11
Wang Yibo
Sobressalto-me ao sentir um corpo quente deitando atrás de mim e uma mão grande deslizar pela minha barriga até meu peito.
Pensei que nem fosse mais deitar comigo, pois demorou muito para vir dormir. Não que estivesse esperando por ele, porém não havia dormido até agora e já se passaram algumas horas desde o incidente mais cedo.Fico imóvel sentindo suas carícias, tentando não demonstrar o quanto me afeta, já que imagino que esteja sonhando com a amante de novo.
Uma dor perpassa meu coração ao pensar sobre isso. Doloroso sentir essa sensação incrível e não ser correspondido. Saber que ele pensa em outra pessoa é dilacerante.Quando afasta meu cabelo para beijar meu pescoço eu fico rígido, então ele me solta e rosna.
— Agora nem fingir você quer! — manifesta-se com ódio e meu corpo treme de medo.— Sinto muito, mas eu estou cansado. Milorde não parou o dia todo, meu corpo todo dói.
Isso é verdade. Não estou acostumado a cavalgar por tantas horas ininterruptas.
Ele suspira e penso que está sem paciência, contudo ao sentir que se aproxima mais e encosta a mão em minha coxa meu coração dispara.
— Me perdoe. — Seu hálito bate em meu rosto e arrepios de excitação passam por todo o meu corpo, fazendo com que minha respiração fique alterada.
Acredito que percebeu minha reação porque aperta minha coxa de leve e pressiona seu corpo junto ao meu por trás.
Mesmo querendo fingir que não sinto nada, me entrego ao soltar o ar de prazer. Em resposta, ele lambe meu pescoço e eu gemo baixinho. Quase me bato com esse som que indica que estou apreciando.Sinto que ele sorri quando dá uma mordidinha na minha nuca causando-me ondas de calor intensas.
De repente, ele me puxa para ficar de barriga para cima e meu sangue gela. Mas o medo logo some quando sinto seus lábios nos meus e amoleço em seus braços.Ao sentir sua língua deslizando em meus lábios, eu abro minha boca para sentir seu gosto delicioso. Totalmente entregue, passo minhas mãos por seus braços, peito, ombros e depois pescoço sentindo-me mais excitado com a sensação de sua pele, já que ele tirou a camisa para se deitar. Xiao Zhan geme,
dolorosamente; com esse gesto, eu sinto-me seguro para continuar, porém ele para de me beijar e segura minhas mãos impedindo que continue com as carícias.
— Não me toque.Apesar dele ter dito de forma delicada, essa pequena frase foi muito dolorosa, parecendo que enfiou uma lança em meu peito.
Cresce um nó em minha garganta, meus olhos ardem com vontade de chorar e eu me afasto envergonhado e triste.— Aonde você vai? — indaga-me com a voz tensa.
— Milorde... pediu para...
Não termino a frase porque sinto como se tivesse uma bola em minha garganta. Devia ser óbvio ele não gostar do meu toque, no entanto sentir-me no paraíso com suas carícias e ele não sentir o mesmo com meus carinhos é excruciante.
Lá no fundo começo a desejar que, um dia, ele goste do meu toque tanto quanto eu gosto do dele. O que seria impossível.— Mas isso não quer dizer que quero parar de te tocar — Xiao Zhan sussurra com uma voz sensual que faz com que eu sinta uma leve dor entre minhas bolas.
Minha respiração começa a ficar difícil e fico quase sem ar quando ele encosta os lábios no meu peito, pois um forte calor passa desse ponto até meus pés.
A sensação intensifica-se quando desliza a ponta de sua língua no decote do meu blusão. Levanto a mão querendo apertar seus ombros, mas recordo-me de que ele não quer e isso faz minha excitação diminuir.
Por causa disso, eu respiro fundo tentando não me desmanchar muito enquanto ele continua lambendo meus peito em cima do decote. Entretanto, quando passa uma mão na lateral do meu corpo tento não suspirar, mas ao sentir a mão dele descer até o meu quadril, eu levanto a parte de cima do meu corpo para sentir mais seu calor, porém ele afasta seu corpo como se não quisesse encostar seu peito no meu.Meu coração aperta com esse gesto e sinto uma lágrima cair. A minha sorte é que está escuro, então ele não consegue ver que me magoou. Penso em me afastar, mas sendo meu marido não posso rejeitá-lo. Além do que, é meu dever como esposo lhe dar um herdeiro e esquentar sua cama.
