Até os deuses sangram

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Maximus, ou Jeon Jungkook, foi levado para o palácio. Onde o médico que sempre estava ao seu dispor cuidava de si e precisou dar alguns pontos no braço do imperador.

O médico já tinha ido embora e agora ele estava em seu quarto. Sem camisa com as bandagens em seus ferimentos. Informou que queria estar sozinho para seus lacaios, porém solicitou a presença de Jimin, um tanto contraditório, assim como ele realmente era.

Jimin entrou em silêncio.

Park... pequeno park... Por que está tão quieto? Um gato comeu a sua língua?

Jimin se aproximou e observou os machucados em seu corpo. Falou com uma voz chorosa:

- Está doendo Jeon?

Jeon?

O imperador pensava quando deu a liberdade para aquele escravo chamar assim. Mas na verdade aquilo não o desagradou.

- Na verdade, está tudo bem! Até os deuses sangram Park... Ficou preocupado comigo? Pensei que iria ficar feliz se eu morresse...

Park estava chorando silenciosamente.

- O que foi Park? Venha aqui... Se sente ao meu lado... - Indicava o espaço em sua cama imperial. Jimin o obedeceu e foi até lá. Ainda com as correntes apertadas em seus tornozelos. Jeon olhou aquilo e ficou pensativo.

- Eu... não iria ficar feliz... Se morresse...
- Mais lágrimas despencarem por seus olhos gentis e Jeon secou elas com suas mãos.

- Você é tão inocente... Está chorando por alguém que te comprou e te escravizou... Que tipo de pessoa é você Park Jimin? - Olhou novamente para as correntes em seus tornozelos. - Dói? - questionou Park indicando os tornozelos.

- S...sim imperador... - Jimin responde olhando para baixo e com vergonha.

Em um movimento rápido, Jeon o deita na cama.

- Apenas não se mexa...

- Promete não fugir?

Jimin prometeu.

- Bom garoto Park... Eu já venho. Fique aí....

Park, esperou ele. E estava deitado na enorme cama do imperador. Chegava a ser uma ironia aquilo. Park há muito tempo não deitava em uma cama decente e aquela do imperador era tão boa que acabou adormecendo. Seria uma pena ter que acordar para voltar ao seu quarto e frio e simples.

Minutos depois, Jeon voltou com algumas ferramentas.

- Voltei...

Jeon observou que Park dormia.

- Você parece um anjo dormindo pequeno Park...- falou para si mesmo.

Com cuidado, se sentou e aproveitou para tirar as correntes dos tornozelos finos de Park e só então sentiu o peso daquilo. Céus, como ele aguentava aquilo?

Olhou os tornozelos arroxeados de Park e aquilo doeu mais do que seus próprios ferimentos.

- Me desculpe... -falou mesmo sabendo que não seria ouvido.

Desceu seu rosto e depositou um beijo casto em cada tornozelo de Jimin.

Se levantou e buscou uma pomada e aplicou na região.

Pegou seu cobertor extremamente macio e cobriu Jimin.

-Durma bem pequeno anjo... Não se preocupe... Não vou te machucar mais...

Deposita um beijo em sua testa.

Deita em sua cama que era bem espaçosa e observava seu anjo ali. Até acabar adormecendo...

Império de Sangue - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora