O TUTOR || Minsung

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Jisung.

O sol batia contra meu rosto enquanto eu, sentado no parapeito da janela, o assistia nascer. Contemplando sua exuberante beleza iluminando uma finada noite, trazendo cor e calor ao meu corpo gélido devido aos ventos de uma madrugada repleta de chuva.

Peguei essa mania desde que saí do hospital que é acordar antes do sol nascer pra assisti-lo surgir na imensidão do horizonte. Era deslumbrante e me acalmava da ansiedade gritante que sentia antes. Agora eu só fico aqui achando-o tão lindo que já virou costume.

Desvio o olhar até a cama admirando o homem esbelto que dormia nela, encosto o rosto na janela observando cada detalhe que enfeitava sua beleza e acabo sorrindo, como sempre.

Também virou costume admirar Minho dormindo, às vezes acordava de madrugada apenas pra senti-lo perto e saber se era real. Acariciava seus cabelos castanhos esparramados pela cama e voltava a dormir, depois de beijar seu rosto.

Quando cheguei nessa casa meses atrás eu jamais imaginei que meu destino mudaria tão drasticamente, me tornaria parte dessa família e seria um completo idiota pelo chefe bipolar que mudava de personalidade a cada segundo, seria o amor da vida dele. Teria três crianças que parecem meus filhos do coração, praticamente minha família.

Apesar de todos os problemas que houver no caminhar dar coisas, tudo deu certo. E ninguém foi capaz de me tirar desse homem, foi capaz de fazer-me deixar de amá-lo ou, mudar minhas perspectiva de relacionamentos. Minho foi como um presente posto no meu caminho nos momentos mais importunos.

Devagar eu sento ao lado dele, levando meus dedos até seus cabelos caídos no rosto retirando com cuidado. Admiro cada detalhezinho até acariciar seu nariz fino indo até os lábios inchados, levemente, meu nariz passou por sua bochecha escutando seu suspiro de agrado.

Como pode um homem ter meu coração pra ele? Como se tivesse sido posto em mim pra dá-lo, entregá-lo até por junto ao seu. Minho é de falto minha alma gêmea, o motivo do meu sorriso acordar primeiro que meus olhos.

Vejo aqueles lindos lumes sonolentos abrindo até encontrar os meus, e seu sorriso abriu automaticamente. Esfregou a bochecha nos meus dedos até sentar na cama, olhando diretamente nos olhos.

____ Bom dia, meu bem.

A voz rouca pelo sono juntamente dos cabelos bagunçados, deu uma imagem tão perfeita que desvio o olhar, tímido.

____ Bom dia... ____ Digo baixinho, e ergo meu queixo quando ele pede.

____ Acordou de novo mais cedo?

____ Eu sempre faço isso, se acostume agora. ____ Respondo deitando minha cabeça no seu peito nu, pegando o calor que emanava de sua pele. ____ Gosto de ver o sol nascer, e também, gosto de admirar você dormindo....

Minho sorriu beijando minha testa, ajeitando meu corpo na cama.

____ Que Bobinho.

Acerto um tapa em sua pele escondendo o rosto na curva de seu pescoço, envergonhado.

Ele levantou-se minutos depois pois tinha que trabalhar, me deixando sozinho na cama olhando o teto do quarto. Mas a porta foi aberta em um estrondo revelando três pestinhas descabelados correndo até a cama, se jogaram em cima de mim enchendo meu rosto de beijos molhados.

Sempre fazem isso agora, então não trancamos mais a porta do quarto pois sabemos que virão assim que amanhacer.

____ Bom dia, pestinhas. ____ Digo beijando suas bochechas.