Dessa forma eu fico imóvel esperando seu próximo movimento, contudo ele se afasta e o ouço deitar mais distante de mim dentro da tenda.
Outra lágrima cai em meu rosto e viro de costas para ele.— Melhor irmos dormir — comunica seco.
Eu não digo nada e só choro baixinho para ele não ouvir.(....)
Xiao Zhan
Respiro fundo, tentando me segurar para não o agarrar de novo. Preciso deixá-lo sedento por mim e a sua reação de agora há pouco me deixou completamente, louco. Por isso pedi para ele não me tocar porque sabia que não conseguiria me segurar para possuí-lo hoje. E preciso esperar até chegarmos em casa para seduzí-lo melhor. Contudo, acredito que consegui o meu intento, ele está começando a gostar de minhas carícias e ondas de emoção passam em meu coração ao me conscientizar disso.
Senti-lo correspondendo como agora foi delicioso e estou tão duro por esse ômega, que reflito que será difícil dormir.
Ouço um som que me faz sair desses pensamentos e o que escuto parece que ele está sofrendo, por essa razão aproximo-me um pouco para ouvir melhor e acabo ouvindo uma fungada indicando que está chorando.
Nenhuma espada que me perfurou durante a guerra me doeu mais do que ouvir o choro dele. Se está assim indica que ser tocado por mim deve ser terrível. Meu sangue borbulha nas veias e meu peito aperta de dor.
Ele me enganou de novo!Seguro seu braço, puxo-o com violência, aproximando meu corpo do dele, sentindo um ódio tão grande que me faz não medir minha força.
— É tão terrível sentir meu toque?Ao ouvir um soluço de dor, eu afrouxo um pouco o aperto em seu braço.
— Responde! — exijo quando demora a responder.Yibo respira fundo, fazendo seu peito encostar no meu peito e sinto-me queimar por dentro.
Nossa, ele nem está nu, imagina quando estiver? A sensação será mais incrível ainda. Pressiono a mandíbula para não cometer uma insanidade e a possuir à força.
— Não é... isso — profere de maneira tão frágil que o envolvo em meus braços com gentileza.
Ele encosta a cabeça em meu ombro e meu coração se derrete. Por que sou tão bruto? Yibo não está mais no local que foi seu lar durante toda a sua vida e está casado com um alfa que só o trata mal. Suspiro resignado. O que esperava depois de tratá-lo com tanta violência e grosseria?
Deslizo uma mão em seu cabelo macio e me movo, junto com ele, para nos deitarmos mais confortáveis.
— Me perdoa?Noto que fica surpreso, pois seu corpo enrijece.
— Tudo... bem. — Funga de novo antes de continuar. — Eu... não... sei... por que... me odeia... tanto.Seu choro intensifica depois de dizer isso e meu coração afunda. Como fui cruel, ele não tem culpa por eu ter ficado insatisfeito com sua aparência.
— Eu não te odeio. — Solto o ar sem saber como me explicar. Após uns momentos em um silêncio pesado respiro fundo e pergunto:
— Vamos dormir?Não sei como fazê-lo parar de chorar, como consolá-lo e isso me deixa triste. Queria saber como deixá-lo feliz. Franzo o cenho e estranho esse sentimento. Nunca me importei em deixar alguém assim, só me importava em ser o melhor guerreiro. E fui! Agora não sei como lidar com um ômega.
— Sim — Yibo retruca com a voz chorosa e se ajeita em meu peito fazendo meu coração desmanchar.
Agora não sinto aquele tesão absurdo, mas sinto algo que nunca senti antes: ondas de emoção e um desejo imenso de fazê-lo muito feliz.(....)
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Não escolhi você
FanfictionInglaterra, 1416 O alfa Xiao Zhan foi um dos grandes heróis da Batalha de Azincourt, da Guerra dos Cem Anos. Após seus grandes feitos, o rei Henrique V o reconheceu como um digno guerreiro,concedendo-lhe o título de conde, um castelo e um ômega espo...