem.

Jeon estava sentado ali, imponente em todo seu esplendor imperial.

- Imperador? Como posso ser útil ao senhor?

- Jimin... eu já não te falei que quando estivermos a sós não é necessário me chamar de forma formal... mas eu gostaria que me ouvisse...

- Sim imp... Jeon...

O imperador suspira.

- Bem, eu sei que você odeia Roma com todas as suas forças e assim sei que deve me odiar... - Assim começou a falar e lhe contou em detalhes sobre a ameaça persa e sobre a semelhança do rei sol, como era conhecido Farshid, com o gladiador protegido por seu general. - e é isso que está acontecendo Jimin... não irei me entregar mas receio que uma guerra sangrenta será inevitável...

Jimin se sentou em um dos degraus de onde ficava a cadeira de Jeon e o olhava atento.

- Jeon... eu não gosto de Roma, por meu povo ter sido massacrado e os sobreviventes, incluindo eu, feito escravos. Eu sei que não foi em seu reinado Jeon, mas de fato não gosto do seu império, mas de uma coisa eu sei, se o império é importante para você, eu sei que você tem condições de vencer, lembra de quando você se transformou em gladiador e enfrentou lutas cruéis sob a areia do Coliseu? É esse Jeon, o gladiador que terá forças para suportar... eu não estou do lado de Roma, mas estou ao seu lado Jeon...

Maximus olhava atento a cada palavra do loirinho e ficava ainda mais encantado por Jimin. O loirinho teve uma vida difícil e por muitas vezes, miserável, mas mesmo assim estava ali, ao seu lado, o incentivando com suas palavras.

- Obrigado Jimin, eu não irei me render, isso já é certo. Porém acho que podemos usar o gladiador de Suga nisso... Acredito que o rei persa ficará igualmente intrigado com tal semelhança... O que acha?

- Bem, seu amigo Suga, ele gosta de V, ele não vai confessar, mas eu apostaria com o senhor que ele está apaixonado pelo gladiador, não acho que ele irá gostar disso, mas sei que ele é leal a você e ao império, seja lá o que você decidir, ele certamente irá acatar. Mas sua ideia pode não ser tão ruim, acho que é necessário V e o rei persa se verem, ontem como V estava aqui eu pude perceber que ele é um bom homem e ele também está se afeiçoando ao seu general, podemos conversar com eles e ver se ambos concordam, o que acha?

- Jimin, eu concordo e irei solicitar a presença de Suga e V. Iremos conversar a noite sobre isso, teremos praticamente mais um dia até que o mensageiro persa venha. Bem era isso, pode voltar ao que estava fazendo...

Jimin levantou-se, vestindo a túnica clara e de tecido fino que, conforme o movimento, podia ser notado a forma e contorno do corpo dele. Jimin estava de costas para Jeon, que desceu seus olhos até as costas, nádegas e coxas do mais novo, e pensou que era ainda mais belo que os das mais belas mulheres do império e pensou por um momento em coisas que fariam Jimin se envergonhar.

- Jimin! - O imperador em um ímpeto se levanta e segura o pulso do escravo.

Jimin se virou e o olhou com doçura.

- Sim, Jeon, precisa de mais alguma coisa?

Jeon olhava diretamente para os olhos bonitos de Jimin e permaneceu em silêncio por um momento. Uma tensão crescia no ambiente e fazia Jeon sentir sua garganta seca.

- Não é nada... desculpe... Ah sim Jimin, pode me preparar um banho? Não quero que nenhuma serva prepare... pode fazer isso?

- Sim, Jeon, é claro. Mas o escravo aqui sou eu, não tem motivo para me perguntar. - Jeon, engoliu em seco com essa frase - irei preparar seu banho e vou pedir para um servo te chamar tá bom? - Jimin oferece um belo sorriso para Jeon , que o desarmou.

- Obrigado Jimin.

E assim Jeon, viu Jimin sair do seu aposento e voltou a se sentar. Sua cabeça doía sabendo que teria que tomar não somente uma, mas algumas decisões, sabe que não seria fácil, mas desde quando, algo foi fácil para si? A responsabilidade de ser o imperador se Roma lhe cobrava muito e ele no seu âmago desejava ser apenas alguém livre de suas responsabilidades ao mesmo tempo que pensava na sensação de quando batalhou como gladiador.

Império de Sangue - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora