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Xiao Zhan

Acordar com Yibo nos braços está sendo um dos maiores prazeres que senti até hoje. Mesmo morando em um local de luxo, atualmente, eu não sentia esse bem-estar que estou experimentando agora. 

Yibo está sendo uma surpresa maravilhosa. 

Antes de ir para a guerra, eu não tinha muito conforto, pois minha família era pobre, então o meu melhor caminho era ser um guerreiro. Dessa forma, eu me empenhei para ser o melhor, tendo noites insones treinando desde o dia que já pude segurar uma espada sem cair no chão. Meu pai era um guerreiro muito bom, mas teve que parar de lutar porque se acidentou em uma das guerras que presenciou, ficando sem um braço. 

Tudo o que sei foi ele que me ensinou. Embora muitas vezes tenha sido muito duro comigo, não me deixando brincar, descontrair, eu o agradeço porque venci uma batalha quase impossível de ser vencida, e agora sou conde. 

Ele ficaria orgulhoso de mim, sempre dizia que eu iria longe, quando visse que suas premonições estavam corretas iria querer festejar, algo que nunca fazia. 

Meu peito aperta ao recordar do meu pai, Xiao Fei. Muitos diziam que eu era sua cópia, ficava feliz em ouvir isso, pois o admirava demais. Quando faleceu com minha mãe, e meus irmãos, meu mundo se desfez e senti o gosto amargo da fúria e vingança. Mas esses sentimentos me mantiveram firmes no propósito de me vingar e foi o que fiz dez anos atrás. 

Fico pensando se Yibo irá me odiar mais se souber o que fiz para não deixar a morte de minha família impune. Arrepios gelados perpassam minha espinha com medo dele querer me abandonar. Apesar de estranhar esse receio, meu peito arde e eu aperto-o mais contra mim. 

Com seu jeito doce, abusado e diferente, ele está me fazendo sentir coisas que não sabia que existiam e está se tornando tão importante em minha vida que só de pensar em perdê-lo me sufoca. 

Portanto, reflito em como o tenho tratado e me sinto um idiota. Será que vale a pena correr o risco de não tê-lo com medo do que vão pensar de mim? Agora não preciso mais agradar ninguém para ter o meu lugar, sendo um conde e dono desse castelo meus guerreiros não têm direito nenhum de debocharem de mim. 

Ontem meu coração se partiu em mil pedaços quando teve um pesadelo, visto que ouví-lo dizer que queria ir embora, que queria voltar foi doloroso. 

Mesmo que tenha me dito que sonhou com o pai, eu sei que não foi só isso. 

Ademais, vê-lo chorando daquela forma me destruiu, e só de pensar que tenho muita culpa nisso me dilacera por dentro. 

Fiquei tempo demais na guerra para perceber que meu jeito rude pode machucar, não só fisicamente, mas com palavras. 

Abaixo-me para enfiar meu rosto em seu pescoço e sentir seu cheiro delicioso. Ele solta um som, contudo não acorda. Apenas desliza a mão que estava no meu braço para o meu peito e esse movimento esquenta-me. 

Minha respiração fica mais rápida, então sem conseguir me controlar deslizo minha mão por suas costas, depois nádegas. Suspiro sentindo meu membro ficar duro. Nossa! Que vontade de possuí-lo. 

Parece que Yibo sente que estou sedento por ele porque acorda mexendo o corpo, deixando-me mais excitado ainda e coloca a cabeça para trás para me fitar. Seus olhos ainda estão nublados pelo sono, mas eu encosto meus lábios nos dele afoito.

Ele suspira com esse avanço, desse modo eu enfio minha língua em sua boca para sentir esse gosto maravilhoso. Yibo fica imóvel por alguns segundos, no entanto logo se entrega a mim correspondendo com a mesma fome que eu, então sinto que enlouqueço. Viro seu corpo para que fique de barriga para cima e abro suas pernas encaixando-me entre elas. 

