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Wang Yibo

Pela expressão do meu marido, acredito que a minha preocupação por ele foi acertada. Estava em agonia em não ter notícias dele desde aquele interlúdio que foi interrompido pela Isaura. Arrumei-me com esmero para jantar, contudo SuShe informou que ele estava aflito com o perigo iminente e precisava de um momento sozinho. Isso me atingiu fundo, pois queria que ficasse perto de mim para me sentir seguro, mas eu entendi acreditando que iria vir dormir comigo.

Entretanto, já passara de meia-noite e nada dele aparecer. Estava em pânico com medo do conde ter cometido um ato insano, e pelo seu semblante de derrota... talvez...

Engulo em seco e aproximo-me de Xiao Zhan com o coração apertado e pulo em seus braços.

— O que aconteceu? — Solto-o, mas suas mãos de ferro seguram-me pela cintura. — Você sumiu... eu...

Como havia segurado o choro até então, um soluço dolorido escapa do meu peito e começo a chorar. Ele desliza um dedo em meu rosto para limpar uma lágrima depois de um tempo, após isso me pega no colo com carinho e devoção, fecha a porta do quarto com o pé e deita-me na cama.

— Desculpa — diz isso quando se deita ao meu lado, após retirar sua camisa e fica observando meu rosto como se quisesse guardar cada detalhe.

Isso me assusta demais.
— Não tem que se desculpar. — Fico bem próximo a ele, seguro sua mão e a beijo.
— Aconteceu alguma coisa? — indago já com medo da resposta.

Continua analisando meu rosto, passa uma mão pelos meus cabelos, pega uma mecha, cheira como se estivesse cheirando algo delicioso, depois me encara com os olhos escuros.
— Sim.

Essa resposta atinge-me intensamente. Será que Alexander apareceu?
Está tudo tão silencioso! Ninguém me conta nada. Isaura saiu depois do jantar e não voltou mais, parecia estranha quando saiu, pois me abraçou como se tivesse receio de que fosse a última vez que fôssemos nos ver.

Agora Xiao Zhan aparece com esse ar derrotado, parecendo que perdeu a batalha. Mas se tivesse ocorrido alguma briga, eu teria ouvido, ou não?

Estou tão confuso e amedrontado que, quando o meu marido continua, eu demoro a entender o que diz.

— Aconteceu algo inacreditável: Yibo eu me apaixonei perdidamente por você. — Solta o ar cansado e ao sentir seu hálito em meu rosto conscientizo-me de suas palavras e isso faz meu coração pulsar alucinadamente.

— Eu te amo tanto, Yibo, que chega a doer. —
Aproxima seu rosto do meu de uma forma que nossos lábios quase se tocam.
— Não sei quando aconteceu, só sei que foi rápido para mim e, em vez de tratar você como devia, eu...  Vejo dor em seus olhos quando faz essa pausa.

— Eu devia ter tratado você como um rei mas apesar de seu um guerreiro eu fui um alfa covarde ,frouxo e estúpido. — Encosta seus lábios nos meus, tão delicadamente que suspiro enlevado, parecendo que estou vivendo em um sonho.
— Me perdoa por ter sido rude, grosseiro, estúpido, violento... por...

Quando não continua, eu sei que quer pedir perdão pela ômega, por esse motivo eu seguro o ar com medo de ouvir. Pois tenho receio dele dizer:
“me perdoa por pensar nela quando estávamos fazendo amor”. Não sei se irei suportar escutar isso. Porém, antes que o impeça de prosseguir, ele aperta meu corpo contra o dele e esqueço de tudo.
— Me perdoa por ter mentido dizendo que pensava na MianMian enquanto... entrava no seu calor, tocava na sua pele de seda. — Sua voz fica rouca e desliza sua mão pelo meu braço desnudo pela camisa de dormir fazendo meu corpo esquentar absurdamente, diminuindo o desconforto de ouvir sobre a ômega. Todavia, essa sensação ruim não vai toda embora porque mesmo que diga isso, uma dúvida me consome.

Não escolhi você Onde histórias criam vida. Descubra agora