Rainha, Príncipe e um novo membro na família.

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A retirada de Visenya com seu filho de Westeros não levou tanta suspeita a princípio. No dia seguinte a sua partida, quando Vhagar não foi encontrado, Aegon assumiu isso como o temperamento raivoso da esposa por não conseguir o que queria, quando Maegor foi constatado de também ter partido, seus pensamentos não foram diferentes.

Não havia sinal do dito príncipe ou da rainha, nenhum barulho em seus quartos, e os três restantes da família estavan preparados para quando eles voltariam, provavelmente de Pedra do Dragão com suas histórias, mas ela nunca o fez e nenhuma notícia de Maegor apareceu, mesmo quando enviaram uma carta sobre a nova gravidez de Rhaenys ou uma nova doença acotindo contra Aenys.

Visenya poderia ser muitas coisas; mesquinha, cruel com seus inimigos e indiferente a muitas questões, principalmente femininas, mas nunca foi nada disso para sua família. Então o rei Aegon Primeiro, finalmente decidiu verificar por si mesmo e voou até Dragonstone.

Com certeza não o vazio inquieto e a visão de empregados tranquilos, embora confusos, fosse o que esperava.

Sua esposa não havia nem mesmo vindo ali desde a última vez que vieram juntos, quando Aenys nasceu, e nem Maegor foi visto também. Ambos estavam longe de serem encontrados na própria ilha ou ao redor dela, e nem nas ilhas menores.

E embora sua consciência afirmasse que isso não se tratava mais de uma simples birra ou briga entre casal, decidiu que isso poderia esperar. Se Visenya achava que conquistaria o que quisesse desaparecendo com o filho por um tempo, estava claramente enganada.

E ao voltar para Porto Real, apelidado agora de Kingsland, simplesmente escolheu por se concentrar em Rhaenys e Aenys.

Sabia, com toda a certeza, que sua esposa voltaria em um momento ou outro. Falariam disso então.

Isso não aconteceu.

Havia se passado cinco luas desde que saíram de Westeros, desde que conquistaram os dragões selvagens ou abandonados da ilha de Dragonstone e uniram as cidades livres.

Fazia cinco luas desde que Aegon, Rhaenys e Aenys se transformaram no passado deles. Ao menos foi isso o que pensou até perceber que estava engordando.

Com suas batalhas e lutas, cuidando e treinando Maegor com rigor todos os dias, não era como se ganhar muito peso fosse uma coisa exatamente normal, mesmo que em comparação aos primeiros meses de exílio, comessem muito melhor.

Se isso não bastasse, os sintomas vieram claros como a água, tão forte quanto nunca foi na gestação de seu primeiro filho. E quando acabou por então jogar toda a sua refeição para fora, durante o vôo matinal com Vhagar e Canibal, ela tinha a certeza.

" Inferno, Aegon!"

A sacerdotisa vermelha confirmou, com no mínimo seis luas de gestação, a fazendo suspirar desesperada.

Sua barriga ainda mal aparecia, pois seu corpo estava sendo alimentado para um, e ela gastava muito disso com os dragões e as espadas. 

Tomar chá da lua passou por sua cabeça, ela não teria vergonha em admitir isso, considerando que estavam literalmente mudando cidades, vilas e reconstruindo um império inteiro, ainda assim não teve coragem, principalmente depois que Maegor ouviu, escondido, a consulta e ficou em êxtase porque teria um irmão ao seu lado.

" Ele não vai me deixar também, vai? Prometo que serei o melhor irmão possível! O protegerei e vou ensinar tudo o que eu sei, munã."

E esse era mais um motivo em sua lista para querer matar Aegon. Aenys e Maegor nunca foram extremamente próximos, não quanto ela gostaria.

Primeiro foi porque o menino era muito pequeno e doente, então Mae precisava ser cuidadoso, o que sendo um menino pequeno não era. Depois era porque Aenys era muito delicado como Rhaenys, e ele muito bruto, como ela…

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