Lambo seu pescoço e fico impressionado em como até sua pele tem um gosto divino. Geme baixinho, deixando-me muito animado em continuar, portanto beijo, dou mordidinhas e lambidas no pescoço dela, clavícula e peito, até onde vai sua camisa de dormir. 

Subo sua camisa com as mãos, ansioso para sentir seu calor e saber se está mesmo tão excitado como eu, mas ele segura minhas mãos impedindo-me. 

Encaro-o com uma pergunta muda, ele não responde, entretanto vejo em seus olhos que está inseguro. E esse olhar é como um tapa na cara, pois fui eu que o deixei assim depois de tudo que falei. 

Penso em dizer que o acho lindo, mas sei que não vai acreditar, melhor fazer tudo devagar. Dessa vez irei respeitá-lo; com isso em mente sorrio e profiro:

— Está tudo bem. Como quiser. 

Apesar de ter franzido o cenho, não impede quando o beijo com paixão. 

Vidrado em seu gosto, passo uma mão em seu pênis e fico completamente fora de mim ao senti-lo duro e  encharcado. 

Meu Deus! Assim não irei aguentar! 

Com a outra mão aperto seu mamilo, puxo a camisa de dormir para baixo, rasgando-a, então Yibo fica rígido, porém eu não paro, apenas abaixo a cabeça e chupo o seu mamilo com uma ânsia, que o faz soltar um soluço de surpresa. 

Começo a mexer no seu pau e, ao escutar seus gemidos, eu intensifico os movimentos sentindo que estou quase no meu limite, mas preciso que ele sinta prazer nos meus braços, pois quero agradá-lo de alguma maneira. 

Quem sabe assim, não perdoa o nosso início da relação? 

Fico chupando, beijando, lambendo seus dois mamilos, cada momento dava atenção a um, enquanto mexo em seu pênis com vontade, até que enfio um dedo em sua entrada e vou no seu pontinho doce e fecho os olhos com a sensação. Em poucos movimentos dentro dele sinto-o gozar e me deslumbro com seu gozo perolado na sua barriga branquinha e então, eu me ajeito ansioso, penetrando meu membro em seu interior e isso quase me fez soltar a semente dentro dele. 

Nossa! Nunca pensei que pudesse ser tão incrível fazer amor. Parece que nunca fiz sexo na vida, pois nenhum outro ômega com quem me deitei já me fez sentir isso: essa avalanche de sentimentos que não sei nem descrever. 

Entro e saio de dentro dele sentindo que posso explodir a qualquer momento, faço devagar para não machucá-lo, contudo o meu cuidado foi em vão porque, quando vou mais fundo, Yibo  solta um silvo de dor e lágrimas descem de seu rosto. Limpo uma delas e uma dor perpassa meu corpo ao vê-lo assim. 

— Sinto muito — digo isso beijando seu rosto todo. 

Repito mais algumas vezes sentindo-me o ser mais horrível do mundo, porém alguns minutos depois Yibo se mexe e vislumbro seus olhos preocupado, e o que vejo me acende de novo e com mais intensidade porque ele está com um sorriso imenso, as maçãs do rosto rosadas e seus olhos brilham de felicidade. 

— Continua — pede sem graça, com as bochechas ficando mais coradas. 

— Mas eu machuquei você e... 

— Não como imaginei. Isaura me disse que é normal sentir essa dor na primeira vez; e o fato de parar, porque viu que me causou aflição, mostra como é... maravilhoso — articula com ar sonhador olhando-me do jeito que queria que me olhasse desde o momento que percebi o que sentia por ele. 

Emocionado com suas palavras, eu o beijo com devoção e começo a movimentar-me dentro dele devagar para que não sinta mais dor, quando ele me acompanha eu não consigo mais controlar e quando vejo estou entrando com força e rapidamente. Por esse motivo, em poucos instantes, meu corpo treme todo com o orgasmo mais intenso e maravilhoso da minha vida.

(.....)

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